Portugal regista hoje mais três mortos e 290 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 52.351 casos de infeção confirmados e 1.746 mortes, das quais três na região de Lisboa nas últimas 24 horas.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.928 casos de covid-19, mais 208 do que na quinta-feira, representando 51,4% do total de novos casos.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento no número de casos confirmados foi de 0,6% (passou de 52.061 para 52.351) e o de mortos manteve-se nos 0,2%.
O número de doentes dados como recuperados de covid-19 voltou a aumentar nas últimas 24 horas para 38.087, mais 240.
Quanto aos casos confirmados, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera, com 26.928, seguida pela região Norte com 18.952, mais 24 casos, e a região Centro tem 4.508 infeções confirmadas, mais 30 novos casos do que os registados na véspera, de acordo com o boletim.
O Algarve totaliza 911 casos, mais seis do que na quinta-feira, e o Alentejo tem 761, menos um caso de infeção.
Segundo o relatório de hoje, há uma descida do total de casos no Alentejo devido a uma “correção da série histórica e da real atribuição dos mesmos a outras regiões de saúde”.
A Madeira regista mais dois casos, totalizando agora 121 infeções confirmadas, e nenhuma morte, e nos Açores os 170 casos de infeção já contabilizados mantêm-se, assim como os 15 mortos anteriormente registados.
A região Norte continua a registar o maior número de mortes (831), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (611), o Centro (252), Alentejo (22), Algarve (15) e Açores (15).
O número de pessoas internadas é de 356 nas últimas 24 horas, representando menos 13 pessoas do que na quinta-feira, e nos cuidados intensivos estão 36 pessoas, menos seis em relação ao boletim diário anterior.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Já são 613 os casos recuperados no Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até segunda-feira elevava-se a 889 (DGS apresenta hoje 911), com 17 falecimentos a lamentar (a DGS apresenta apenas 15, menos 2).
À data de segunda-feira, dia 3, a região do Algarve apresentava 259 casos ativos de doentes com Covid-19 e 613 que já se encontram recuperados.
Até segunda-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 55% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 52, Faro com 49 e Albufeira com 41.
Já com menos de 10 casos ativos, existem 6 concelhos: Castro Marim com nenhum caso ativo, Aljezur com apenas 2, São Brás de Alportel e Vila Real de Santo António com 3, Monchique com 4 e Lagoa com 5.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
A última atualização semanal referente aos números do Algarve divulgada (7 de agosto) pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro refere 909 casos confirmados, dos quais 252 estavam ativos.
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O comunicado da CDPC refere ainda que com o apoio de uma Unidade Hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, foi constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm condições para ficar nas suas residências. Esta ZAP foi validada esta quinta-feira, numa visita às instalações realizada pelas Autoridades Regionais da Saúde, Proteção Civil e da Segurança Social.
Também estão em curso visitas de acompanhamento do cumprimento das orientações de caráter preventivo aos Estabelecimentos de apoio residencial, social ou unidade de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Estas visitas, realizadas por técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, tem um caráter preventivo e pedagógico, pretendendo apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Até esta sexta-feira, foram realizadas 26 visitas de acompanhamento, em 12 municípios.
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Ainda segundo relatório diário da DGS, em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.646), seguindo-se a faixa entre 30 e 39 anos, que contabiliza hoje 8.560 casos.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos, totaliza em Portugal desde o início da pandemia 8.019 casos, mais 52 infeções.
Na faixa dos 50 aos 59 anos, os casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 situa-se nos 7.895 (mais 25 casos).
Com mais de 80 anos, tiveram infeções confirmadas 5.948 pessoas, mais 43 do que na quinta-feira.
A covid-19 já afetou em Portugal 1.891 crianças até aos nove anos e 2.430 entre os 10 e os 19.
Os dados indicam que do total das vítimas mortais, 874 são homens e 872 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.167), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (341), entre 60 e 69 anos (155) e entre 50 e 59 anos (57). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, quatro entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 37.729 pessoas, menos 54 relativamente à véspera.
