Durante uma viagem de comboio, um passageiro, Gonçalo Elias, que adquiriu um bilhete de primeira classe para um comboio Intercidades, foi colocado na segunda classe de um comboio regional. A empresa Comboios de Portugal (CP) concedeu uma compensação de 35 cêntimos em resposta a esta situação.
Os acontecimentos ocorreram em agosto, quando o passageiro, que vive na vila de Portalegre que não tem serviço ferroviário desde 2012, aguardava o seu comboio para Abrantes na Gare do Oriente, em Lisboa. A história foi dada a conhecer pelo jornal Público.
O comboio atribuído a esta viagem foi diferente do que estava programado, constituído por carruagens de segunda classe destinadas a percursos curtos, de nível mais regional, ao invés do comboio Intercidades que é normalmente atribuído a este tipo de distâncias.
A indisponibilidade de lugares sentados levou inclusive alguns dos passageiros presentes na viagem a ter de viajar de pé.
Gonçalo Elias, embora tenha obtido um assento, expressou descontentamento pela diferença entre o serviço providenciado e o serviço pago. A CP não deu justificação para a alteração nem apresentou um pedido de desculpas.
Após uma tentativa de reclamação no site da CP que não obteve resposta dentro do prazo estipulado de um mês, o passageiro optou por recorrer ao livro de reclamações eletrónico.
A resposta da CP indicou que a alteração no serviço deveu-se a “motivos imprevistos” e que nem sempre conseguem “corresponder às expectativas” dos clientes.
A empresa acabou por informar o lesado que também iria efetuar uma transferência bancária no valor de 35 cêntimos, o que representa a diferença de custo entre os bilhetes de primeira e segunda classe.
Leia também: Professora de Évora colocada em Quarteira: “Ponderei viver para um parque de campismo”