Noventa e dois reclusos estão infetados com SARS-CoV-2, registando-se ainda 91 casos ativos entre trabalhadores da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), incluindo 72 guardas prisionais.
Numa resposta enviada à Agência Lusa, a DGRSP indica que no universo de 11.400 reclusos registam-se 92 casos ativos, enquanto o número de casos clinicamente recuperados ascende a 1.501. Já entre os jovens internados em centros educativos há um infetado e 23 casos dados como clinicamente recuperados.
Quanto aos trabalhadores da DGRSP, existem, neste momento, 91 casos ativos, distribuídos por 72 guardas prisionais, dois profissionais de saúde e 17 outros funcionários. O número de trabalhadores da DGRSP clinicamente recuperados atinge os 718.
De acordo com a DGRSP, a taxa de cobertura vacinal dos trabalhadores é 87,96%, a dos reclusos é de 92,42% e a dos jovens internados em centros educativos é de 88,42%. Foram ainda efetuados 60.799 testes (PCR e rápidos), entre rastreios a partir de casos suspeitos ou confirmados, ao abrigo do protocolo com INEM e INSA para profissionais dos estabelecimentos prisionais e para reclusos entrados e em quarentena, além dos internados no hospital prisional São João de Deus.
Questionada sobre as medidas restritivas adotadas nas prisões e nos centros educativos face ao aumento exponencial de casos em Portugal, a DGRSP garantiu que estão a ser seguidas as orientações gerais de saúde pública para a sociedade, com as necessárias adaptações para a realidade do contexto prisional e tutelar.
Entre essas medidas destacam-se, por exemplo, “a quarentena profilática aos reclusos que entram vindos da rua (entradas no sistema e regressos de saídas jurisdicionais e de curta duração), a suspensão provisória das visitas íntimas e a realização de visitas mediante agendamento prévio e com separadores acrílicos, tendo os visitantes que mostrar certificado de vacinação ou resultado negativo de teste à covid-19, bem como a testagem dos reclusos antes da transferência para outro estabelecimento prisional”.
A DGRSP enfatizou a “evolução positiva dos casos até agora registados”, sem qualquer óbito entre internados e trabalhadores, notando que o trabalho efetuado até este momento “permite perspetivar uma resolução favorável e de curto prazo” para as situações ainda em curso.
O universo da DGRSP abrange cerca de 20 mil pessoas entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em centros educativos.