Portugal regista mais duas mortes relacionadas com a covid-19 e 145 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.
De acordo com o boletim da DGS, desde o início da pandemia até hoje, registaram-se 55.597 casos de infeção e 1.796 mortes.
O Norte foi a região que registou mais novos casos nas últimas 24 horas, com 69 infeções confirmadas, contabilizando um total de 19.929 casos, tendo registado mais um óbito, de um total de 843.
A região Norte tinha registado no dia 17 de agosto mais novos casos do que Lisboa e Vale do Tejo, algo que não acontecia há mais de três meses.
Após 17 de agosto, Lisboa e Vale do Tejo voltou a liderar o número de novos casos, sendo que hoje voltou a ser suplantada pelo Norte.
Hoje, a região de Lisboa e Vale do Tejo registou mais um óbito (de um total de 646) e contabiliza 28.753 casos, dos quais 47 confirmados nas últimas 24 horas.
De acordo com o boletim, houve mais 122 doentes recuperados, totalizando 40.774 casos de recuperação.
O boletim da DGS de hoje revela que há mais um internamento e mais cinco doentes em cuidados intensivos em relação a sábado.
A região Centro contabiliza 4.661 casos confirmados (mais 13), o Algarve 1.028 (mais 14), e o Alentejo regista 887 (mais dois). Nenhuma destas regiões registou qualquer novo óbito por covid-19.
O Centro mantém 253 mortes, o Alentejo 22 e o Algarve 17.
Nos Açores e na Madeira não houve qualquer mudança face a sábado.
Os Açores totalizam 199 casos desde o início da pandemia e 15 mortes, e a Madeira 140 casos e nenhum óbito por covid-19.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo entre os 40 e os 49 anos que se registam mais infeções, contabilizando-se um total de 9.178, seguida da faixa etária entre os 30 e os 39 anos, com 9.124 casos, e entre os 20 e os 29 anos, com 8.646.
Os dados indicam ainda que houve 25.007 homens e 30.590 mulheres infetados desde o início da pandemia.
Do total de vítimas mortais, 904 são homens e 892 são mulheres.
O maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos, com 1.201 mortes registadas desde o início da pandemia, seguindo-se as faixas entre os 70 e os 79 anos (350).
Os dois novos óbitos registados hoje foram de pessoas com mais de 80 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 34.413 pessoas (mais 243 do que na véspera).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Algarve já apenas tem 210 casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até quinta-feira elevava-se a 999 (DGS apresenta hoje 1.028), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de quinta-feira, dia 20, a região do Algarve apresentava 210 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 770 que já se encontram recuperados.
Até quinta-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 61% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 61, Albufeira com 40 e Faro com 30.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 8 concelhos: Aljezur, Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Vila Real de Santo António com apenas 1, Monchique com 3, Lagoa com 4 e Olhão e Tavira com 8 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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A última atualização semanal às 23:59, de 20 de agosto, referente aos números do Algarve divulgada pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro e que refere 999 casos Covid-19 confirmados, dos quais já apenas 210 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere que “de 5 de agosto até ao dia de hoje, realizaram-se, em 15 municípios da Região do Algarve, nomeadamente: Albufeira (6), Alcoutim (3), Aljezur (1), Castro Marim (1), Faro (12), Lagos (7), Loulé (13), Monchique (2), Olhão (4), Portimão (10), São Brás de Alportel (2), Silves (5), Tavira (8), Vila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (2), 78 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19”.
Foi igualmente, com o apoio de uma Unidade Hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm suporte social para ficar nas suas residências. Esta ZAP foi acionada, pela primeira vez, a 19 de agosto.
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Mais de 805 mil pessoas morreram devido ao novo coronavírus no mundo
O novo coronavírus matou pelo menos 805.470 pessoas em todo o mundo desde o início da pandemia no final de dezembro na China, de acordo com os dados contabilizados pela agência de notícias AFP junto de fontes oficiais.
Mais de 23.263.670 casos de contágio foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da pandemia e pelo menos 14.686.200 desses doentes já são considerados curados, de acordo com os mesmos dados divulgados hoje às 12:00 de Lisboa.
No entanto, esse número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, segundo a AFP.
Alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de testes.
No sábado, 5.728 mortes adicionais e 270.744 novos casos foram registados em todo o mundo. Os países que mais registaram novas mortes, de acordo com os dados mais recentes, são Estados Unidos (1.087), Índia (912) e Brasil (892).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 176.371 mortes em 5.668.564 casos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, e 1.985.484 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil com 114.250 mortos entre 3.582.362 casos, México com 60.254 mortos (556.216 casos), Índia com 56.706 mortos (3.044.940 casos) e Reino Unido com 41.423 óbitos (324.601 casos).
Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que tem o maior número de mortes em relação à sua população, 86 por 100.000 habitantes, seguida do Peru (83), Espanha (62), Reino Unido (61) e Itália (59).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente 84.951 casos (12 novos entre sábado e domingo), incluindo 4.634 mortes e 79.895 recuperações.
A América Latina e as Caraíbas totalizaram 257.469 mortes em 6.669.915 casos no domingo, às 12:00 em Lisboa, a Europa 212.739 (3.701.241 casos), os Estados Unidos e Canadá 185.477 (5.793.149 casos), a Ásia 87.444 (4.487.621 casos), o Médio Oriente 34.219 (1.400.745 casos), a África 27.584 (1.183.662 casos) e a Oceania 538 (27.342 casos).
Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Devido a correções feitas pelas autoridades ou divulgação tardia de dados, os números do aumento em 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.
África contabiliza mais 270 e eleva total de mortos pela pandemia para 27.592
O número de mortes por covid-19 em África é hoje de 27.592, mais 270 do que no sábado, num universo de 1.178.770 infetados no continente, cujas regiões Austral e do Norte são as mais afetadas, segundo dados oficiais.
O número de mortes causadas pelo vírus SARS-CoV-2 no continente africano nas últimas 24 horas foi de 270 e foram registadas mais 10.585 pessoas infetadas, tendo 899.802 sido declaradas como recuperadas, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 países-membros da organização.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 646.639 infetados e 13.863 vítimas mortais.
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 607.045 doentes infetados e 12.987 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 209.274 pessoas infetadas e 7.931 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 154.254 e o de vítimas mortais para 2.310.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é hoje de 116.000 e 2.463 mortos e na África Central são contabilizados hoje 52.603vcasos de infeção e 1.025 óbitos.
O Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 97.237 infetados e 5.243 óbitos, seguindo-se a Argélia, com 41.512 e 1.411 mortes.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 51.905 infetados e 997 óbitos, e o Sudão, com 12.682 casos e 812 vítimas mortais.
Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.455 casos e 37 mortos), seguindo-se Moçambique (3.304 casos e 20 mortos), Guiné-Bissau (2.149 casos e 33 mortos, os mesmos números de sábado), Angola (2.134 infetados e 94 mortos) e São Tomé e Príncipe (891 casos e 15 mortos, os mesmos números de sábado), de acordo com os dados divulgados pelas autoridades oficiais destes países.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), atualizou hoje os dados e registou 4.926, um aumento de 34 pessoas face aos 4.892 infetados registados a 1 de agosto, e 83 óbitos, número que mantém desde o princípio do mês.
Guiné Equatorial atualiza dados pela primeira vez em três semanas e regista mais 34 casos
A Guiné Equatorial atualizou hoje os dados de infeções e mortes decorrentes da pandemia da covid-19, registando mais 34 casos do que em 01 de agosto, para 4.926, mantendo o número de óbitos em 83.
De acordo com os números reportados hoje pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados enviados pelos países e os divulga diariamente, a Guiné Equatorial registou 34 novas infeções desde o último reporte, passando de 4.892, em 01 de agosto, para 4.926, hoje.
O número de óbitos decorrentes da pandemia da covid-19 mantém-se em 83, lê-se no relatório diário divulgado pelo África CDC.
A Guiné Equatorial anunciou a reabertura dos bares e locais de culto e a retoma dos eventos culturais e desportivos em 06 de agosto, aliviando as medidas de combate à pandemia no país.
Face a “uma redução significativa do número de casos positivos registados diariamente no país, decreta-se a segunda fase do relaxamento do estado de emergência sanitária”, de acordo com o decreto lido nessa altura na televisão estatal.
