Portugal regista hoje mais dois óbitos por covid-19, em relação a terça-feira, e mais 443 casos de infeção confirmados, dos quais 327 na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico diário, o total de óbitos por covid-19 desde o início da pandemia é agora de 1.631 e o total de casos confirmados é de 44.859.
Em termos percentuais, o aumento do número de óbitos foi de 0,12% (passou de 1.629 para 1.631) e o aumento do número de infetados foi de 0,99% (de 44.416 para 44.859).
Lisboa e Vale do Tejo registou um morto nas últimas 24 horas (514 ao todo) e a região do Alentejo outro morto, passando a 18 óbitos no total.
A DGS regista mais um internamento nas últimas 24 horas, que passaram de um total de 511 para 512, mas há menos duas pessoas nos cuidados intensivos, sendo agora 74.
Lisboa e Vale do Tejo, com 21.256 infetados, permanece como a região onde se regista o maior número de novos casos, 327 nas últimas 24 horas.
O boletim volta a referir que cerca de 200 casos continuam ainda por incluir no total na Região de Lisboa e Vale do Tejo, referentes a testes realizados por um laboratório privado que em três dias da semana passada não os registou no sistema para o efeito, estando a sua distribuição ainda a ser analisada pelas autoridades de saúde.
Depois de Lisboa e Vale do Tejo surge a Região Norte (17.900 casos), a Região Centro (4.232), o Algarve (com 663 casos) e o Alentejo (551). Os Açores têm 149 infetados e a Madeira 95 infetados.
Há no país 11 concelhos com mais de 1.000 casos de doentes infetados, uma lista liderada por Lisboa (3.645), seguida de Sintra (2.850) e de Loures (1.910).
Os números relativos aos concelhos não sofreram alterações esta semana (em relação a segunda-feira), uma situação explicada no boletim de hoje que indica que ainda não foi feita a atualização, porque a DGS está a verificar “todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde” e espera ter esta tarefa “concluída nos próximos doas”.
Os números relativos aos concelhos não sofreram alterações em relação a segunda-feira, uma situação explicada no boletim de ontem e hoje que indica que ainda não foi feita a atualização, porque a DGS está a verificar “todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde” e espera ter esta tarefa “concluída nos próximos dias”.
ALGARVE TEM 676 CASOS CONFIRMADOS ALENTEJO 551
Depois de ontem não ter registado nenhum caso novo, hoje a DGS refere que há mais 13 casos novos covid-19 no Algarve.
O Algarve tem agora 676 casos confirmados e mantém os 15 óbitos, segundo a DGS.
Já o Alentejo tem mais 7 infetados e tem agora um acumulado de 551 casos confirmados. Infelizmente, nas últimas 24 horas, o Alentejo tem mais 1 óbito e conta agora com um total de 18 óbitos, mais 3 do que a região do Algarve.
A DGS deixou há 3 dias de atualizar os dados registados por concelhos.
Pelo menos no Algarve, os dados da DGS continuam OMISSOS por concelhos em 77 casos de infetados confirmados.
Um aviso da DGS tem estado a aparecer em nota de rodapé, no quadro da caracterização demográfica, a dizer o seguinte: Este relatório de situação não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos. A DGS está a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias.
Situações de casos omissos por concelhos, no quadro diário da DGS, tem sido denunciados diariamente aos nossos leitores pelo jornal POSTAL.
A correspondência dos dados entre a autoridade de saúde do Algarve e os da DGS nunca “bateram certo”, dificultando o rigor e a transparência da informação.
Até ao momento, nem a DGS, nem qualquer entidade regional ou local do Algarve demonstraram publicamente o seu desagrado. Antes pelo contrário, revelaram-se conformados aos olhos dos algarvios em particular e dos portugueses em geral.
São factos lamentáveis que ficarão para a nossa história.
Nota da redação: o critério da “confidencialidade” e o já habitual número elevado de casos omissos por concelho são, para o jornal POSTAL, violador do Direito à Informação. As várias e diversas justificações dadas pela DGS revelam-se insuficientes para poder ser garantido a transparência na informação colhida e tratada. Infelizmente, o argumento parece ser o de: “Os assuntos do Estado só ao Estado dizem respeito”. O POSTAL solidariza-se com os leitores conscientes do Direito de Liberdade de Imprensa e que exigem ao Estado informação rigorosa e atempada.
A DGS começou a indicar na terça-feira que, devido a um erro informático, não é apresentado o quadro das idades relativo aos infetados, sublinhando que a situação será corrigida “com a maior brevidade possível”.
Mas a verdade é que já lá vão 6 dias que a caracterização etária das pessoas infetadas não é apresentada.
Para os leitores do jornal POSTAL, trata-se de mais uma atitude a lamentar, a somar a tantas outras denunciadas pelo POSTAL, que dificultam o acesso à informação e limitam o Direito à Liberdade de Informação.
Quanto aos óbitos, a região com maior número continua a ser o Norte (821, o mesmo número de terça-feira), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (514, mais um morto do que na terça-feira), da região Centro (248, o mesmo valor de terça-feira), do Alentejo (18, mais um morto do que na terça-feira) e do Algarve e Açores, com os mesmos 15 mortos cada em relação a terça-feira.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.090), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (315) e entre os 60 e 69 anos (148). Há 54 óbitos entre os 50 e 59 anos, 20 entre os 40 e 49, dois entre os 30 e os 39 e outros dois entre os 20 e os 29 anos.
As autoridades de saúde mantêm sob vigilância 33.225 contactos de pessoas infetadas – mais 91 do que na terça-feira – e há 1.496 pessoas que aguardam resultados laboratoriais.
O número de doentes dados como recuperados também registou um aumento, havendo hoje mais 269 pessoas recuperadas, registando-se agora um total de 29.714 casos nessa situação.
Direito de Acesso à Informação
Comunicado do Conselho Regulador da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sobre o Direito de Acesso à Informação, que surge como consequência da denúncias de vários órgãos de comunicação social sobre a dificuldades e acesso à informação desde o inicio da pandemia.
“É fundamental realçar que o Direito de acesso à informação é um dos pilares da Liberdade de Imprensa. Os órgãos sempre que se deparem com uma situação contraria devem sempre denunciar junto da ERC”, salienta igualmente a API – Associação Portuguesa de Imprensa.