Aguardam resultado laboratorial 1.425 pessoas, mais 108 do que no dia anterior.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 715 mil mortos e infetou mais de 19,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Novos casos na Alemanha continuam a subir com 1.147 num só dia
O aparecimento de novos casos de covid-19 na Alemanha continua a aumentar, com o registo de 1.147 nas últimas 24 horas, para um total de 214.214 desde o início da pandemia de covid-19.
De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), houve um aumento de oito vítimas mortais, em relação ao dia anterior, para 9.183. Os casos considerados curados chegaram a 700, totalizando um valor aproximado de 195.500.
Já esta quinta-feira, o número de novas infeções superou as mil (1.045), um limite só ultrapassado no início de maio. O pico de novos casos foi atingido no início de abril com mais de seis mil.
Depois de retomadas as aulas na segunda-feira, no estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, duas escolas foram obrigadas a fechar hoje portas depois de um aluno e de uma professora terem sido diagnosticados com a covid-19.
As aulas na Alemanha deverão ser retomadas praticamente na totalidade na próxima semana, com vários estabelecimentos de ensino a estipularem o uso obrigatório de máscara durante as pausas e o respeito pela distância de segurança.
Açores sem novos casos pelo segundo dia consecutivo
Os Açores não registaram nas últimas 24 horas casos positivos de covid-19, pelo segundo dia consecutivo, tendo sido detetados até ao momento no arquipélago um total de 179 casos de infeção.
No seu comunicado diário, a Autoridade de Saúde Regional informa que “as 1.548 análises realizadas nos dois laboratórios de referência da região, nas últimas 24 horas, não revelaram novos casos positivos de covid-19”.
Assim, os Açores mantêm um total de 179 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se, atualmente, 19 casos positivos ativos, todos eles na ilha de São Miguel.
Desde o início da pandemia já foram registadas na região 16 mortes por infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
ARS diz ter agido com critérios técnicos em lar de Reguengos de Monsaraz
A Administração Regional de Saúde do Alentejo argumentou hoje que agiu no surto de covid-19 no lar em Reguengos de Monsaraz baseada em critérios técnicos da autoridade de saúde, dos cuidados primários e do hospital de Évora.
“As decisões” da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo foram “com base em critérios puramente técnicos”, disse hoje à agência Lusa o presidente deste organismo, José Robalo.
E esta “parte técnica não tem a ver com a ARS. Tem a ver com os cuidados de saúde primários, tem a ver com o hospital de Évora [Hospital do Espírito Santo de Évora – HESE], tem a ver com a Autoridade de Saúde, que é dependente da Direção-Geral da Saúde”, vincou.
O responsável da ARS Alentejo falava à Lusa numa primeira reação ao relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos (OM) para avaliar as circunstâncias clínicas do surto de covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Silva Perdigão (FMIVSP), em Reguengos de Monsaraz (Évora), que alastrou à comunidade.
O lar de Reguengos de Monsaraz onde começou o surto de covid-19, que provocou no total a morte de 18 pessoas, não cumpria as orientações da DGS, conclui a auditoria, divulgada na quinta-feira à noite e à qual a Lusa teve acesso, com a comissão da OM a apontar responsabilidades à administração, mas faz também críticas à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da ARS Alentejo disse ainda não conhecer o relatório, nem ter sido ouvido no processo de auditoria.
“Ninguém me chamou para ser ouvido relativamente a isto. Se vão fazer apreciações, essas apreciações devem incluir no relatório a informação dos visados. Não sei se falaram com todos os profissionais, com o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central, com o HESE”, mas “com a ARS não falaram, isso tenho a certeza”, lamentou.
Afiançando que, “assim” que receber o relatório, a ARS irá “esclarecer, ponto por ponto, todas as preocupações demonstradas pela OM”, José Robalo, questionado pela Lusa, disse, contudo, rejeitar já as críticas: “Claro que sim”.
”A única coisa que a ARS fez foi permitir disponibilizar, quer recursos humanos, quer materiais em função daquilo que foi estipulado pelas pessoas que estavam à frente do processo de avaliação”, ou seja, a Autoridade de Saúde, o HESE, e o ACES Alentejo Central.
