A crise do novo coronavírus deve privar o setor mundial de transporte aéreo de 252 mil milhões de dólares de receitas este ano, mais do dobro do previsto anteriormente (113 mil milhões).
“Trata-se da crise mais profunda de sempre para a nossa indústria”, afirmou o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, durante uma conferência telefónica, apelando a governos para ajudarem quando se aproxima “uma crise de liquidez”.
“Precisamos com urgência de um pacote de ajuda” e “precisamos desesperadamente de dinheiro”, adiantou.
A crise causada pela pandemia de covid-19 afeta agora 98% do tráfego de passageiros em todo o mundo, de acordo com a IATA, precisando que no início do ano uma companhia aérea dispunha de uma margem de dois meses de tesouraria.
Na semana passada, as companhias aéreas, muitas com a quase totalidade da frota em terra devido às restrições de circulação impostas devido à pandemia, já tinham lançado um apelo para uma ajuda urgente até 200 mil milhões de dólares (cerca de 185 mil milhões de euros).
A IATA, que reúne 290 companhias que representam 82% do tráfego mundial, pediu “apoio financeiro direto” para os transportadores de passageiros e de mercadorias para compensar o que não ganham e superar as dificuldades de tesouraria, mas também empréstimos e garantias da parte dos Governos e bancos centrais ou alívio nos impostos e nos encargos sociais.