







O Rotary Club de Faro homenageou, na passada segunda-feira, o empresário Miguel Rocha Fernandes com o Prémio Profissional do Ano 2019-2020. A cerimónia decorreu no Hotel Eva, em Faro.
Miguel Fernandes tem 36 anos, nasceu no Cartaxo e cresceu em Macau. Aos 19 anos decidiu mudar-se para o Algarve, onde tem desenvolvido vários projetos de sucesso na área das novas tecnologias e do marketing digital.
“Tive a oportunidade de viajar por muitos sítios e decidi que queria ficar aqui no Algarve. Para mim isto é o paraíso e acho que necessitamos de mais pessoas a valorizar o que temos aqui na região”, começou por dizer o homenageado.
Miguel Rocha Fernandes defende que é possível trabalhar ao mais alto nível no Algarve
O empresário referiu que atualmente a sua equipa trabalha para Nova Iorque, Silicon Valley e para vários outros pontos do mundo. “Provámos que é possível trabalhar aqui no Algarve ao mais alto nível, na área da tecnologia”, destaca.
Miguel Rocha Fernandes salientou o papel dinamizador das autarquias algarvias, mas deixou uma ressalva: “a única nota que deixo é que as autarquias têm de ser mais colaborativas. Devemos olhar para o Algarve como um todo e não quintinhas a quintinhas”.
“Gostava de dizer também que a CCDR Algarve tem feito um trabalho espetacular e unificador. Acho que devemos dar empowerment e força a estas entidades agregadoras. Temos de unir-nos para termos uma estratégia para competir com o mundo e não para competirmos uns com os outros”, defende.
O empresário, que estudou na Universidade do Algarve, considera que a academia tem sido um motor muito importante no Algarve, no entanto, “precisa de ser ajudada a desenvolver-se e a alcançar todo este novo paradigma de inovação”.
“Para mim a definição de sucesso é ser feliz. Gostava de agradecer a todos. Tenho trabalhado muito, mas sou feliz atualmente por ter a oportunidade de viver no paraíso, fazer o que gosto, estar com quem gosto e ter muitos amigos”, concluiu.
Esta homenagem enquadra-se “no âmbito do reconhecimento do empreendedorismo, mérito e dinamização associativa e empresarial que Miguel Fernandes tem desenvolvido junto da comunidade empresarial algarvia, nomeadamente na dinamização do Algarve Evolution e do contributo para a criação do polo tecnológico do Algarve Tech Hub”, afirma o Rotary.
Rotary Club de Faro distingue duas categorias importantes
O Rotary Club de Faro, seguindo o mote “O Rotary conecta o mundo”, introduziu uma dinâmica de reconhecimento profissional distinta da que vinha a praticar e em que a partir do presente ano passa a ter duas distinções importantes: Prémio Mérito Carreira e Prémio Profissional do Ano.
O prémio Mérito Carreira, que foi entregue no passado dia 29 de janeiro ao empresário João Fernandes, visa distinguir uma pessoa com uma carreira cimentada, no ativo ou reformada e cuja atividade social seja relevante para a sociedade e se enquadre nos padrões éticos do Rotary.
Por sua vez, o Prémio Profissional do Ano distingue uma pessoa jovem (com idade limite de 40 anos) e que evidencie possuir um elevado espírito de empreendedorismo e de dinamização dos seus pares, ou de assinalável desempenho profissional na sua carreira.
Isabel Gonçalves, presidente do Rotary Club de Faro, salientou que “este é um encontro especial para o Rotary Club de Faro porque é um momento onde se diz sim à juventude. E é desses jovens com fibra que reza a história, as carreiras de sucesso, a inovação e a irreverência de pensar diferente”.
A responsável recordou ainda que é “a primeira vez da história recente do nosso clube que o Prémio Profissional do Ano é atribuído a um jovem com idade inferior a 40 anos”.
“Esta noite homenageámos o Miguel Rocha Fernandes por aquilo que ele é e pelo que faz acontecer”, afirmou.
Também Carlos Baía, vereador da Câmara Municipal de Faro, deixou algumas palavras de reconhecimento a Miguel Rocha Fernandes. “O Miguel tem criado associações, contrariando aquilo que não é óbvio, pondo concorrentes a trabalharem em parceria e isso é meritório e exige muito esforço”.
Por sua vez, José Manuel Sosa, membro do Rotary Club de Faro, interveio durante o encontro para explicar o modus operandi do Rotary. “Há muitas definições do que é o Rotary. Eu olho para o Rotary como uma organização não governamental que é feita por profissionais que são voluntários e que se unem, in dependentemente da idade, credos, religiões, em prol de projetos para tornar o mundo num mundo melhor”.
Miguel Rocha Fernandes é presidente da Algarve Evolution
A Algarve Evolution é uma associação privada sem fins lucrativos, formada há cerca de ano e meio, que agrega várias empresas algarvias das áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação e pretende desenvolver a área da tecnologia na região e tornar o Algarve num destino “Smart”.
“Pretendemos captar mais talento, ajudar as instituições de educação, desde ensino primário, secundário até à universidade, para podermos criar profissionais desta área o mais preparados possível, num curto espaço de tempo”, referiu.
Miguel Rocha Fernandes defende ainda que “existem graves problemas demográficos que temos de combater procurando outras fontes de recursos, seja dos PALOPs, de outros países que venham e estudem nas nossas universidades para capacitar o tecido empresarial”.
“Estamos a trabalhar com as instituições de educação nesse sentido. Estamos a trabalhar a nível de formação e pretendemos atrair uma série de eventos e conhecimento para capacitar os empresários da região e as empresas na área da tecnologia, para estarem na ‘crista da onda’”, destaca o empresário.
Miguel Rocha Fernandes é peremptório: “eu acho que é agora é que temos de provar que é possível fazermos diferente, colaborando. É necessário fazermos deste país aquilo que ele tem o potencial de ser”.