“A única interferência que houve da parte da ARS foi dando resposta àquilo que os pareceres técnicos” definiam, “disponibilizando todo o material possível para que os utentes tivessem o melhor acompanhamento”, insistiu.
No relatório, que já foi enviado ao Ministério Público, Ministério da Saúde, DGS e à Ordem dos Advogados, a Ordem dos Médicos alega, entre outros aspetos, que foram criadas todas as condições para a “rápida disseminação” do vírus, “com responsabilidades para quem geria o espaço, o processo de rastreio epidemiológico e a aplicação das normas da DGS”.
A comissão de inquérito conclui pela “desorganização e consequente prejuízo para os doentes, atribuível à Autoridade de Saúde e à ARS do Alentejo”, dizendo que “o processo de governança clínica” falhou.
Reconhece ainda que a instituição melhorou as condições para os utentes, mas “a falta de coordenação e gestão continua a impedir que os doentes, os profissionais e os voluntários estejam em ambiente seguro”, responsabilidade que atribui à ARS e à autoridade de saúde.
O surto no lar provocou um total 162 casos de infeção, incluindo 18 mortos: 16 utentes, uma funcionária do lar e um homem da comunidade.
No lar, foram contaminados 80 utentes e 26 profissionais, mas a doença propagou-se à comunidade e infetou outras 56 pessoas.
Doença matou mais de 715 mil pessoas e infetou mais de 19,1 milhões
A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 715.343 pessoas em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.
Ao todo, 19.133.340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios, dos quais pelo menos 11.319.300 já foram considerados curados.
O número de casos diagnosticados só reflete, no entanto, uma fração do número real de infeções, já que alguns países testam apenas casos graves, outros fazem os testes para rastreio e muitos países mais pobres têm uma capacidade limitada de fazer testes.
Na quinta-feira foram registadas 7.377 mortes e 282.381 novos casos da doença em todo o mundo. Os países que mais vítimas mortais contabilizaram nos seus últimos relatórios foram os Estados Unidos, com 2.060 novas mortes, o Brasil (1.237) e a Índia (886).
Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em termos de vítimas mortais como de infeções, com 160.104 mortes e 4.883.657 casos, segundo a Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 1.598.624 pessoas foram declaradas curadas no país.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 98.493 mortos e 2.912.212 casos, o México, com 50.517 mortos (462.690 casos), o Reino Unido, com 46.413 mortos (308.134 casos), e a Índia, com 41.585 óbitos e 2.027.074 casos de infeção.
Entre os países mais atingidos, a Bélgica é a que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 85 mortes por cada 100.000 habitantes, seguida do Reino Unido (68), Peru (62), Espanha (61), e Itália (58).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabiliza oficialmente um total de 84.565 casos (37 novos nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortes e 79.088 recuperados.
A América Latina e Caraíbas destronou a Europa no número de óbitos e de infeções, segundo os dados recolhidos até às 12:00 de hoje, com 213.018 óbitos e 5.319.101 casos, enquanto o continente europeu registava 212.415 mortes e 3.301.728 casos.
Os Estados Unidos e o Canadá contabilizavam 169.108 mortes (5.002.218 casos) e na Ásia somavam-se 69.099 óbitos (3.259.246 casos).
O Médio Oriente contabilizava 29.306 mortes (1.218.513 casos), África 22.098 óbitos (1.010.380 casos) e Oceânia 299 mortes (22.154 casos).
Esta avaliação foi realizada usando dados recolhidos pela AFP junto das autoridades nacionais de saúde e com informações da Organização Mundial da Saúde.
África passa os 22 mil mortos e um milhão de infetados
África contabiliza hoje 22.066 mortos devido à covid-19, tendo ultrapassado na quinta-feira um milhão de infetados, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 1.007.366, enquanto o número de recuperados é hoje de 690.436.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 565.108 infetados e que passou hoje as 10 mil vítimas mortais (10.211).
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 538.184 infetados e 9.604 mortos.
