Portugal atingiu um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas e regista 56 óbitos, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.848 mortes e 173.540 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 72.945 casos, mais 2.591 do que na sexta-feira.
A DGS indica que das 56 mortes registadas nas últimas 24 horas, o segundo pior dia desde o início da pandemia, 31 ocorreram na região Norte, 19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, três na região Centro e outras três no Alentejo.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico revela que estão internadas 2.420 pessoas (menos cinco que na sexta-feira) e destas estão 366, mais 26 doentes, em cuidados intensivos.
A DGS refere também que as autoridades de saúde têm em vigilância 91.350 contactos, mais 11.661 em relação a sexta-feira, um número que tem aumentado de forma exponencial, e que foram dados como recuperados, nas últimas 24 horas, mais 3.993 doentes, num total de 97.747 desde o início da pandemia.
Infetados em Unidades de Cuidados Intensivos voltaram a subir. São mais 26 para um total de 366
A região Norte é a que regista a maioria dos novos casos, tendo sido reportados 3.900 nas últimas 24 horas, totalizando 82.361 casos de infeção e 1.279 mortos desde o início da pandemia, em março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.856 novos casos de infeção, contabilizando-se agora 67.725 ocorrências e 1.109 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 712 casos de infeção, contabilizando-se agora 15.757 e 352 mortos.
No Alentejo foram registados mais 49 novos casos de covid-19, totalizando 3.361 e 63 mortos.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 182 casos de infeção, somando 3.367 casos e 29 mortos desde o início da pandemia.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 22 novos caso nas últimas 24 horas, somando 435 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 19 casos nas últimas 24 horas, contabilizando 534 infeções e um óbito.
DGS dá ainda conta de 56 óbitos nas últimas 24 horas: 30 mulheres e 26 homens. Trata-se do segundo pior registo de vítimas mortais, só atrás das 59 mortes reportadas na quarta-feira, 4 de novembro
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 78.664 homens e 94.876 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.458 eram homens e 1.390 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado.
Sobre os casos por concelho, a DGS deixou esta segunda-feira (dia 2 de novembro de 2020) de os divulgar. Recorda-se que eram atualizados só às segundas-feiras.
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Informação incompleta sobre os casos Covid-19
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2879 (DGS apresenta hoje 3.367), com 36 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 29).
À data de domingo, dia 1 de novembro, os concelhos de Loulé, Albufeira e Faro apresentavam o maior número de casos confirmados.
Quanto aos casos ativos e de recuperados por concelho, os dados estão incompletos e estão no gráfico assinalados com * nos concelhos em que não há acesso à informação.
Estes dados baseiam-se nas informações disponíveis da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias que disponibilizam essa informação.
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Forças Armadas terão “contributo importante” na vacinação contra a doença
O ministro da Defesa Nacional admitiu hoje, em Bucareste, Roménia, um “contributo importante” das Forças Armadas de Portugal na eventual campanha de vacinação contra a covid-19, um futuro que o governante espera que não seja “muito longínquo”.
“Teremos no futuro, não para estas próximas semanas, não para este período de declaração de emergência imediata, mas num futuro que esperemos que não seja muito longínquo, o grande desafio da vacinação [contra a covid-19], e, portanto, aí com certeza que há também um contributo importante a dar pelas Forças Armadas”, disse João Gomes Cravinho.
O governante respondia à agência Lusa durante uma conferência de imprensa, no final de uma reunião como homólogo romeno, inserida na visita oficial do ministro da Defesa a Bucareste, capital da Roménia, na sequência do programa de alienação de F-16.
Sobre o estado de emergência que vai entrar em vigor a partir de segunda-feira, João Gomes Cravinho identificou a “problemática da rastreabilidade” do SAS-CoV-2 como “um desafio” que as Forças Armadas de Portugal têm de enfrentar.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou na sexta-feira o estado de emergência em Portugal, por 15 dias, a partir de segunda-feira, para permitir medidas de contenção da covid-19.
