Três brasileiros e uma portuguesa geriam empresa que lesou centenas de vítimas. Inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de uma unidade que cumpre mandados de captura internacionais, vestiram-se esta segunda-feira de “sem-abrigo” para apanharem quatro suspeitos de uma megafraude internacional, que estavam refugiados em Lisboa há cerca de três anos, avança o Correio da Manhã.
Segundo a mesma fonte o grupo composto por Alan Cordeiro, de 42 anos, Victoria Miranda, de 24, e Eduardo Rodrigues, de 29, todos brasileiros, fugiam a uma ordem de prisão emitida por um tribunal federal brasileiro por suspeitas de fraude eletrónica comercial, branqueamento de capitais, associação criminosa e peculato. Foram detidos pelas 11:00h desta segunda-feira, com uma portuguesa, perto do Castelo de São Jorge.
A fraude está ligada à empresa “Pineal Marketing Unipessoal”, criada em janeiro de 2022 no Brasil, mas com escritórios na Rua Joshua Benoliel, em Lisboa.
Segundo a justiça brasileira, esta firma foi criada com o único intuito de atrair investimentos para falsos negócios na Bolsa de Valores.
O esquema levou à contratação de um número ainda indeterminado de pessoas, para trabalhar em ‘Call Centers’.
Sem saberem o âmbito da atividade do grupo, os angariadores tinham como missão atrair investidores, convidados a avançar com as respetivas economias com promessas de lucros chorudos.
Há registo de centenas de vítimas, em Portugal e no Brasil, algumas delas deixadas na miséria.
Deverão ser presentes esta terça-feira no Tribunal da Relação de Lisboa, para aplicação de medidas de coação destinadas à extradição dos suspeitos para o Brasil.