A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou o concurso público para a construção de uma subestação de tração elétrica em Olhão, empreitada cujo valor base é de 8,5 milhões de euros, divulgou esta terça-feira a empresa.
O procedimento, publicado na segunda-feira em Diário da República, tem como objeto a conceção e construção daquela subestação, que servirá o troço entre Faro e Vila Real de Santo António, no âmbito da eletrificação da Linha do Algarve.
Em comunicado, a IP adianta que a empreitada envolve um investimento estimado em 8,5 milhões de euros, estando integrada no programa de modernização e requalificação da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia2020, cofinanciado pela União Europeia.
“O empreendimento de eletrificação da Linha do Algarve visa dotar com tração elétrica (no sistema 25 kV – 50 Hz) os troços Tunes-Lagos e Faro-Vila Real de Santo António, capacitando esta infraestrutura ferroviária com melhores níveis de operação, fiabilidade e segurança”, lê-se na nota.
A intervenção “permitirá disponibilizar aos passageiros uma alternativa de transporte público ambientalmente sustentável, mais rápida e com maior comodidade, ao serviço das populações e turistas na região do Algarve”, sublinha a IP.
No início de março, a IP anunciou que já tinha assinado o contrato para a eletrificação do troço entre Tunes e Lagos, no valor de 25 milhões de euros, que irá eletrificar os 45 quilómetros de linha que servem Silves, Lagoa, Portimão e Lagos.
O troço entre Faro e Tunes já se encontra eletrificado e os trabalhos nos restantes dois troços – entre Faro e Vila Real de Santo António, já em curso, e entre Tunes e Lagos – vão permitir que possam ser utilizadas “composições mais modernas, confortáveis e rápidas, reduzindo o tempo de percurso entre Lagos e Vila Real de Santo António em 25 minutos”.
A eletrificação da linha ferroviária do Algarve está a ser feita em duas empreitadas, uma que abrange o troço entre Vila Real de Santo António e Faro, já em curso e que deverá estar concluída em 2023, e outra no troço entre Tunes e Lagos.
Esta última, de acordo com a IP, irá trazer “importantes benefícios ao nível da segurança, eficiência, qualidade de serviço e sustentabilidade ambiental” na totalidade dos 140 quilómetros de extensão da Linha do Algarve.
A eletrificação é feita com financiamento comunitário de 85%, através do programa COMPETE 2020, conclui a IP.