Portugal regista hoje mais cinco mortes por covid-19 e mais 214 casos confirmados de infeção em relação a segunda-feira, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 54.448 casos de infeção confirmados e 1.784 mortes.
A região de Lisboa e Vale do Tejo regista os cinco óbitos ocorridos nas últimas 24 horas e mais 128 casos de infeção do que na segunda-feira, com um total de 28.125 casos confirmados.
Portugal regista hoje 39.936 casos recuperados, mais 136 do que na segunda-feira.
Nas últimas 24 horas o número de doentes internados em cuidados intensivos subiu de 37 para 38 (mais um) e o total de doentes internados nos hospitais manteve-se inalterado nos 336.
Na região norte estão confirmados 19.572 casos de covid-19 desde o início da pandemia, 58 dos quais nas últimas 24 horas; a região centro contabiliza 4.603 casos confirmados (mais 12); o Alentejo regista 844 casos confirmados (mais oito), e o Algarve 983 casos (mais três).
Na região autónoma da Madeira contam-se 134 casos confirmados desde o início da pandemia (mais quatro nas últimas 24 horas) e nenhum óbito; já nos Açores foi registado mais um caso (187) e mantêm-se as 15 mortes.
Quanto aos óbitos registados, o Norte mantém-se como a região com o total de mortes mais elevado, com 840 registos, o centro tem 253 mortes, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem 637, o Alentejo 22 e o Algarve 17 mortos.
Portugal continua sem registo de mortes abaixo dos 20 anos e a faixa etária acima dos 80 anos continua a ser a mais atingida pela mortalidade por covid-19.
Quanto a casos confirmados, distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.
O novo modelo do boletim da DGS, que entrou em vigor na segunda-feira, deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados.
Segundo a DGS, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos continua a ser a mais afetada, contabilizando-se um total de 8.988, seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 8.909 casos.
Nos 214 novos casos registados nas últimas 24 horas, 97 são homens e 117 são mulheres.
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 896 são homens e 888 são mulheres (mais cinco).
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.193 óbitos registados desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (348), entre 60 e 69 anos (346) e entre 50 e 59 anos (57).
As autoridades de saúde têm sob vigilância 35.107 pessoas (menos 461 do que na véspera).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Casos ativos voltam a descer no Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até domingo elevava-se a 962 (DGS apresenta hoje 983), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de domingo, dia 16, a região do Algarve apresentava 212 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 731 que já se encontram recuperados.
Até domingo, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 63% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 56, Albufeira com 43 e Faro com 35.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 7 concelhos: Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Aljezur, Lagoa e Vila Real de Santo António com apenas 1 caso ativo, Monchique com 3, Olhão com 8 e Tavira com 9.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
A última atualização semanal às 23:59, de 13 de agosto, referente aos números do Algarve divulgada pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro e que refere 948 casos Covid-19 confirmados, dos quais 229 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere que com o apoio de uma unidade hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, foi constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm condições para ficar nas suas residências.
Também estão em curso visitas de acompanhamento do cumprimento das orientações de caráter preventivo aos Estabelecimentos de apoio residencial, social ou unidade de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Estas visitas, realizadas por técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, tem um caráter preventivo e pedagógico, pretendendo apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19.
Até esta sexta-feira, foram realizadas 50 visitas de acompanhamento, em 13 municípios: Albufeira (4), Alcoutim (3), Aljezur (1), Castro Marim (1), Faro (6), Loulé (8), Monchique (2), Olhão (3), Portimão (8), São Brás (2), Tavira (8), Bila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (2).
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OMS afirma que população está longe de alcançar imunidade de grupo
O planeta ainda está longe de alcançar a imunidade coletiva ao novo coronavírus que permita que um grande número de pessoas com anticorpos impeça a propagação da doença covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A imunidade de grupo a um vírus é normalmente alcançada com a vacinação e a maioria dos cientistas estima que pelo menos 70% da população deve ter anticorpos para prevenir um surto.
“Não devemos viver na esperança de alcançar a imunidade coletiva”, afirmou o diretor de emergência sanitária da OMS Michael Ryan, na conferência de imprensa de hoje em Genebra.
“Como população global, não estamos nem perto dos níveis de imunidade necessários para impedir a transmissão desta doença. Esta não é uma solução e não é uma solução que devemos procurar”, acrescentou.
A maioria dos estudos indicam que apenas cerca de 10% a 20% das pessoas têm anticorpos ao novo coronavírus.
Para Bruce Aylward, conselheiro do diretor-geral da OMS, qualquer campanha de imunização em massa com uma vacina para a covid-19 teria como objetivo cobrir muito mais de 50% da população mundial.
