Uma família oriunda do País de Gales está desesperada porque um dos filhos, durante umas férias no Algarve, caiu com a cabeça e teve de ser alvo de internamento no hospital de Faro. A notícia é avançada pelo jornal Wales Online.
Segundo a mesma fonte, Theo, criança de dois anos, caiu com a cabeça no dia 13 de setembro, num apartamento onde a família estava de férias, em Cabanas de Tavira. O menino de seguida começou a vomitar, pelo que os pais chamaram uma ambulância.
Os médicos não encontraram lesões, e o menino foi mandado para casa, com a advertência de voltar ao hospital caso voltasse a vomitar.
A mãe que conta que o menino foi observado a noite toda, “e, pela manhã, quando tentamos acordá-lo, ele mal estava lá, então chamamos um táxi para o hospital”.
Dois dias depois da queda, a criança voltou ao hospital e foi diagnosticada com gastroenterite. Os pais contam que após insistência foi realizada uma ressonância magnética que revelou que o menino tinha uma possível infeção no cerebelo.
“Não conseguia comunicar ou mexer-se. Tentava falar e implorar, mas não conseguia. Foi angustiante e horrível porque era como se ele não conseguisse formar as palavras e normalmente ele é fenomenal a falar”, referiu a mãe.
Já o pai da criança, referiu que todos os dias vão ao hospital acompanhar o internamento do filho. “Theo está um pouco mais confortável, mas não há nenhuma mudança ou progresso real. Ele está a dormir muito, mas não parece sentir tanta dor”.
A família tinha planeado ficar no Algarve até 1 de outubro e teme ter que ficar mais dias após essa data, uma vez que para levar a criança de volta para o País de Gales é necessário um voo médico, para que a situação de saúde não se agrave.
Há ainda a questão do braço de ferro entre a seguradora.
“A [seguradora] AXA não conseguiu priorizar o caso do nosso filho, apesar de nos garantir que sim. Como pode uma repatriação de emergência para o Reino Unido de uma criança de dois anos não ser tratada com a máxima urgência? Na verdade, a AXA disse-me que se a sua condição piorar ou se ele se deteriorar, eles poderiam considerar uma repatriação de emergência. Por que não transferi-lo enquanto está estável?”, questionou a mãe.
Um porta-voz da seguradora referiu que a empresa lamenta e está solidária com a situação.
“A nossa prioridade é garantir que a família possa regressar ao Reino Unido no momento apropriado e estamos a trabalhar com as instalações de tratamento para garantir que o seu filho receba o nível de cuidados necessário”, disse o porta-voz.
A seguradora comunicou ainda que “neste momento, os profissionais médicos estão a monitorizar a sua condição e estamos a preparar-nos para o repatriamento para o Reino Unido. Estamos em contacto regular com a Sra. Jones, que está a ser apoiada por uma equipa dedicada”.
O hospital de Faro, onde a criança foi alvo de internamento, foi contactado pelo Notícias ao Minuto para obter mais informações sobre o caso, mas segundo a mesma fonte, ainda não foi possível obter resposta.
Leia também: Regulador da Saúde deteta incumprimentos em identificação de cadáveres no CHUA