As novas medidas hoje tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, entram em vigor às 00:00 de sexta-feira.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, no final do Conselho de Ministros de hoje, no Palácio da Ajuda.
“A partir das 00:00 de dia 15 de janeiro [sexta-feira] volta a vigorar em Portugal o dever de recolhimento domiciliário”, adiantou.
Este novo confinamento é semelhante ao de março, com a obrigação de permanecer em casa (salvo algumas exceções). O teletrabalho vai ser obrigatório durante o novo confinamento geral sem necessidade de haver acordo entre a empresa e o trabalhador e o valor das coimas vai duplicar em caso de incumprimento, disse hoje o primeiro-ministro.
Quanto ao comércio e serviços, estes estarão encerrados, salvo os estabelecimentos autorizados. Os restaurantes e cafés devem funcionar novamente em regime de take away ou entrega ao domicílio. Os serviços públicos deverão ser utilizados mediante marcação prévia.
As escolas vão manter-se abertas “em pleno funcionamento” como aconteceu até agora, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.
“Vamos manter a escola em funcionamento e esta é a única, nova e relevante exceção”, disse o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros, durante a qual foram decididas novas medidas de confinamento no âmbito da pandemia de covid-19.
Na área da cultura, teatros, cinemas, entre outros, voltam a fechar. Os ginásios mantém-se também encerrados, assim como outros recintos desportivos. As seleções nacionais e 1ª. divisão sénior estarão sem público.
Quanto a eventos, todos estão proibidos, exceto os eventos de campanha eleitoral e celebrações religiosas.
Serão cobradas pelos serviços de entrega ao domicílio comissões limitadas a 20% e as taxas não podem aumentar. O gás engarrafado está sujeito a preços máximos.
As multas vão duplicar para quem não utilizar, por exemplo, máscaras na rua (entre 200 e 1000 euros). A não-sujeição a teste à chegada ao aeroporto representa uma contraordenação entre 300 a 800 euros.
Portugal regista hoje 156 mortos relacionados com a covid-19 e 10.556 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os números de hoje ultrapassam os anteriores máximos, registados na terça-feira, com 155 óbitos, e no dia 08 de janeiro, com 10.176 casos de infeção com o novo coronavírus.
É o terceiro dia em que se ultrapassa os 10.000 casos, contando ainda com o registo de 6 de janeiro (10.027).
O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.240 pessoas, mais 197 do que na terça-feira, das quais 596 em cuidados intensivos, ou seja, menos três.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 8.236 mortes associadas à covid-19 e 507.108 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 116.328 casos, mais 5.940 do que na terça-feira.
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