A descoloração das maçãs após o corte é um problema comum que pode torná-las menos apelativas para o consumo.
No entanto, uma equipa de investigadores descobriu uma solução inovadora para travar esse processo, mantendo as maçãs com um aspeto fresco durante vários dias sem recorrer a produtos químicos.
Luz LED violeta: a chave para preservar as maçãs cortadas
De acordo com um estudo publicado na Horticulture Research, a exposição de maçãs cortadas a luz LED violeta pode impedir o escurecimento da polpa, prolongando a vida útil do fruto.
Esta técnica, segundo os cientistas da Universidade Agrícola de Shenyang, na China, não só melhora a aparência da fruta, como também representa uma alternativa sustentável às soluções químicas habitualmente utilizadas na conservação alimentar.
A experiência consistiu em expor maçãs recém-cortadas a luz LED violeta de 700 lux durante quatro dias. Os resultados foram comparados com um grupo de controlo de maçãs cortadas, que foram armazenadas no escuro pelo mesmo período de tempo.
As imagens captadas ao longo do estudo mostram uma diferença significativa: as maçãs expostas à luz LED mantiveram-se visualmente mais frescas, enquanto as do grupo de controlo apresentavam um tom castanho escuro.
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O papel dos antioxidantes e das enzimas oxidativas
Os investigadores explicam que este efeito se deve à ação da luz violeta na acumulação de compostos antioxidantes, que ajudam a preservar a cor original da polpa da maçã.
Além disso, verificaram que o tratamento com LED violeta inibe a atividade das enzimas oxidativas, responsáveis pelo escurecimento da fruta após o corte.
Aplicação na indústria alimentar e em outras frutas
O estudo destaca ainda que esta tecnologia pode ser facilmente aplicada na indústria alimentar, reduzindo o desperdício e melhorando a aparência de outras frutas que também escurecem após o corte, como peras, melões e ananases.
Segundo os investigadores, o consumo de fruta cortada está a crescer rapidamente, representando 29% do total de consumo de fruta na Europa e nos EUA e 11% no Japão e na Coreia do Sul.
O Dr. Aide Wang, um dos cientistas envolvidos na investigação, sublinha que esta descoberta poderá beneficiar tanto os consumidores como o setor alimentar: “Esta investigação abre possibilidades interessantes para a indústria. Compreender como a luz LED violeta interage com os compostos da fruta pode levar ao desenvolvimento de métodos mais eficazes e sustentáveis para conservar alimentos frescos”, afirmou ao Daily Mail.
Com resultados promissores, a luz LED violeta pode tornar-se uma alternativa viável para prolongar a frescura das frutas cortadas, garantindo um produto mais apelativo e seguro para os consumidores.
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