Portugal regista hoje mais seis mortes e 291 novos casos de infeção confirmados de covid-19 por comparação a sábado, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
As vítimas são duas mulheres (uma sexagenária e uma septuagenária) e quatro homens (um septuagenário e três com 80 anos ou mais).
De acordo com o boletim diário da DGS, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 46.512 casos de infeção confirmados e 1.660 mortes.
Nas últimas 24 horas, aumentaram em 0,6% os casos confirmados, passando de 46.221 para 46.512, e os óbitos subiram 0,4%, de 1.654 para 1.660. Apesar de se registar uma tendência de aumento desde o início da pandemia, a subida foi mais baixa do que a que se verificou entre sexta-feira e sábado.
Lisboa e Vale do Tejo é a região onde o aumento dos casos continua a ser mais significativo, contabilizando 78% dos novos casos, com 226 dos 291, e cinco das seis mortes.
Seguem-se o Norte (41 novos casos e a sexta vítima mortal), o Centro (12 novos casos), o Algarve (nove novos casos) e o Alentejo (mais dois novos casos).
Nos Açores, mantém-se o número de novos casos e de mortes, enquanto na Madeira surgiram dois novos casos, totalizando 97, e não ocorreu qualquer morte.
Apesar dos aumentos em Lisboa e Vale do Tejo, é o Norte que regista o maior número de mortes (822), depois Lisboa e Vale do Tejo (540), Centro (250), Alentejo (18), Algarve (15) e Açores (15, menos um óbito do que as autoridades regionais contabilizam).
Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas subiu de 459 para 462, mas diminuíram os internados em cuidados intensivos, de 68 para 64.
Pelo oitavo dia consecutivo, os números relativos aos concelhos continuam sem alteração, porque a DGS está a verificar “todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde” e espera ter esta tarefa “concluída nos próximos dias”.
Na última atualização dos dados por concelho, onze tinham mais de mil casos, com Lisboa (3.645), Sintra (2.850) e Loures (1.910) à cabeça.
ALGARVE TEM 704 E ALENTEJO 572 CASOS CONFIRMADOS
A DGS refere que há mais 9 casos novos covid-19 no Algarve, que tem agora 704 casos confirmados e 15 óbitos, segundo a DGS.
Já o Alentejo registou apenas mais 2 novos casos e tem um acumulado dos 572 casos confirmados de ontem. O Alentejo tem um total de 18 óbitos, mais 3 do que a região do Algarve.
A DGS deixou há 8 dias de atualizar os dados registados por concelhos.
Pelo menos no Algarve, os dados da DGS continuam OMISSOS por concelhos em 98 casos de infetados confirmados.
Um aviso da DGS tem estado a aparecer em nota de rodapé, no quadro da caracterização demográfica, a dizer o seguinte: Este relatório de situação não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos. A DGS está a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias.
Situações de casos omissos por concelhos, no quadro diário da DGS, tem sido denunciados diariamente aos nossos leitores pelo jornal POSTAL.
A correspondência dos dados entre a autoridade de saúde do Algarve e os da DGS nunca “bateram certo”, dificultando o rigor e a transparência da informação.
Até ao momento, nem a DGS, nem qualquer entidade regional ou local do Algarve demonstraram publicamente o seu desagrado. Antes pelo contrário, revelaram-se conformados aos olhos dos algarvios em particular e dos portugueses em geral.
São factos lamentáveis que ficarão para a nossa história.
Nota da redação: o critério da “confidencialidade” e o já habitual número elevado de casos omissos por concelho são, para o jornal POSTAL, violador do Direito à Informação. As várias e diversas justificações dadas pela DGS revelam-se insuficientes para poder ser garantido a transparência na informação colhida e tratada. Infelizmente, o argumento parece ser o de: “Os assuntos do Estado só ao Estado dizem respeito”. O POSTAL solidariza-se com os leitores conscientes do Direito de Liberdade de Imprensa e que exigem ao Estado informação rigorosa e atempada.
Em termos de infetados, a maioria encontra-se na faixa etária entre 40 e 49 anos (1.767, mais 47), depois entre 30 e 39 anos (7.531, mais 53), 50 a 59 anos (7.155, mais 29), 20 e 29 anos (6.977, mais 40) e mais de 80 anos (5.588, mais 16).
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.111, mais três), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (320, mais duas), entre 60 e 69 anos (150, mais uma) e entre 40 e 49 anos (20).
As autoridades de saúde mantêm sob vigilância 34.512 contactos de pessoas infetadas – mais 430 do que no sábado – e 1.638 aguardam resultado laboratorial.
O número de doentes dados como recuperados aumentou de 30.655 para 30.907, mais 252 do que no sábado.
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