“Queremos alcançar uma alta cobertura [de anticorpos] e não nos iludirmos por uma sugestão perigosamente sedutora de que a imunidade de grupo pode ser baixa”, sustentou.
Mais 77 casos positivos em Moçambique elevam total para 2.991
Moçambique registou 77 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de casos para 2.991, mantendo-se com 19 óbitos, anunciou hoje o Governo.
Dos 77 novos infetados, 69 são moçambicanos e oito são estrangeiros, segundo um comunicado do Ministério da Saúde divulgado à comunicação social.
A maioria dos casos anunciados hoje foram registados na cidade de Maputo (49), seguida da província de Maputo (22), Niassa (03), Sofala (02) e Cabo Delgado (01).
“Os casos reportados hoje encontram-se em isolamento domiciliar e neste momento decorre a identificação dos seus contactos”, refere o documento.
Dos casos já registados em Moçambique, 2.762 são de transmissão local e 229 são importados, enquanto 1.247 pessoas (41%) foram dadas como recuperadas e foram registados 19 óbitos.
As autoridades de saúde indicam ainda que há 13 pessoas internadas e que “padecem de patologias crónicas diversas associadas à covid-19”.
Dos casos ativos em Moçambique, a cidade de Maputo, capital do país, regista o maior número, com 702 infeções, seguida da província de Maputo, com 332 casos, ambas no sul do país.
Desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em Moçambique, em 22 de março, o país realizou 79.504 testes de casos suspeitos, tendo rastreado mais de 1,8 milhões de pessoas.
Foram colocadas em quarentena domiciliária 28.308 casos suspeitos de covid-19 e 4.388 continuam a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
Máscara vai ser obrigatória em espaços fechados das empresas em França
O uso da máscara de proteção contra infeções por covid-19 vai ser obrigatório até ao final de agosto em “todos os espaços fechados e partilhados” das empresas em França, disse hoje a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne.
“É necessário sistematizar, conforme preconiza o Conselho Superior de Saúde Pública, o uso de máscaras em todos os espaços de trabalho que sejam fechados e partilhados” por várias pessoas, tais como “salas de reuniões, corredores, vestiários ou ‘open spaces’”, sublinhou a ministra, após uma reunião com os parceiros sociais.
A medida foi decidida devido ao risco de disseminação da covid-19 através dos aerossóis (gotículas finas suspensas no ar), sendo que, até agora, o uso da máscara no trabalho era apenas recomendado quando era tecnicamente impossível cumprir o distanciamento de um metro entre cada pessoa.
O custo deste “equipamento de segurança pessoal”, cirúrgico ou de tecido, será suportado pelo empregador, acrescentou a ministra.
Outras medidas deverão ser definidas para os trabalhadores sazonais e as empresas que trabalham com frigoríficos, que se revelaram fontes de contaminação, disse o sindicalista Yvan Ricordeau, da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, também presente na reunião.
O sindicalista admitiu ter ficado satisfeito com a obrigação de uso generalizado de máscara nas empresas.
“Para manter a produção, devem ser fornecidos elementos de segurança aos funcionários”, afirmou.
Esta medida ficará registada “nos próximos dias” num “protocolo nacional para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores durante o período da covid-19”, referiu a ministra, admitindo que poderá haver “isenções” para algumas empresas em função do desenvolvimento da crise sanitária, do tipo de instalações comerciais e do conselho das autoridades de saúde.
No que se refere ao teletrabalho, Elisabeth Borne assegurou que as regras irão manter-se.
“O teletrabalho deve ser recomendado nas zonas onde o vírus circula ativamente”, afirmou, instando os parceiros a acelerar negociações para que seja possível trabalhar remotamente onde for necessário com a maior rapidez possível.
Sobe para 46 número de casos positivos na vila alentejana de Mora
O número de pessoas infetadas com covid-19 na vila alentejana de Mora subiu hoje para 46, mais quatro do que na segunda-feira, disse à agência Lusa o presidente do município.
Segundo Luís Simão, que citou dados das autoridades locais de saúde pública, cinco das pessoas infetadas, todos homens, estão internadas no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), três delas em cuidados intensivos.
“A testagem vai continuar”, disse o autarca, indicando que hoje estão a ser feitos testes a todos os trabalhadores da câmara e da junta de freguesia, num total de 160 pessoas.
Luís Simão adiantou que a câmara, consoante a disponibilidade do laboratório que está a trabalhar com a Autoridade de Saúde Pública, vai “tentar que os bombeiros e os elementos da GNR possam fazer os testes ainda esta semana”.