Além da reabertura de locais de culto, são novamente permitidas competições desportivas e eventos culturais.
Casinos, bares e parques públicos poderão voltar a receber pessoas em conformidade com as medidas sanitárias recomendadas.
Surto de Montemor-o-Novo estabiliza em 32 infetados após primeiro dia sem casos
O número de infetados com covid-19 no concelho de Montemor-o-Novo estabilizou no sábado em 32, após o primeiro dia sem registo de qualquer novo caso desde que o surto foi divulgado, na segunda-feira, informou hoje a Câmara Municipal.
A freguesia do Ciborro, com 13 testes positivos, continua a concentrar a maior parte dos casos ativos do concelho pertencente ao distrito de Évora.
O número de internamentos hospitalares relacionados com este surto também não sofreu alterações, mantendo-se uma pessoa em enfermaria e outra na unidade de cuidados intensivos.
A testagem no concelho vai prosseguir ao longo dos próximos dias “na comunidade e aos grupos profissionais que lidam com pessoas mais vulneráveis”, de acordo com uma nota informativa emitida pela Câmara de Montemor-o-Novo.
Os números divulgados referem-se aos testes cujos resultados foram conhecidos até às 17:30 de sábado e incluem um caso positivo já detetado anteriormente ao atual surto.
A autarquia alentejana ativou, na segunda-feira, o Plano Municipal de Emergência (PME) de Proteção Civil, que se encontra em vigor até ao dia 31 deste mês.
“A ativação do PME é uma resposta imediata à necessidade de direção e coordenação no âmbito da Proteção Civil em apoio às Autoridades de Saúde Pública, assegurando a articulação das várias entidades envolvidas na prevenção e resposta ao surto, bem como a garantia de mobilização atempada de meios e recursos”, explicou a presidente da câmara, Hortênsia Menino, em comunicado.
O surto de covid-19 em Montemor-o-Novo foi divulgado na segunda-feira pela diretora-geral da Saúde, Graça Feitas, referindo que “ainda está em investigação” a ligação deste foco da doença ao surto do concelho vizinho de Mora, onde existem 62 infetados, de acordo com a última atualização fornecida pelas autoridades locais.
Itália começa a testar em humanos vacina criada e desenvolvida no país
A Itália começa na segunda-feira a testar em 90 humanos uma vacina criada e desenvolvida no país contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela doença da covid-19, anunciou a empresa biotecnológica ReiThera.
Milhares de pessoas responderam ao pedido de voluntários, entre as quais mais de 5.000 só na última semana, mas apenas os 90 selecionados serão submetidos aos testes a realizar no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani.
A vacina, criada, desenvolvida e patenteada no país, já superou as provas pré-clínicas realizadas tanto ‘in vitro’ como em animais e os primeiros resultados evidenciaram uma forte resposta imunitária e um bom perfil de segurança, de acordo com as autoridades da região de Lazio, que tem Roma como capital, que financiou a investigação da vacina com 5 milhões de euros.
Os primeiros cinco voluntários a receber a vacina são homens, entre os 31 e os 46 anos, que superaram os exames médicos preliminares e comprovaram a sua idoneidade.
Se não apresentarem efeitos secundários adversos significativos, a vacina será, então, aplicada numa dose maior ao um segundo grupo de voluntários entre 07 e 09 de setembro.
Os 90 voluntários escolhidos dividem-se em duas faixas etárias, uma entre os 18 e os 55 anos e outra entre os 65 e os 85 anos, cada uma das quais dividida em três subgrupos de 15 pessoas, às quais será aplicada uma dose diferente da vacina.
Durante a “fase 1”, cada voluntário vai receber uma dose da vacina e, posteriormente, será submetido a sete controlos, os dois primeiros apenas alguns dias após a vacina e o último ao fim de 24 semanas.
Se os resultados da “fase 1” forem positivos, a “fase 2” poderá arrancar já durante o outono, com um maior número de voluntários, tanto em Itália como noutros países.
