A região do Algarve é uma das mais turísticas do nosso país, sobretudo por causa das suas extensas praias com águas cristalinas e pelo clima. No verão, o difícil é encontrar um espaço na praia para estender a toalha e um hotel com quartos vagos, mas, no inverno, a região sul do país está quase sempre deserta. Deserta está também a ilha grega que é um dos destinos mais populares da Europa e que é várias vezes comparada ao Algarve.
No entanto, as razões que estão a deixar a ilha grega de Santorini deserta em nada estão relacionadas com a sazonalidade que afeta a região do Algarve. É que Santorini está neste momento em estado de emergência e, no espaço de apenas quatro dias, fugiram da ilha mais de 12.000 pessoas, na sequência dos mais de 10.000 sismos ali registados desde janeiro.
Hotéis de luxo estão desertos e em silêncio
Segundo a informação avançada pela SIC Notícias, Santorini vive uma “intensa e prolongada” atividade sísmica, que assustou quem lá vive, trabalha e passa férias. Ainda que a ilha já tenha registado um total de 10.000 sismos desde 26 de janeiro, sabe-se que, até ao momento, não houve quaisquer vítimas, nem danos.
Os famosos hotéis de luxo com piscinas que se erguem nas encostas da ilha, estão agora em risco de derrocada e a habitual agitação característica nestes espaços foi substituída pelo silêncio. Os turistas ficaram com medo e Santorini, pelo menos por enquanto, deixou de ser opção na hora de escolher um destino de férias.
Também as escolas foram encerradas e o acesso a algumas praias foi proibido. Foram até enviadas algumas equipas de resgate, assim como forças especiais.
A ilha de Santorini foi formada por uma erupção vulcânica
De salientar que a Grécia é um dos países da Europa com maior risco sísmico, uma vez que se encontra na fronteira entre duas placas tectónicas. A ilha de Santorini, em particular, tem um elevado risco sísmico por apresentar um solo vulcânico, macio e instável, até porque a própria ilha foi formada por uma erupção vulcânica.
Embora a ilha de Santorini esteja em estado de emergência até ao dia 3 de março, o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, descarta um cenário de catástrofe e pede calma à população, numa altura em que já mais de 12.000 pessoas decidiram deixar a ilha.
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