- “As ruínas contrariam o devir abstrato do tempo, compensando a sistemática tripartição – antes, durante, depois – pela dinâmica pas encore (ainda não) e jamais plus (nunca mais): As ruínas ocupam um justo meio entre o desmoronamento total de uma linha, por assim dizer, inteira; este justo meio se mantém em equilíbrio, em suspenso; permite estabelecer um elo da transitoriedade com um mundo para o qual chegou a hora final. Na mescla do efêmero e apoteose, as ruínas são mais que belas, são veneráveis. Instante único, elas atestam um tempo antes do qual a foi consumado e depois do qual tudo estará perdido”.
- Olgária Matos
Em colaboração com o jornal POSTAL do ALGARVE, Filipe da Palma publica semanalmente imagens de e sobre o Algarve que, juntamente com pequenas frases e ou parágrafos, espoletem a reflexão acerca do território, acerca da Região.
Ser existente e fotógrafo «… tirar fotografias serve um propósito elevado: revelar uma verdade escondida, conservar um passado que desaparece. Mais ainda, a verdade escondida é frequentemente identificada com o passado que desaparece.»
- Susan Sontag in Ensaios sobre fotografia