Portugal regista hoje mais seis mortes e 233 novos casos de infeção por covid-19 em relação a segunda-feira, 143 dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 47.051 casos de infeção confirmados e 1668 mortes.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento de óbitos foi de 0,4% (passou de 1.662 para 1.668) e o de casos confirmados 0,5% (de 46.818 para 47.051).
Lisboa e Vale do Tejo é a região onde o aumento dos casos continua a ser mais significativo, contabilizando 61% dos novos casos, com 143 dos 233, e a totalidade das seis mortes registadas.
Em número de casos, Lisboa e Vale do Tejo lidera com 23.008, seguida pela região Norte (18.184, com 41 casos novos), a região Centro (4.297, 21 casos novos), o Algarve (725, 17 casos novos) e o Alentejo (586, 10 casos novos).
Nos Açores mantém-se o número de novos casos e de mortes, à semelhança da Madeira, que totaliza 99 casos e nenhuma morte registada.
Apesar dos aumentos em Lisboa e Vale do Tejo, é o Norte que regista o maior número de mortes (823), depois surge Lisboa e Vale do Tejo (547), Centro (250), Alentejo (18), Algarve (15) e Açores (15).
Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas subiu de 467 para 472 (mais cinco), bem como os internados em cuidados intensivos, que passaram de 63 para 69 (mais seis).
Em relação à informação sobre os casos por concelho, a DGS refere que o relatório de hoje já inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos*, com Lisboa, por exemplo, a registar mais 439 em relação ao boletim anterior.
Continuam a existir 11 concelhos com mais de mil casos, com Lisboa (4.084), Sintra (3.219) e Loures (2.088) à cabeça.
Finalmente e apenas hoje, ao décimo dia consecutivo, os números relativos aos concelhos foram hoje atualizados, depois da DGS ter dito estar a verificar “todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde” e espera ter esta tarefa “concluída nos próximos dias”.
DGS: ALGARVE TEM 725 CASOS CONFIRMADOS E ALENTEJO 586
No Algarve, à data de 5 de julho, referente ao dia anterior, a DGS indicava: Albufeira com 125, Castro Marim 4, Faro 85, Lagoa 13, Lagos 86, Loulé 79, Monchique 12, Olhão 23, Portimão 83, São Brás de Alportel 5, Silves 26, Tavira 36, Vila do Bispo 4 e Vila Real de Santo António 17.
Mesmo assim, por concelhos, os dados da DGS omitem 110 casos de infetados confirmados na região do Algarve, sobre os próprios dados da DGS.
Mas, um levantamento exaustivo do POSTAL junto das autoridades de saúde e municípios dão números bem diferentes. Assim, os números que deverão estar mais próximos da realidade oficial no Algarve, à data de ontem, são os seguintes:
01- Albufeira com 125 casos confirmados e 37 ainda ativos;
02- Alcoutim sem nenhum caso covid-19 confirmado;
03- Aljezur com 7 casos, todos ainda ativos;
04- Castro Marim com 4, mas sem casos ativos;
05- Faro com 78 casos confirmados e 22 ainda ativos;
06- Lagoa com 14, mas apenas com 1 caso ativo;
07- Lagos com 115 casos confirmados e 65 ainda ativos;
08- Loulé com 126 casos confirmados e 25 ativos;
09- Monchique com 11 casos confirmados e 10 ainda ativos;
10- Olhão com 25 casos confirmados e 9 ativos;
11- Portimão com 105 casos confirmados e 43 ainda ativos;
12- São Brás de Alportel com 7 casos confirmados, mas apenas 2 ativos;
13- Silves com 27 casos confirmados, mas apenas com 5 casos ativos;
14- Tavira com 47 casos confirmados e 16 casos ativos;
15- Vila do Bispo sem nenhum caso covid-19 confirmado;
16- Vila Real de Santo António com 22 casos, mas com apenas 5 ativos.
ALGARVE COM APENAS 247 CASOS COVID-19 ATIVOS
No total o POSTAL confirmou no terreno 712 casos covid-19 no Algarve à data de ontem, contra os 708 indicados pela DGS. Do total dos 712 caos, 448 estão dados como recuperados e 247 continuam doentes covid-19 ativos, sendo que os óbitos a lamentar na região algarvia serão 17 e não os 15 referidos pela DGS.
No boletim de hoje, a DGS refere que há mais 17 novos casos covid-19 no Algarve, que tem agora 725 casos confirmados, mantendo os 15 óbitos já anunciados pela DGS.
Já o Alentejo registou mais 10 novos casos e tem um acumulado dos 586 casos confirmados nas últimas 24 horas. A região do Alentejo tem um total de 18 óbitos, segundo a DGS.
OMISSÕES DA DGS: MENTIRA OU INCOMPETÊNCIA?*
Situações de casos omissos por concelhos, nos quadros diários da DGS, têm sido uma constante e aqui denunciados diariamente pelo jornal POSTAL, situação que a DGS dizia estar a corrigir com as entidade locais já lá iam 10 dias, mas hoje diz ter atualizado as correções por concelhos – Infelizmente é mentira! Os números no Algarve continuam a não bater certo!
A segunda hipótese, é a DGS não estar a mentir, mas sim estar a demonstrar uma total incompetência. Com mentira ou por incompetência, tanto o Governo com o Presidente da República não estão a conseguir tranquilizar os portugueses com números, cujas suspeitas de estarem errados têm sido denunciado pelos próprios profissionais de saúde que têm estado na primeira linha no combate à pandemia Covid-19.
Um aviso da DGS apareceu, durante 9 dias, em nota de rodapé, no quadro da caracterização demográfica, a dizer o seguinte: Este relatório de situação não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos. A DGS está a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias. Hoje, refere que o relatório de situação inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos, mas não inclui notificações laborais. Diz ainda, que a partir de hoje, “a caracterização demográfica dos casos confirmados terá uma atualização semanal publicada à segunda-feira”.
*Nota da redação: o critério da “confidencialidade” para concelhos com menos de 3 casos e o já habitual número elevado de casos omissos por concelho são, para o jornal POSTAL, violador do Direito à Informação. As várias e diversas justificações dadas pela DGS revelam-se insuficientes para poder ser garantido a transparência na informação colhida e tratada. O POSTAL solidariza-se com os leitores conscientes do Direito de Liberdade de Imprensa e que exigem ao Estado informação rigorosa e atempada.
Em termos de infetados, a maioria encontra-se na faixa etária entre 40 e 49 anos (7.758), depois entre 30 e 39 anos (7.623), 50 a 59 anos (7.228), 20 e 29 anos (7.097) e mais de 80 anos (5.611).
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.114, mais três), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (324, mais três), entre 60 e 69 anos (150) e entre 50 e 59 anos (55). Há 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, três entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos de idade.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 34.641 contactos de pessoas infetadas – mais 340 do que na segunda-feira – e 1.472 casos aguardam resultado laboratorial.
O número de doentes dados como recuperados aumentou de 31.065 para 31.550 (mais 485).