A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim celebrou no passado domingo o seu 133.º aniversário. Na ocasião, foi assinado o protocolo de cooperação entre esta instituição de utilidade pública e os respetivos municípios para financiamento da componente operacional de reposta a emergências para os próximos quatros anos.
O envelope financeiro agora aprovado será assegurado numa proporção de 60% pelo Município de Vila Real de Santo António, num investimento autárquico superior a 400 mil euros, e 40% pelo Município de Castro Marim, num investimento autárquico superior a 275 mil euros, ambos exclusivamente para funcionamento.
A estes juntam-se os planos plurianuais de investimento das respetivas autarquias que vão permitir proteger os profissionais do setor com equipamento de proteção individual adequado às diferentes vertentes de intervenção, bem como a aquisição de veículos e equipamentos identificados no relatório elaborado pelo Comando do Corpo de Bombeiros, consolidado em sede do Grupo de trabalho em apreço.
O quadro pioneiro de sustentabilidade financeira e operacional teve por base um trabalho rigoroso e multidisciplinar de uma equipa representada pelas diversas instituições envolvidas, nomeadamente, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim, o Município de Castro Marim, o Município de Vila Real de Santo António, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a Liga dos Bombeiros Portugueses.
Segundo explica a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de VRSA e Castro Marim, “os seis meses de trabalho decorridos, e que antecederam a obtenção deste modelo de financiamento alicerçado num diagnóstico de necessidades realista e um estudo responsável de viabilidade financeira, atingiu o seu ponto culminante no ato solene que teve lugar no passado domingo”.
“O seu percurso foi pautado pela dinamização reuniões técnicas e visitas a Instituição congéneres, cujas boas práticas contribuíram para a construção de uma solução sustentável para o funcionamento de uma Força Mínima de Intervenção (FMIO), composta por um mínimo de 15 bombeiros por turno, cobrindo as 24 horas do dia, que conseguem, a partir de agora, assegurar um grau de prontidão na resposta adequado à realidade territorial, considerando os riscos coletivos existentes e a procura operacional no âmbito da Proteção Civil e Socorro. Com este novo quadro de cooperação rentabilizam-se ainda meios e recursos e centraliza-se a gestão de emergências, através de um centro integrado no quartel”, acrescenta a Associação Humanitária..
O presente quadro de ação e cooperação levaram em consideração “os apoios concedidos pelo Governo na dimensão do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro e do Sistema Integrado de Emergência Médica, eliminando quaisquer sobreposições e correspondendo aos níveis mínimos de serviços a prestar, destacando-se o controlo de qualidade através de indicadores de desempenho”.
A Associação Humanitária de Bombeiros destaca “nos indicadores de desempenho o despacho de meios de socorro em menos de quatro minutos, a aposta na gestão eficientes das ocorrências contribuindo para a sua rápida resolução e o atendimento e encaminhamento dos pedidos de assistência dos munícipes de Castro Marim e Vila Real de Santo António”.
“Mais que a viabilidade da sustentabilidade financeira desta força, este quadro de cooperação vem potenciar o produto operacional, fomentando o espírito de corpo, com repercussões diretas no aperfeiçoamento da primeira linha de resposta e inovando o reforço especializado, sobretudo no desenvolvimento das capacidades para situações de exceção, nomeadamente na dimensão dos salvamentos especiais”, conclui.