O filho mais novo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou hoje que foi diagnosticado com a covid-19, doença da qual o chefe de Estado recuperou no mês passado e que já matou mais de 107 mil pessoas no Brasil.
Num vídeo publicado na sua conta na rede social Instagram, Renan Bolsonaro, de 22 anos, afirmou que está a ser tratado com hidroxicloroquina, fármaco amplamente defendido pelo chefe de Estado contra a covid-19, mas sem comprovação científica na cura da doença.
“Vou tomar agora hidroxicloroquina para continuar o tratamento contra a covid”, disse o quarto dos cinco filhos (quatro homens e uma menina de 9 anos) de Bolsonaro, que aparece no vídeo a tomar a medicação.
Até ao momento, o Presidente, um dos chefes de Estado mais cético do mundo em relação à gravidade da pandemia, não comentou o diagnóstico positivo do filho.
Além de Renan, o próprio Bolsonaro e a primeira-dama brasileira, Michelle Bolsonaro, contraíram o vírus.
Jair Bolsonaro afirma que recuperou graças à cloroquina, fármaco usado no tratamento de doenças como a malária, mas cuja eficácia contra a covid-19 é colocada em dúvida pela maioria da comunidade científica internacional.
Também oito dos 22 ministros do Governo brasileiro tiveram teste positivo para a doença causada pelo novo coronavírus, assim como 12 dos 27 governadores estaduais do país.
O Brasil totaliza 107.232 óbitos e 3.317.096 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, sendo o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Cinco meses após a confirmação do primeiro caso, no final de fevereiro, a pandemia ainda não dá sinais de estabilização no país sul-americano, que, no entanto, continua com o processo de reabertura da economia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 760 mil mortos e infetou mais de 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.