A região da África do Norte, a segunda mais afetada pela pandemia, tem agora 170.224 infetados e 6.968 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 136.762, tendo passado hoje as duas mil vítimas mortais (2.034).
Já na região da África Oriental, registam-se 85.624 casos e 1.908 mortos, enquanto a região da África Central contabiliza 49.648 infetados e 945 óbitos.
O Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 95.006 infetados e 4.951 óbitos, seguindo-se a Argélia, que conta hoje com 33.070 casos e 1.260 vítimas mortais.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 45.244 infetados e 930 óbitos, e o Sudão, com 11.780 casos e 763 vítimas mortais.
Em relação aos países africanos que têm o português como língua oficial, Cabo Verde lidera em número de casos (2.689 casos e 27 mortos), seguindo-se a Guiné-Bissau (2.032 casos e 27 mortos), Moçambique (2.120 casos e 15 mortos), Angola (1.483 infetados e 64 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 4.821 infetados e 83 óbitos.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 715 mil mortos e infetou mais de 19 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Representante da República nos Açores sem “legitimidade processual” sobre quarentenas inconstitucionais
O Representante da República para os Açores, Pedro Catarino, afirmou hoje não ter “legitimidade processual” para agir sobre as quarentenas impostas pelo Governo Regional no combate à covid-19 e que foram esta semana consideradas inconstitucionais.
Em comunicado de imprensa, o gabinete de Pedro Catarino afirma que o “Representante da República não tem legitimidade processual para suscitar, junto do Tribunal Constitucional ou de qualquer outra instância judicial, a questão da constitucionalidade ou da legalidade de simples ‘resoluções’ do Conselho do Governo Regional”.
O Tribunal Constitucional (TC) decidiu esta semana que as autoridades açorianas violaram a constituição ao impor a quem chegasse à região uma quarentena obrigatória de 14 dias por causa da pandemia de covid-19, uma medida que emanou de uma resolução do Conselho do Governo Regional.
O comunicado do gabinete de Pedro Catarino refere que o acórdão do TC “não se pronuncia sobre qualquer diploma regional”, que está sujeito aos “poderes de assinatura, veto ou fiscalização” atribuídos ao Representante da República.
A nota refere que o TC “não conheceu do recurso na parte em que este respeitava” ao Sistema de Proteção Civil dos Açores, uma vez que não entendeu que este tivesse suscitado um “verdadeiro problema de constitucionalidade”.
Desde o dia 26 de março que todos os passageiros que chegavam aos Açores eram obrigados a ficar 14 dias em confinamento numa unidade hoteleira indicada pelo executivo açoriano, como medida restritiva para travar a evolução da pandemia da covid-19, tendo as despesas com o alojamento passado a ser pagas pelos passageiros não residentes no arquipélago a partir de 08 de maio.
A decisão do TC surge na sequência de um recurso interposto pelo Ministério Público (MP) a uma decisão tomada pelo Tribunal Judicial de Ponta Delgada de libertar um homem que se queixou da quarentena de 14 dias imposta pelo Governo açoriano.
Alegando “privação ilegal de liberdade”, o homem avançou com um pedido de libertação imediata (‘habeas corpus’) contra a imposição do Governo dos Açores.
O Tribunal Judicial de Ponta Delgada acabou por lhe dar razão e ordenou a sua libertação, mas o MP recorreu para o TC, que veio agora dizer que a medida da quarentena obrigatória imposta pelo Governo dos Açores viola a constituição.
Os Açores registam um total de 179 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, incluindo 16 mortos. Atualmente, há 19 casos positivos ativos, todos na ilha de São Miguel.
Parlamento moçambicano ratifica mais um estado de emergência
A declaração do estado de emergência foi ratificada com 177 votos a favor das bancadas da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e com maioria parlamentar, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior bancada.
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, votou contra o documento, com 54 votos.
O estado de emergência hoje aprovado pelo parlamento foi decretado na quarta-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e enviado à Assembleia da República no mesmo dia.
O estado de emergência que entra em vigor a partir do dia 08, sábado, é o segundo no atual contexto do novo coronavírus, depois do primeiro que vigorou durante 120 dias, entre 01 de abril e 29 de julho.
Falando em nome do chefe de Estado, a ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoana, disse que o estado de emergência visa salvar vidas e evitar o colapso do Sistema Nacional de Saúde (SNS) face ao aumento do número de casos de infeção pelo novo coronavírus.
“Seria imprudente, imoral e irresponsável se fossem relaxadas as medidas destinadas a salvar vidas e a evitar o colapso do nosso Sistema Nacional de Saúde”, declarou Ana Comoana.
Sobre a contestação de vários juristas moçambicanos a um novo estado de emergência, sob o argumento de que fere a Constituição da República, a governante disse que a lei fundamental do país não determina o número de vezes que pode ser declarado o estado de emergência, impondo apenas a duração e as respetivas prorrogações.
“O que aqui está em causa é a proteção do bem mais supremo de todos os direitos fundamentais: a vida”, referiu Ana Comoana.
Na comunicação à nação sobre o novo estado de emergência, o chefe de Estado disse na quarta-feira que a medida constitui a melhor opção no atual contexto caraterizado pela contínua propagação da covid-19.
“Consideramos que esta opção é aquela que melhor serve os interesses do nosso povo e só assim poderemos assegurar o necessário equilíbrio entre as medidas restritivas e o relançamento gradual da atividade económica”, disse Filipe Nyusi.
A decisão mantém as restrições adotadas quando Filipe Nyusi decretou pela primeira vez, em 01 de abril, o estado de emergência devido à pandemia.
Entre outras restrições, o novo estado de emergência mantém limitações quanto a ajuntamentos, interdição de eventos e espaços de diversão, e obrigatoriedade de uso de máscara
“A decisão de decretar hoje o estado de emergência visa não criar um vazio legal de suporte às medidas de prevenção e controlo da covid-19”, declarou o chefe de Estado moçambicano.
Apesar de manter as restrições, Filipe Nyusi anunciou a retoma faseada das atividades económicas, dividida em três fases, que serão “adotadas de forma gradual e cautelosa” a partir de 18 de agosto.
A votação de hoje na AR foi a primeira em que a Renamo se opôs ao estado de emergência, uma vez que votou a favor do primeiro e das três prorrogações.
Moçambique conta com 2.120 casos positivos do novo coronavírus e 15 óbitos.
A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 715.343 pessoas em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Cercas de 500 pessoas detidas em Cabo Verde por vários incumprimentos
Cerca de 500 pessoas já foram detidas pelas autoridades cabo-verdianas por consumo de bebidas alcoólicas na via pública, trancados no interior dos bares a consumirem e em festas nos estabelecimentos, avançou a Inspeção Geral da Atividades Económicas (IGAE).
“Cerca de 500 pessoas já foram detidas por consumo de bebidas alcoólicas na via pública, trancados no interior dos bares a consumirem e em festas nos estabelecimentos”, indicou a IGAE numa publicação nas suas páginas oficiais.
Este órgão de polícia criminal de Cabo Verde aproveitou para apelar a todos para denunciarem estas situações de desrespeito das regras, considerando que só assim se pode parar a transmissão do novo coronavírus.
No caso de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a IGAE relembra que pode valer coima que vai dos 10 mil a 100 mil escudos (90 euros a 906 euros).
Na terça-feira, o presidente da Proteção Civil, Renaldo Rodrigues, informou que as autoridades cabo-verdianas encerraram 32 estabelecimentos comerciais na cidade da Praia em ações realizadas durante 10 dias no mês de julho, por vários incumprimentos das regras sanitárias impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.
Entre os incumprimentos apontados por Renaldo Rodrigues estão a falta de sistema de higienização à entrada e de espaço suficiente para promover o distanciamento físico e falhas nos sistemas de filas e na ventilação.
Cabo Verde registava ao final da tarde de quinta-feira com 2.734 casos acumulados de covid-19, dos quais 27 mortes, dois doentes transferidos para o seus países e 2.010 pessoas consideradas recuperadas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 715 mil mortos e infetou mais de 19,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em África, há 22.066 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.