Este surto surgiu no dia 09 deste mês, quando foram confirmados os primeiros três casos positivos na comunidade, número que foi subindo, todos os dias, à medida que foram sendo testados os contactos de pessoas infetadas.
A câmara ativou o Plano Municipal de Emergência e fechou, no início da semana passada, os serviços de atendimento ao público e outros equipamentos, como a Oficina da Criança, a Casa da Cultura, o Centro de Atividades de Tempos Livres e instalações desportivas.
Com a população confinada em casa, por precaução, fecharam também cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
Mais de 774 mil mortos em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 774.832 pessoas e infetou mais de 21,9 milhões em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11:00 de hoje, de Lisboa, já morreram pelo menos 774.832 pessoas e há mais de 21.936.820 casos infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 13.623.700 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Nas últimas 24 horas foram registadas 4.233 novas mortes e 220.645 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus balanços foram a Índia (876), Brasil (684) e Estados Unidos (434).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 170.497 óbitos para 5.438.325 casos, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins.
Pelo menos 1.865.580 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 108.536 mortes e 3.359.570 casos, México com 57.023 mortes (525.733 casos), Índia com 51.797 mortes (2.702.742 casos) e Reino Unido Unidos com 41.369 mortes (319.197 casos).
Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que lamenta mais mortos em relação à sua população, com 86 mortes por 100.000 habitantes, seguida do Reino Unido, seguida do Peru (80), Espanha (61), Reino Unido (61) e Itália (59).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau)contabilizou oficialmente um total de 84.871 casos (22 novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 79.642 recuperações.
A Europa totalizou 210.978 óbitos (3.562.495 casos), a América Latina e as Caraíbas 243.470 mortes (6.225.679 casos), Estados Unidos e Canadá 179.562 mortes (5.560.567 casos), Ásia 81.738 mortes (4.080.157 casos), Médio Oriente 32.723 mortes (1.352.244 casos), África 25.890 mortes (1.129.613 casos) e Oceânia 471 mortes (26.072 casos).
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.
Polícia angolana deteve líder de grupo de falsificadores de teste da covid-19
A polícia angolana deteve, em Luanda, o principal mentor de um grupo que falsificava comprovativos de testes da covid-19, foi hoje anunciado pelas autoridades.
De acordo com uma nota de imprensa do Ministério do Interior de Angola, o grupo estava sediado no mercado dos Kwanzas, em Luanda, tendo a detenção do suspeito ocorrido naquele local, depois de uma investigação policial.
A nota acrescenta que o cidadão, de 30 anos, que confessou ser o autor de todos os documentos falsos apreendidos, será presente ao Ministério Público para os procedimentos processuais necessários.
Angola regista, desde março até à presente data, um total de 1.935 casos, dos quais 88 óbitos, 632 recuperados e 1.215 ativos, incluindo cinco doentes em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva e 19 graves.
A província de Luanda, capital de Angola, é o epicentro da doença e está sob cerca sanitária desde o registo dos primeiros casos no país, com algumas exceções para saída, para as quais é exigida a apresentação de um teste de covid-19.
Timor-Leste novamente livre de casos depois de doente infetado recuperar
Timor-Leste está hoje novamente livre de casos de covid-19 depois de o último doente diagnosticado, um cidadão indonésio, ter recuperado, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados hoje.
O boletim atualizado de dados do Ministério da Saúde mostra que o único paciente infetado – o caso foi confirmado a 04 de agosto – já não está no centro de isolamento de Vera Cruz, elevando assim para 25 o número total de doentes recuperados desde o início da pandemia.
Segundo o Ministério da Saúde há ainda 548 pessoas em quarentena em instalações do Estado, a que somam mais 202 em autoconfinamento em casa, sendo que a quase totalidade são pessoas que entraram pela fronteira terrestre ou em voos no início deste mês.
As autoridades de saúde realizaram até ao momento mais de 5.000 testes, estando ainda 221 pessoas à espera de conhecer o seu resultado.
Desde o início da pandemia Timor-Leste registou um total de 25 casos, já todos recuperados, sendo o doente infetado confirmado no início deste mês o primeiro desde maio.
O país está até 04 de setembro em estado de emergência – o quarto período com restrições desde o início da pandemia.
Governo grego espera ter vacinas a partir de dezembro
O ministro da Saúde da Grécia manifestou hoje a esperança de receber em dezembro as primeiras doses da vacina contra a covid-19, na sequência de um acordo entre a União Europeia e a indústria farmacêutica.