Durante a conferência de imprensa, o ministro referiu que “tomou notas” da atuação das Forças Armadas romenas durante a pandemia.
Interpelado sobre o que é que Forças Armadas de Portugal podem aproveitar a partilha de experiências com as homólogas romenas, Gomes Cravinho realçou que a expansão da capacidade de hospitais campanha.
“É algo que poderemos também vir a estudar em Portugal, em coordenação, naturalmente, com o Ministério da Saúde, para corresponder, se houver necessidade disso, às necessidades da nossa população”, completou.
Durante a manhã e à margem de uma visita à 86.ª Base Aérea da Força Aérea da Roménia, em Borcea, no sudeste do país, o ministro foi interpelado sobre a coordenação das forças armadas dos Estados-membros na resposta à emergência pandémica, que já tinha sido definida como uma prioridade na área da Defesa da presidência portuguesa da União Europeia (UE).
“Vamos ver agora como é que pandemia evolui, porque, naturalmente, para haver coordenação tem de haver uma diferenciação no impacto, ou seja, nós estaremos em condições de ajudar outros quando a pandemia estiver mais controlada no nosso país e vice-versa”, respondeu o governante.
A situação atualmente é “bastante grave”, mas Gomes Cravinho espera que durante a presidência de Portugal na UE “haja condições” para um apoio mútuo entre as diferentes forças armadas europeias.
Portugal em contactos para produzir vacinas e dispositivos médicos
Portugal tem estabelecido contactos com a indústria farmacêutica internacional para evidenciar a capacidade e experiência das empresas nacionais para a produção de vacinas e dispositivos médicos, disse à Lusa o secretário de Estado da Internacionalização.
Eurico Brilhante Dias sublinhou que “Portugal tem condições para receber uma parte da produção das vacinas” contra o SARS-CoV-2, pelo que tem consultado o mercado internacional que “procura essa capacidade produtiva”.
“Aquilo que estamos a fazer é posicionar a indústria farmacêutica portuguesa, que tem competências e experiência em áreas muito diferentes, e aproveitar esta oportunidade para as colocar comercialmente numa circunstância em que possa ser olhada pelos grandes produtores internacionais de vacinas, mas também por outros [líderes de] produtos farmacêuticos”, adiantou à Lusa o secretário de Estado.
Para o governante, esta é “uma oportunidade”, que vai além da produção de vacinas. “Assumo que muitos laboratórios estão a querer concentrar as suas capacidades na produção da vacina, o que gera outras oportunidades de relocalização de produção, que neste momento é feita por eles e que têm de passar ou subcontratar a terceiros”, constatou.
É nesta medida que as “competências e experiência” da indústria farmacêutica portuguesa “também podem ser usadas”.
“Neste momento muito importante, temos também uma oportunidade de comunicar uma indústria que hoje já exporta mais de 1,5 mil milhões de euros por ano, que é uma indústria que atrai recursos humanos muito qualificados e que, por isso, é também uma bandeira da nossa capacidade exportadora”, reforçou.
Para Eurico Brilhante Dias, a indústria farmacêutica tem “uma enorme margem de progressão para inovar e para investigar”.
“Para um país que se quer desenvolver, a indústria farmacêutica tem um conjunto de características muito interessantes, porque permite fixar recursos humanos qualificados e criar oportunidades para que os portugueses e as portuguesas que queiram ficar, possam ficar em postos de trabalho qualificados e bem remunerados”, acrescentou.
Por isso, o governante entende que é “decisivo continuar a apoiar esta indústria no sentido de ela ser um agente do desenvolvimento económico”.
“Já percebemos, pelo passado recente, que esta é uma indústria central, e alargando à indústria dos dispositivos médicos e equipamentos, para satisfazer necessidades básicas da nossa população. É normal, do ponto de vista das prioridades, inclusive da recuperação económica e da resiliência da União Europeia, esta seja uma indústria particularmente importante”, afirmou ainda o secretário de Estado.
