O Restaurante Polvo e Companhia, situado na Baixa-Mar de Santa Luzia, apresenta pratos originais que estão a encantar turistas e residentes.
O espaço existe há cinco anos e o conceito é divulgar os pratos tradicionais, de uma forma mais ousada. “Pretendemos pegar nos pratos que existiam antigamente e dar-lhes uma nova cara, um novo visual e torná-los mais acessíveis a todos”, explica o chefe Almeida, proprietário do estabelecimento.
“Para mim é complicado ir comer a um restaurante de luxo todos os dias porque se paga muito. Nós pegámos naquele conceito, trouxemos para cá e fizemos uma mudança. Não vamos trabalhar aquele conceito a 100%, pois vamos apresentar algumas mudanças. Queremos dar algo bonito aos nossos clientes para que eles possam ter acesso àquele tipo de iguaria”, revela.
O Restaurante Polvo e Companhia serve 80% de pratos com polvo, no entanto, também apresenta outras opções. “Tentamos chegar a todas as pessoas e, por isso, temos outros pratos de carne ou peixe e também pratos vegetarianos”, explica.
“A nossa nova carta vai ter risoto de legumes, em que a base é feita com caldo de legumes. O risoto apresenta uma cor verde e depois leva algas, cogumelos e é uma coisa rica”, afirma.
Chefe Almeida inspira-se no polvo de Santa Luzia
Santa Luzia é conhecida pelo polvo e o Restaurante Polvo e Companhia faz desta iguaria a sua principal atração.
O chefe Almeida é peremptório: “toda a gente conhece Santa Luzia como a zona pesqueira de polvo e nós apresentámos um conceito com- pletamente diferente: oferecemos ao cliente aquilo que a vila nos oferece. Vamos buscar tudo o que existe dentro da vila para construirmos os nossos pratos. Toda a matéria prima é com base naquilo que existe na vila”.

Empresário chegou ao restaurante dois meses depois da abertura
O chefe Almeida está no restaurante praticamente desde que o espaço abriu. “Cheguei dois meses depois de abrir e acabei por tornar-me sócio e hoje sou o único proprietário”, revela.
“Tirei o curso na Escola de Hotelaria no Porto em 2006. Passei por bons e maus restaurantes. Tanto trabalhei num nível alto, como num nível baixo para conhecer e saber o que é que faz um restaurante funcionar bem e o que faz um restaurante funcionar mal”, salienta.
O chefe passou ainda por alguns restaurantes fora da Europa e até chegou a ir para Angola trabalhar no final do curso.
Pratos confecionados no restaurante Polvo e Companhia são originais
“Todos os pratos que temos aqui são pratos originais criados por nós mesmos. Alguns já existiam, mas nós fazemos sempre uma mudança, acrescentando um novo sabor ou até mesmo um ingrediente completamente diferente”, referiu.
O chefe Almeida deu o exemplo do Polvo à Lagareiro: “nós aqui fazemos polvo à lagar que é quase idêntico, mas adaptamos à nossa maneira de trabalhar. É um prato diferente”.
“Os nossos empratamentos também são completamente diferentes, pois metemos cada coisa no seu sítio”, explica.

O proprietário referiu ainda que é sempre fiel à carta apresentada. “Quando o cliente chega cá e diz que quer um prato, mas não quer determinado ingrediente, nós explicamos ao cliente que mantemos sempre o prato original, de modo a manter o rigor que nos carateriza”.
“Antes de fazer um prato tentamos encaixar cada sabor que tenha ligação com o produto base: o polvo”, referiu.
O público que frequenta o Restaurante Polvo e Companhia é generalizado: “toda a gente que vier é bem-vinda”.
Neste restaurante o preço mínimo por pessoa ronda os 20/25 euros, com um prato principal, uma entrada, um copo ou uma garrafa de vinho.
O chefe deixa o convite a todos que queiram visitar o espaço: “quando vamos comer fora gostamos de ser surpreendidos e nós aqui pretendemos fazer isso mesmo, por isso não perca a oportunidade de nos visitar e de ser você mesmo a degustar e a apreciar os nossos pratos”.