O auditório da Escola Manuel do Nascimento, em Monchique, acolheu na passada sexta-feira uma sessão de apresentação sobre a Área Integrada da Gestão da Paisagem – Corredor Verde de Monchique (anteriormente designada por Área Piloto de Monchique), que visa alterar o quadro de elevada vulnerabilidade aos incêndios rurais, numa mancha periurbana continua, envolvente à vila de Monchique, com cerca de 1.217,95 hectares.
A autarquia de Silves explica em comunicado que “para apoiar a sua execução estão previstos diversos instrumentos financeiros específicos multifundos, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê apoios às intervenções de 100% do valor global elegível, incidindo sobre as despesas elegíveis ou os custos unitários”.
Nesta sessão, que contou com a presença do executivo camarário e dos técnicos responsáveis pelo processo, foram apresentadas as informações sobre este programa e a adesão à futura Entidade Gestora.

O evento, que foi muito participado, contou com a representação de instituições e grupos organizados com interesse direto no desenvolvimento rural, agrícola e florestal da área de intervenção, de âmbito local e regional, nomeadamente do diretor do ICNF da região do Algarve.
Foram abordados temas como as principais características geográficas da área de intervenção e as vulnerabilidades aos incêndios rurais, as opções para a criação da Entidade Gestora da AIGP – CVM e as vantagens do agrupamento dos proprietários rurais e os objetivos da transformação da paisagem florestal e apoios financeiros do PRR aos proprietários rurais.
Na sessão foram apresentadas e discutidas as várias opções para a criação da entidade gestora da Área Integrada da Gestão da Paisagem – Corredor Verde de Monchique.
A Câmara Municipal de Monchique defendeu “a opção pelo caminho do associativismo local, face à opção empresarial, por ser aquela que reúne mais vantagens e que melhor defende os interesses das populações, proprietários e atores locais”.
Neste caminho a Câmara Municipal, enquanto entidade promotora da AIGP-CVM, além de ser co-responsável, desempenhará a função primordial de transferência de conhecimento, apoio na gestão processual e de prestar assistência técnica ao longo de todo as fases do projeto.
Com o objetivo de constituir a associação, no final da sessão foram ainda distribuídas fichas para pré-adesão dos proprietários rurais à futura Entidade Gestora.
A Câmara Municipal reiterou “a importância da adesão do maior número possível de proprietários, nesta fase”.
Assim, a inscrição mantém-se em aberto a todos os interessados, durante o mês de fevereiro. Para isso basta que os interessados contactem a Divisão de Desenvolvimento Rural, ou através do preenchimento da ficha que se encontra disponível aqui.