A terceira dose da vacina contra a covid-19 deverá ser administrada aos mais idosos, mas depois das pessoas com mais de 65 estarem inoculadas, a prioridade devem ser os profissionais de saúde, defende, em declarações ao jornal “Público”, o epidemiologista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Manuel Carmo Gomes.
Os trabalhadores na área da saúde “são os que tomaram a vacina há mais tempo, alguns já foram vacinados há nove meses” e, frisa Carlos Gomes, “estão mais expostos à infeção”. No início [14 dias após a segunda dose da vacina], a proteção contra a infeção é muito alta – cerca de 90% -, mas com o tempo vai decaindo e, ao fim de cinco ou seis meses, ronda 60% a 75%”, explica, frisando que esta quebra é mais expressiva nos mais idosos.
Apesar de António Lacerda Lopes, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, ter anunciado, esta segunda-feira, que na próxima segunda-feira os idosos com mais de 80 anos residentes em lares iam voltar a ser inoculados, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), esta quarta-feira, ainda não tinha atualizado a norma da campanha de vacinação. “Há sempre ajustes técnicos a fazer”, explicou o secretário de Estado. As terceiras doses vão ser em centros de saúde e de vacinação: “339 centros” vão continuar em funcionamento.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso