A enfermeira Mariana Fonseca, que foi absolvida do crime de homicídio e desmembramento de Diogo Gonçalves, quis regressar à sua atividade profissional no Hospital de Lagos em abril passado.
Segundo avançou o jornal Correio da Manhã, “a administração do hospital de Lagos não deixou. Colocou-lhe um processo disciplinar por faltas injustificadas, correspondentes ao tempo em que esteve presa, e não lhe pagou o salário até ao despedimento”.
Mas Mariana recorreu para o Tribunal de Trabalho que lhe deu razão.
De acordo com a notícia publicada esta terça-feira pelo CM, “a enfermeira que foi condenada a uma pena suspensa de quatro anos por profanação de cadáver, burla informática e peculato vai pedir uma indemnização de cerca de 50 mil euros ao hospital pelo despedimento”.
Recorde-se que em junho passado tinha sido noticiado que o Ministério Público de Portimão interpôs recurso do acórdão que absolveu do crime de homicídio qualificado uma das mulheres suspeitas de matar Diogo Gonçalves, em 2020, alegando um “erro notório” na apreciação da prova por parte do Tribunal.
O Ministério Público sustentou que houve erro notório na apreciação da prova por parte do Tribunal e que, consequentemente, a arguida absolvida deve ser condenada em coautoria com a outra arguida no crime de homicídio qualificado.
Apenas Maria Malveiro, de 21 anos, tinha sido condenada por homicídio qualificado, numa pena única de 25 anos, enquanto Mariana Fonseca foi condenada a uma pena de quatro anos de prisão, mantendo-se em liberdade até a decisão transitar em julgado.