Coreia do Sul regista maior número de casos desde março
A Coreia do Sul registou hoje o maior aumento diário de casos de covid-19 desde o início de março, levando as autoridades a temer que o país esteja “à beira de uma epidemia nacional”.
A maioria das 397 novas infeções foram registadas na área metropolitana de Seul, onde reside a maioria da população de um país com 51 milhões de habitantes, referiu o Centro de Controlo de Doenças coreano.
As autoridades advertiram que, no caso de um novo aumento rápido de casos, as medidas de distanciamento físico poderão ser ainda mais restritivas.
“A situação é muito grave e séria, porque estamos à beira de uma epidemia nacional”, afirmou à comunicação social o diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças coreano, Jung Eun-kyeong.
O responsável pediu aos moradores para que permaneçam nas suas casas, sempre que possível, numa altura em que medidas mais restritivas foram reforçadas na região de Seul, na semana passada, e estendidas ao resto do país no sábado.
Grandes concentrações de pessoas foram proibidas, bares de karaoke foram obrigados a fechar, assim como todas as praias do país.
A partir da noite de hoje para segunda-feira, o uso de máscara vai passar a ser obrigatório tanto em locais fechados como nos bairros mais frequentados da capital.
Até ao momento, a Coreia do sul conta com 17.399 casos, metade dos quais na área metropolitana de Seul, e 309 mortes.
Em fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país mais atingido pela pandemia, depois da China, mas as autoridades sul-coreanas conseguiram controlar a situação, através de uma estratégia de testes e rastreios.
Pandemia silenciou bandas de música neste verão sem festas
A pandemia de covid-19 silenciou as bandas de música como as do Pontido e Sanguinhedo, no distrito de Vila Real, que ficaram sem serviços neste verão devido ao cancelamento das festas tradicionais e romarias.
É no verão que as bandas filarmónicas têm a maior parte das suas atuações, quer seja em concertos, arruadas, missas e procissões em festas religiosas e tradicionais. No entanto, em 2020, a covid-19 cancelou praticamente tudo e os músicos ficaram em silêncio.
Os ensaios foram suspensos em março, as sedes continuam fechadas, as cadeiras vazias e os instrumentos parados.
“Está a ser um verão atípico”, afirmou à agência Lusa Lionel Eira, maestro da Banda Musical do Pontido, em Vila Pouca de Aguiar.
O também professor de música previa fazer entre 25 a 30 festas. Era assim o ritmo antes da covid-19.
“Há quase 20 anos que, no verão, todos os fins de semana era levantar cedo, ir para a festa e chegar a casa tarde. É uma rotina que se criou e já fazia parte da minha vida. Este verão é completamente diferente”, frisou Lionel Eira.
São 55 os músicos, quase todos jovens, que constituem esta banda que já contabiliza 255 anos de vida e que, este ano, parou pela segunda vez em toda a sua existência. O primeiro interregno, há umas décadas, deveu-se à falta de gente.
Rita Costa é estudante universitária no Porto, professora de música em duas escolas e faz parte da banda do Pontido, onde toca flauta transversal.
“Custa passar os fins de semana sem fazer as procissões, sem o calor, que às vezes nos custa, mas que agora sentimos falta. A banda também é feita de convívio”, salientou.
Depois de um ano em que tudo teve que parar, Rita deseja que em 2021 as coisas melhorem e a banda e as escolas retomem a atividade normal.
A Banda de Sanguinhedo, no concelho de Vila Real, perspetivava fazer uma média de 30 serviços neste verão e também aqui tudo foi cancelado.
“É transtornante. As pessoas sentem saudades de participar, de passear, da banda”, afirmou à Lusa Pedro Caetano, tesoureiro, músico há 20 anos e professor de educação musical.
São à volta de 40 os músicos, a maioria jovens, que constituem a banda que tem 103 anos e é liderada pela maestrina Vera Jesus.
“Infelizmente este verão teve que parar tudo”, afirmou esta professora de música do conservatório de Vila Real e que começou a tocar aos sete anos.
É uma paixão que lhe corre no sangue. Os pais e avós estavam ligados à música e já os seus filhos, de nove e seis anos, andam na banda de Sanguinhedo.
