O Museu de Portimão inaugura no dia 4 de outubro, às 16:00, a exposição “Sardinha – O Sem Fim da Pesca do Cerco”, da autoria do fotógrafo Hélder Luís. Segundo o Município, a mostra procura dar a conhecer “a alma” desta atividade através de um registo documental captado ao longo de quatro anos.
Com entrada livre, Portimão será a única cidade do Algarve a acolher esta exposição, “um retrato íntimo e profundo de uma atividade que marca a identidade portuguesa e que, no passado, foi o motor da economia do concelho”.

A Confraria Gastronómica da Sardinha de Portimão, com o apoio do Município, explica que “não quis deixar passar a oportunidade de dar a conhecer este considerável e vasto projeto à comunidade portimonense e aos visitantes do concelho”.
No dia da inauguração, a Confraria Gastronómica da Sardinha vai ainda “divulgar muitas novidades e fazer revelações exclusivas que prometem surpreender o público, num evento recheado de emoções e de símbolos da identidade local que não deixarão ninguém indiferente”.
A exposição é composta por fotografias, textos, infografias e desenhos técnicos que “contextualizam e aprofundam o conhecimento sobre a pesca do cerco, uma tradicional forma de captura da sardinha, cuja prática envolve não só conhecimento técnico, mas também uma forte herança cultural e identidade coletiva”.

“O verdadeiro desafio foi capturar a alma da atividade — a vida dos pescadores, a força dos elementos naturais e a incerteza constante que definem o dia a dia”, afirma Hélder Luís. Ao longo de quatro anos, percorreu portos de norte a sul de Portugal, acompanhando tripulações de embarcações de cerco, e agora “dá a conhecer esse olhar sensível e profundo, numa oportunidade única para o público do Algarve”.
“Este é o meu contributo para o reconhecimento desses homens que passam muitas noites à procura de um peixe que teima em escapar-lhes e regressam muitas vezes cansados, desanimados e sem sustento para, na noite seguinte, voltarem ao mar e fazerem tudo de novo”, reforça. E se cada visitante “conseguir sentir os salpicos da água salgada e as escamas de peixe a voar, um dos objetivos deste projeto estará realizado”, conclui.

A exposição “Sardinha – O Sem Fim da Pesca do Cerco” pode ser visitada até 23 de novembro, às terças-feiras, das 14:30 às 18:00, e de quarta a domingo, das 10:00 às 18:00, encerrando às segundas-feiras e em feriados nacionais.
A mostra resulta de um extenso projeto documental desenvolvido entre 2018 e 2022. Hélder Luís acompanhou embarcações de cerco de Matosinhos ao Algarve, mergulhando no quotidiano das comunidades piscatórias portuguesas, registando emoções, técnicas e transformações desta atividade tradicional.
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