“Se tudo correr bem, a Grécia receberá em dezembro o primeiro de sete lotes”, que continuarão a chegar entre janeiro e junho se a potencial vacina AZD1222 passar para a quarta fase do ensaio clínico, explicou Vassilis Kikilias, em entrevista à televisão privada Skai.
Kikilias adiantou que a conclusão da última fase está prevista para novembro.
“Começaremos com 700 mil doses em dezembro, que será uma dose única ou dupla, e teremos cerca de três milhões de doses no total”, acrescentou.
A Comissão Europeia anunciou na sexta-feira ter chegado a acordo com o grupo farmacêutico AstraZeneca para adquirir uma potencial vacina contra a covid-19.
A Comissão afirmou que, “assim que a vacina se revelar segura e eficaz”, comprará 300 milhões de doses, tendo ainda “opção de compra de mais 100 milhões para os Estados-membros”.
A Grécia tem uma taxa relativamente baixa de infeção e morte por Covid-19 em comparação com outros países da UE, mas a disseminação do coronavírus disparou nas últimas semanas.
O país registou mais de 7.200 casos no total, incluindo cerca de 2.800 só em agosto, tendo já morrido 230 pessoas.
O anúncio do Governo grego foi feito poucas horas depois da primeira noite em Atenas em que todos os alojamentos turísticos estiveram fechados entre a meia-noite e as sete da manhã – medida já imposta há alguns dias noutras zonas turísticas do país – já que a capital é a cidade com mais novos casos de infeção pelo coronavírus desde o início do verão.
As autoridades atribuem o aumento de casos ao não cumprimento das regras de distanciamento em restaurantes, bares e reuniões públicas, por isso, a proteção civil ordenou o encerramento noturno destes locais de diversão em mais de 12 regiões, incluindo alguns dos principais pontos turísticos do país.
O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, avisou ainda que “medidas mais radicais e com repercussões económicas” serão aplicadas se a propagação do vírus continuar.
Na entrevista hoje divulgada, o ministro da Saúde grego anunciou também que o setor da saúde pública foi fortalecido com a contratação de 6.500 profissionais e que, até ao final do ano, a capacidade das unidades de cuidados intensivos será duplicada.
Além disso, a partir desta semana, as áreas mais afetadas terão um limite de 50 pessoas em todos os eventos públicos e sociais, com exceção dos restaurantes, teatros e cinemas, e passa a ser obrigatório o uso de máscara por funcionários e utentes dos serviços públicos.
Além disso, os funcionários que fazem parte de grupos de alto risco terão a opção de trabalhar remotamente até 31 de agosto.
Número de mortes em África sobe 266 para 25.884
O número de mortes em África devido à pandemia de covid-19 subiu para 25.884, mais 266 face a segunda-feira, e as infeções aumentaram para 1.128.245, mais 9.431.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 países-membros desta organização, o número de recuperações chegou às 846.330, ou seja, mais 12.068 pessoas face aos recuperados registados na segunda-feira.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 625.499 infetados e 12.792 vítimas mortais.
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 589.886 doentes infetados e 11.982 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 197.101 pessoas infetadas e 7.592 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 148.826 e o de vítimas mortais para 2.231.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é hoje de 104.878 e 2.260 mortos e na África Central são contabilizados hoje 51.941 casos de infeção e 1.009 óbitos.
O Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 96.590 infetados e 5.173 óbitos, seguindo-se a Argélia, que conta hoje com 39.649 casos e 1.366 vítimas mortais.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 49.485 infetados e 977 óbitos, e o Sudão, com 12.410 casos e 803 vítimas mortais.
Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.203 casos e 36 mortos), seguindo-se Moçambique (2.914 casos e 19 mortos), Guiné-Bissau (2.149 casos e 33 mortos), Angola (1.935 infetados e 88 mortos) e São Tomé e Príncipe (885 casos e 15 mortos).
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 4.821 infetados e 83 óbitos, um número que se mantém constante há várias semanas.
Estados Unidos com 434 mortes e 34.741 casos
Os Estados Unidos registaram nas últimas 24 horas mais 434 mortes causadas pela covid-19, além de 34.741 novos casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.
A contagem desde o início da pandemia eleva-se agora para 5.435.908 infeções, além de 170.453 óbitos, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de segunda-feira (01:00 de ontem em Lisboa).
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes (32.846), um número superior ao de países como França ou Espanha.
Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.634 pessoas.
Seguem-se Nova Jersey, com 15.916 mortes, Califórnia, com 11.296, Texas, com 10.423, e Florida, com 9.539.