“As pessoas sentem falta de viajar, da convivência em geral, recebemos uma quantia da banda, mas acho que ninguém anda aqui por essa remuneração, é mais pela convivência”, acrescentou Pedro Caetano.
Mateus Afonso, com 12 anos, é um dos elementos mais novos. Toca trompete e este seria o terceiro verão a tocar. Contou que, às vezes, ensaia em casa, mas que sente falta do convívio com os colegas.
Liliana Ribeiro toca clarinete há 12 anos e fala num “verão muito diferente, para pior”.
Para assinalar a festa da aldeia, a banda juntou-se ‘online’ e gravou o hino da aldeia. “Foi triste não atuar no dia da nossa festa”, assinalou Liliana Ribeiro.
O Governo instituiu 01 de setembro como o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, reconhecendo o trabalho que desenvolvem em favor da sociedade e da cultura.
“As bandas filarmónicas são ninhos de educação e de convívio (…) Muitos e bons músicos, principalmente de sopros, provêm das bandas de música”, frisou Vera Jesus.
Ambas as bandas equacionam o regresso aos ensaios em setembro.
Pedro Caetano referiu que será assegurado o distanciamento, prevendo-se ensaios ao ar livre ou no salão da casa do povo de Sanguinhedo, onde há mais espaço.
Lionel Eira disse que os ensaios, no caso do Pontido, serão retomados por etapas, com os grupos separados por instrumentos.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) impôs para esta atividade o distanciamento de cerca de um metro e meio a dois metros entre os músicos durante as atuações, até porque grande parte dos instrumentos utilizados são de sopro.
Casos na Índia ultrapassam os três milhões
A Índia registou 69.239 novas infeções de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde indiano, ultrapassando os três milhões de casos confirmados desde o início da pandemia.
O total de infeções é agora de 3.044.940, de acordo com o último balanço da Universidade Johns Hopkins.
A doença provocou já 56.706 mortes no país, 912 das quais nas últimas 24 horas.
Cerca de 2,2 milhões de pessoas recuperaram da doença desde que o primeiro caso foi diagnosticado no país, em finais de janeiro.
A Índia tem o terceiro maior número de casos de covid-19, depois dos Estados Unidos e Brasil, e é o quarto país com o maior número de mortes no mundo.
México ultrapassa os 60 mil mortos e 550 mil casos
O México ultrapassou no sábado as 60 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus e os 550 mil casos desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço das autoridades mexicanas.
Só nas últimas 24 horas, o país registou 644 mortes causadas pela doença e 6.482 infeções, elevando o total desde que o primeiro o caso foi diagnosticada, em finais de fevereiro, para 60.254 óbitos e 556.216 casos.
As 60.000 mortes representavam “o cenário catastrófico” antecipado em junho pelo responsável mexicano pelas políticas contra a pandemia, o subsecretário da Prevenção e Promoção da Saúde, Hugo López-Gatell.
As autoridades sanitárias informaram ainda que há 83.146 casos suspeitos à espera do resultados de testes laboratoriais.
A capital mexicana e os estados do México, Guanajuato, Tabasco e Veracruz têm o maior número de casos confirmados desde o início da epidemia, representando, em conjunto, cerca de 40 % do total do país.
O México é o terceiro país do mundo com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois dos Estados Unidos e Brasil, e o sétimo com mais casos confirmados, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Brasil totaliza 114.250 mortos e mais de 3,5 milhões de infetados
Desde que a pandemia de covid-19 chegou ao Brasil em fevereiro passado, o país registou 114.250 mortos e 3.582.362 milhões de pessoas infetadas pelo novo coronavírus, informou ontem o Ministério da Saúde.
Nas últimas 24 horas, o maior país da América do Sul somou 892 óbitos e 50.032 infeções provocadas pela doença.
O Executivo adiantou que 2.709.638 pessoas já são consideradas recuperadas e outras 758.474 estão sob acompanhamento.
O estado brasileiro mais afetado pela doença, São Paulo, estado mais populoso do país com 46 milhões de habitantes e que está localizado na região sudeste, registou um total de 28.392 óbitos e 749.244 casos confirmados de covid-19.
Em número de casos, o Estado da Bahia, no nordeste do país, é o segundo mais atingido, com 234.204 infeções, seguido pelo Rio de Janeiro (210.464) na região sudeste.
