A GNR alerta para um novo esquema de burla que tem visado condutores em parques de estacionamento e postos de combustível em Portugal. Segundo a TVI, os criminosos abordam os automobilistas – sobretudo os mais idosos – e acusam-nos de terem batido noutro veículo, exigindo um pagamento imediato para cobrir os supostos danos.
Os burlões escolhem estrategicamente as vítimas, normalmente quando estas regressam ao carro. De forma a tornar a acusação mais credível, chegam a provocar danos nas suas próprias viaturas. O objetivo é intimidar os condutores, levando-os a pagar sem questionar.
Casos estão a aumentar
De acordo com a GNR, este tipo de burla em parques de estacionamento tem vindo a crescer em número de ocorrências. No último ano, foram registadas 34 queixas relacionadas com este esquema, e as autoridades acreditam que o número real de vítimas poderá ser superior, uma vez que nem todos os casos são denunciados.
A forma como os burlões operam torna difícil perceber de imediato a fraude, especialmente para condutores mais vulneráveis. Em alguns casos, as vítimas pagam quantias consideráveis, convencidas de que evitarão um processo mais complicado ou problemas legais.
Como agir para evitar ser burlado?
A GNR recomenda que os condutores mantenham a calma e desconfiem sempre de abordagens suspeitas. Em caso de acusação de um suposto acidente, deve-se seguir estes passos:
- Não efetuar qualquer pagamento imediato – Se houver um acidente real, o processo deve ser tratado com seguradoras e autoridades.
- Chamar a polícia – Se a outra parte resistir ou tentar dissuadir a presença das autoridades, esse é um forte sinal de alerta para um possível esquema fraudulento.
- Fotografar a viatura e a suposta zona do impacto – Registar imagens pode ajudar a comprovar a inexistência de danos.
- Pedir testemunhas – Se houver pessoas por perto, peça a sua identificação para testemunhar o que aconteceu.
As autoridades sublinham que ninguém é obrigado a pagar qualquer valor no local sem que a situação seja devidamente analisada. Em caso de dúvida, a melhor opção é sempre contactar a GNR ou a PSP.
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