Abordagens por parte das autoridades rodoviárias podem deixar qualquer condutor em tensão, mesmo quando não há motivo aparente para preocupação. A simples presença de agentes da polícia pode gerar nervosismo e dúvidas sobre como agir correctamente.
Uma das perguntas mais frequentes nestas situações é: “Sabe por que razão o mandámos parar?”. Embora pareça inofensiva, a resposta que se der pode ter implicações sérias.
Conselho de especialistas
Segundo o El Motor, e de acordo com os advogados do escritório norte-americano Walden Law, esta pergunta faz parte de uma estratégia usada para recolher informações sem necessidade de interrogar formalmente. A resposta “Não sei” é, segundo estes especialistas, a mais prudente.
Riscos de uma resposta precipitada
Confessar que se ia em excesso de velocidade ou que se consumiu álcool é, na prática, assumir a responsabilidade por uma infração. E isso pode ser utilizado como prova num processo judicial, mesmo que o condutor não tenha sido informado dos seus direitos.
O simples acto de responder com demasiada sinceridade pode complicar a situação do condutor. Em vez de esclarecer, acaba por fornecer argumentos à ‘acusação’, o que é especialmente comum em sistemas legais como o dos Estados Unidos, refere a mesma fonte.
Aplicação da lei em Portugal
Embora esta realidade seja mais conhecida no contexto norte-americano, os princípios gerais aplicam-se também em Portugal. O direito ao silêncio e à não autoincriminação está consagrado na Constituição da República Portuguesa.
Como agir com cautela
Por isso, manter a calma e responder com neutralidade pode ser a melhor defesa. Admitir uma infração de forma espontânea, mesmo antes de ser confrontado com provas, retira margem de manobra para uma eventual contestação.
Erros comuns dos condutores
Muitos condutores desconhecem que, ao responderem afirmativamente a essa pergunta, estão a colaborar involuntariamente na sua própria incriminação. Um “sim” mal pensado pode fazer a diferença entre um aviso e uma coima pesada.
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Aviso que deve ser levado a sério
Segundo os especialistas do Walden Law, citados pelo El Motor, “tudo o que disser pode ser usado contra si” não é apenas uma frase feita. Trata-se de uma advertência real que deve ser levada a sério sempre que se é interpelado por um agente.
Na prática, isso significa que qualquer declaração feita voluntariamente, sem que tenha havido uma acusação formal, pode ter valor probatório e agravar a posição do arguido.
Neutralidade como melhor defesa
A melhor forma de lidar com a situação é mostrar respeito pela autoridade sem fornecer informação desnecessária. Respostas vagas ou neutras, como “Não tenho a certeza” ou “Não sei”, cumprem esse papel.
Comportamento durante a fiscalização
O importante é não reagir de forma defensiva ou agressiva. A atitude do condutor também influencia a forma como decorre o controlo e pode evitar situações desagradáveis.
Direitos que não devem ser ignorados
Em Portugal, tal como noutros países, os condutores têm direitos e deveres durante fiscalizações rodoviárias. Conhecer esses direitos é essencial para garantir um tratamento justo.
Estar preparado para este tipo de abordagem e saber responder de forma adequada pode ser fundamental para evitar complicações legais e manter a tranquilidade numa situação já por si stressante.
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