A vila mais alta do Algarve fica a 450 metros de altitude e é sede de um concelho com pouco mais de 5.000 habitantes. A aguardente de medronho é um dos produtos típicos da vila, mas as casas que lá existem são também cartão de visita deste munícipio, não pela sua arquitetura, que é muito semelhante à tradicional algarvia, mas pelas famosas chaminés de saia que se erguem no topo das casas.
O nome da famosa vila de Monchique foi dado pelos árabes. Construído no coração da serra com o nome da vila, este município que pertence ao barlavento algarvio é conhecido pelas suas ruas estreitas e íngremes que “nos deixam ver a cada passo novas perspectivas sobre a serra verdejante mostrando um certo exotismo, aumentado pela presença de caneleiras e hortensias, de árvores de fruto, evocadoras de jardins e pomares”, tal como avança o Visit Portugal.
As casas seguem a arquitetura tradicional algarvia, marcada pelas paredes brancas e pelas manchas de cor das portas e janelas, mas o que distingue as casas de Monchique das restantes do Algarve são as chaminés. Chamam-se chaminés de saia e a sua base é geralmente da largura de toda a cozinha.
Tal acontece porque, antigamente, era na cozinha que as famílias passavam a maior parte do tempo. O fogo feito por baixo destas chaminés tinha as funções de lareira para aquecimento, fogão de cozinha e ainda de fumeiro para “curar” os enchidos. Para além das chaminés de saia, também a aguardente de medronho é imagem de marca de Monchique, uma vez que está é produzida a partir do fruto da árvore medronheiro, típica das serras algarvias.
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