Já em número de mortos, o Rio de Janeiro continua a ser o segundo Estado brasileiro mais afetado, com 15.267 óbitos, seguido pelo Ceará (8.286), estado localizado na região nordeste do país.
O Brasil é o segundo país mais atingido pelo novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos em número de mortos (175.245) e de casos diagnosticados (mais de 5,6 milhões).
Angola registou 66 novas infeções sem qualquer óbito
Angola registou hoje 66 novas infeções de covid-19, somando o total de 2.134 casos positivos, e a recuperação de dez pessoas, nas últimas 24 horas, informaram ontem as autoridades sanitárias angolanas.
Segundo secretário de Estado para a Saúde de Angola, Franco Mufinda, do total de infeções reportadas hoje, sete são da província de Benguela, dois do Bié, seis do Zaire e os restantes de Luanda, capital do país, com idades entre os 13 a 90 anos, sendo 58 do sexo masculino e oito sexo feminino.
O país regista, de março até à data, um total acumulado de 2.134 casos positivos, 94 óbitos, 814 recuperados e 1.226 ativos, dos quais quatro são críticos, sob ventilação mecânica evasiva, 14 graves, 31 moderados, 29 leves e 1.092 assintomáticos.
Franco Mufinda referiu que o laboratório tem um total de 52.576 amostras processadas, sendo 2.134 positivas.
Relativamente à testagem dos polícias, iniciada na quinta-feira, o governante angolano indicou que foram testados 7.948 agentes, tendo sido encontrados alguns casos reativos a IGM, já isolados, para posterior realização de teste de biologia molecular a 34 pessoas.
Mais 109 casos em Moçambique elevam total para 3.304
O Ministério da Saúde de Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais 109 casos positivos de covid-19, elevando o total para 3.304 e mantendo-se com 20 óbitos, informou hoje a entidade em comunicado.
Os novos casos, seis dos quais menores de cinco anos, estão distribuídos entre as províncias de Maputo (39), Inhambane (um), Sofala (dois), Manica (seis), Nampula (seis), Niassa (um), cidade de Maputo (47), e Cabo Delgado (sete).
“Os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliário. Neste momento decorre o processo de mapeamento dos seus contactos”, acrescenta o comunicado.
Das 3.304 infeções que o país já registou, 3.063 casos são de transmissão local e 241 casos são importados.
O Ministério da Saúde contabiliza 1.474 indivíduos (44%) totalmente recuperados, havendo também o registo de 20 óbitos.
A cidade de Maputo regista o maior número de infeções ativas, com 854, seguida da província de Maputo, com 298, e Nampula, com 239, sendo que as restantes regiões seguem com menos de 180 casos.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, o país testou um total de 85.135 pessoas suspeitas e foram rastreadas pouco mais de 1,8 milhões de pessoas.
Cabo Verde com mais 43 infetados
Cabo Verde registou 43 novos infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado no arquipélago, desde 19 de março, a 3.455 casos, revelou o Ministério da Saúde.
Em comunicado, aquele ministério referiu que os laboratórios de virologia processaram desde sexta-feira 363 amostras, das quais 34 deram resultado positivo para o novo coronavírus no concelho da Praia, capital do país, ilha de Santiago.
Foram igualmente confirmados seis novos casos da doença na ilha do Sal, o segundo principal foco de transmissão no arquipélago, depois do concelho da Praia.
A ilha do Fogo, que esta semana diagnosticou os primeiros casos da doença, confirmou mais dois infetados nas últimas 24 horas, enquanto na ilha de São Nicolau foi confirmado mais um infetado com covid-19.
Foram ainda consideradas recuperadas da doença 40 pessoas nas últimas 24 horas.
Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 3.455 casos da doença desde 19 de março, quando foi diagnosticado o primeiro doente com covid-19, distribuídos por oito das nove ilhas habitadas, e 37 mortos.
Desse total, 878 casos permanecem ativos e 2.538 foram dados como recuperados, enquanto dois cidadãos estrangeiros infetados foram transferidos para os países de origem, segundo os dados do Ministério da Saúde.