O piloto português Miguel Oliveira (KTM) disse hoje esperar “melhorar” o 13.º lugar conseguido na prova de abertura do Mundial de MotoGP, na segunda corrida, que se realiza no domingo, em Doha, no Qatar.
Em conferência de imprensa virtual, o piloto da KTM lamentou ainda a dificuldade em gerir os pneus no circuito de Losail, que domingo acolhe, pelo segundo fim de semana consecutivo, uma prova do Campeonato do Mundo de velocidade em motociclismo.
“Queremos fazer melhor do que no fim de semana anterior. É esse o objetivo. Queremos sempre melhorar, a qualificação e a nossa posição em corrida. A forma como o vamos conseguir será um pouco mais difícil, mas esperamos ter um bom fim de semana”, disse Miguel Oliveira.
Um dos maiores problemas sentidos pelos pilotos na prova de abertura, no domingo passado, foi a gestão dos pneus, sobretudo do pneu dianteiro no caso da KTM.
O piloto de Almada lembrou que há “fatores diferentes” que este ano têm estado a limitar a escolha de pneus.
“Em primeiro lugar, um formato diferente, pois temos de qualificar-nos bem logo nos segundos treinos livres e temos temperaturas diferentes entre a manhã e a tarde. Por isso, é difícil testar diferentes compostos. Se escolhermos o médio, temos de ficar com o médio”, explicou.
Miguel Oliveira referiu ainda que, no caso das motas austríacas, é necessário “usar um pouco mais a dianteira direita” pelo que precisa “trabalhar no equilíbrio da mota para fazer o pneu da frente durar mais e fazer a corrida toda sem ‘perder a frente’”.
A prova de Doha antecede o Grande Prémio (GP) de Portugal, uma prova que o piloto luso dominou em 2020.
“Em Portimão temos de fazer o melhor que pudermos e não fazer com que o passado nos dê o futuro como garantido. Temos de fazer o nosso trabalho e aproveitar o facto termos um GP caseiro. Sei que os pneus serão diferentes. Já não teremos o pneu com que corri. Não sabemos de que forma afeta o fim de semana”, sublinhou.
Já sobre o anúncio de um documentário sobre os bastidores das corridas de MotoGP ao estilo do que já existe sobre o Mundial de Fórmula 1, Miguel Oliveira acredita que poderá ser positivo para a notoriedade do campeonato.
“Hoje em dia dependemos muito da imagem para mostrar ao mundo o que estamos a fazer e a F1 criou um bom ruído à volta do desporto pelo que acontece nos bastidores e não tanto pelas corridas. Como pilotos, poderemos ter muito a ganhar com esse formato”, sublinhou, ressalvando que nenhum conteúdo será publicado “sem permissão prévia”.
O GP de Doha é a segunda prova da temporada de 2021 de MotoGP.
O espanhol Maverick Viñales (Yamaha) lidera o campeonato, com 25 pontos, depois de ter vencido no domingo o GP do Qatar, numa corrida em que o português somou três pontos, ao terminar na 13.ª posição.