Lembrando que o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19 se encontram em fases diferentes, Eurico Brilhante Dias entende que este é o momento ideal para Portugal “mostrar a sua capacidade, para que, quando o processo arrancar” haver “alguma possibilidade de atrair e de fixar alguma capacidade produtiva”.
“O que pretendemos é que Portugal seja incluído na cadeia de valor. Não compete ao Governo fazer negócios. Compete-nos diplomaticamente e usando a diplomacia económica mostrar e ilustrar. Depois são as empresas que fazem os negócios e apresentam as suas opções. O Governo não é parte, mas é, sob o ponto de vista do desenvolvimento do território, uma entidade que procura mostrar as competências e as valências da indústria nacional”, explicou.
Eurico Brilhante Dias adiantou que este trabalho, desenvolvido pelo Governo, pela rede diplomática e consular, pela AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal] e pelo setor, já se desenvolve há, pelo menos, dois meses.
Sem querer revelar quais as empresas portuguesas que estão disponíveis para participar neste processo, o secretário de Estado admitiu serem as de maior relevo.
“Do ponto de vista internacional são empresas que têm base nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Itália, na Alemanha e também na República Popular da China. São diferentes países, aproximadamente seis ou sete, onde temos feito um esforço de levantamento e contactos”, revelou.
O Secretário de Estado sublinhou ainda que esta posição que Portugal não está relacionada com a aquisição de vacinas. “Não está em causa os portugueses terem vacina se vier ou não a produção.”
Mortos pelo novo coronavírus ultrapassam 1,24 milhões em todo o mundo
Mais de 1,24 milhões de óbitos e 49,3 milhões de infetados pelo novo coronavírus foram registados em todo o mundo desde a sua deteção na China, segundo um levantamento feito pela Agência France-Presse (AFP) às 11:00.
A pandemia provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 matou pelo menos 1.243.513 pessoas no mundo desde que foi detetado em dezembro de 2019, na China, de acordo com os dados recolhidos pela AFP junto de fontes oficiais.
Desde o início da pandemia, foram notificados pelo menos 49.316.540 casos de infeção, dos quais, pelo menos 32.215.500 já são considerados curados.
O número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, dado que alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade de despistagem limitada, segundo a AFP.
Nas últimas 24 horas, foram registados 9.018 óbitos e 610.768 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em todo o mundo.
Os Estados Unidos com 1.149 novas mortes, a França (828) e a Índia (577) são os países que diagnosticaram o maior número de novas mortes nos seus relatórios mais recentes.
Com 236.099 mortes em 9.739.897 casos, os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e infeções, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos, 3.810.791 pessoas foram declaradas curadas.
Os países mais afetados, depois dos Estados Unidos, são o Brasil, com 162.015 mortes e 5.631.181 casos, a Índia, com 125.562 mortes em 8.462.080 casos, o México, com 94.323 mortes e 955.128 casos, e o Reino Unido, com 48.475 mortes e 1.146.484 casos
Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que tem o maior número de mortes em relação à sua população, com 110 mortes por 100.000 habitantes, seguida do Peru (105), da Espanha (83) e do Brasil (76).
Portugal contabiliza pelo menos 2.792 mortos associados à covid-19 em 166.900 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 86.184 casos (33 novos entre sexta e sábado), incluindo 4.634 mortes e 81.131 recuperados.
A América Latina e as Caraíbas totalizam 410.353 mortes para 11.543.865 casos, a Europa soma 301.666 mortes (12.234.059 casos), os Estados Unidos e Canadá 246.524 mortes (9.993.615 casos), a Ásia 175.761 mortes (10.950.295 casos), o Médio Oriente 63.808 mortes (2.708.942 casos), a África 44.460 mortes (1.855.858 casos) e a Oceânia 941 mortes (29.910 casos).