Um homem foi burlado ao vender um carro. Os burlões fizeram o pagamento com cheques furtados. O burlado, nove dias depois, viu o seu carro novamente à venda na internet e marcou um encontro com os burlões, que foram recebidos pela PSP, avança o Correio da Manhã.
Segundo a mesma fonte, o caso aconteceu em 2015 e o Tribunal de Coimbra condenou agora dois arguidos. Um deles foi condenado a uma pena de três anos e três meses de prisão efetiva e o outro a pena suspensa.
Os arguidos tinham o seguinte esquema montado: ligavam aos anunciantes e simulavam o pagamento com cheques furtados, que depositavam nas contas dos lesados, convencendo-os assim a entregarem os bens que depois vendiam. De seguida, colocavam os bens, na maior parte das vezes carros, à venda em plataformas online.
O homem, proprietário de um BMW vendeu o carro por 20.500 euros aos burlões que lhe depositaram um cheque na conta e apresentaram-lhe o comprovativo de depósito. O burlado estava convencido de que teria a quantia na conta e entregou a viatura e os documentos. O cheque foi, no entanto, devolvido.
Os burlões, nove dias depois, colocaram a mesma viatura à venda na Internet por 15.800 euros. A vítima quanto viu o anúncio manifestou interesse em comprar o carro e combinou um encontro em Leiria. Chegados ao local, os burlões foram surpreendidos pela PSP, que tinha sido contactada pelo lesado.
Os cheques usados pelos arguidos para pagar os bens que adquiriam tinham sido furtados de um carro em outubro de 2015. O dono legítimos dos cheques chegou a apresentar queixa na altura, mas o inquérito foi arquivado por não se ter apurado a identidade do autor.