Outros estados com elevado número de mortes incluem Massachusetts (8.838), Illinois (7.967), Pensilvânia (7.453) e Michigan (6.592).
Em termos de infeções, a Califórnia registou 629.415, desde o início da pandemia, seguida da Florida, com 576.094, do Texas, com 560.890, e de Nova Iorque, com 425.916.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.
Brasil com 684 mortes em 24 horas ultrapassa os 108 mil óbitos
O Brasil registou 684 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, tendo ultrapassado os 108 mil óbitos (108.536) desde o início da pandemia, informou ontem o Ministério da Saúde do país.
Em relação ao número de casos confirmados, o país somou 19.373 infetados nas últimas 24 horas, totalizando agora 3.359.570 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus.
A tutela da Saúde adiantou que investiga a eventual relação de 3.454 mortes com a covid-19, quando a taxa de letalidade da doença no país está em 3,2%.
Geograficamente, São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, é o foco da pandemia, contabilizando oficialmente 702.665 casos de infeção e 26.899 mortos.
Até ao final de agosto, São Paulo poderá ter entre 30 mil e 36 mil mortes e entre 835 mil e 970 mil casos confirmados do novo coronavírus, segundo uma estimativa divulgada hoje pelo Centro de Contingência do Coronavírus daquela unidade federativa.
Na lista de estados mais afetados pela pandemia no Brasil seguem-se a Bahia, com 217.115 pessoas diagnosticadas e 4.475 óbitos, o Ceará, que soma 198.202 infetados e 8.163 vítimas mortais, e o Rio de Janeiro, que tem hoje 194.651 casos confirmados de covid-19 e 14.566 mortes.
Um consórcio formado pela imprensa brasileira, que decidiu colaborar na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país registou 775 mortes e 23.236 novos infetados nas últimas 24 horas.
No total, o consórcio formado pelos principais media do Brasil indicou que o país contabiliza 3.363.235 casos e 108.654 vítimas mortais desde o início da pandemia no país.
O Brasil, que é o segundo país com maior número de mortos e infetados pelo novo coronavírus, apenas atrás dos Estados Unidos da América, mas também a segunda nação com maior número de recuperados, tem hoje 2.478.494 pacientes que conseguiram superar a doença.
No total, 772.540 infetados continuam sob acompanhamento médico.
Setenta lares de idosos em Portugal com casos de infeção
Setenta estruturas residenciais para idosos em Portugal têm casos de covid-19 com 542 utentes e 207 funcionários com testes positivos, disse ontem o secretário de Estado da Saúde.
Em conferência de imprensa de atualização da pandemia em Portugal, António Sales adiantou que este número equivale a menos de 3% do universo total de lares de idosos.
A situação dos lares, adiantou, continua a ser acompanhada pelo Ministério da Saúde, garantindo contudo que se regista “alguma estabilidade” e que a tendência é de continuar a ser de diminuição de infeções nestes espaços.
“O que podemos garantir é que a experiência tem levado a correções e a melhorias”, disse o governante adiantando que, por exemplo, foram feitas visitas a 261 de um total de 283 residências para idosos na zona do Alentejo, com a elaboração de relatórios sobre as inconformidades detetadas, estando os serviços a aferir correções.
Esta situação, assegurou Antonio Sales, “também se verifica no resto do país, onde os lares têm recebido equipas mistas da Segurança Social, autoridades de Saúde e Proteção Civil para verificação da implementação das medidas”.
“Este é um trabalho conjunto com as instituições, as autarquias e Segurança Social com um objetivo comum de proteger esta faixa da população mais vulnerável ao vírus que obriga a um dever especial de proteção”, salientou.
Mais 24 infetados e um morto em Cabo Verde com primeiros casos no Fogo
Cabo Verde registou ontem mais 24 novos infetados com o novo coronavírus e um morto, bem como os primeiros doentes na ilha do Fogo, elevando o total de casos da doença para 3.203, revelou o diretor nacional de Saúde.
Em conferência de imprensa de balanço da progressão da pandemia de covid-19 no arquipélago, realizada hoje na Praia, Artur Correria anunciou os primeiros dois casos do novo coronavírus confirmados na ilha do Fogo, duas mulheres residentes no município dos Mosteiros.
Nesta altura, a Brava é a única das nove ilhas habitadas de Cabo Verde sem casos diagnosticados de covid-19.
Nas últimas 24 horas, além da 36.ª morte associada à doença no arquipélago e dos primeiros casos da ilha do Fogo, os laboratórios de virologia de Cabo Verde confirmaram ainda 21 casos da doença na Praia e um em São Domingos, ambos municípios da ilha de Santiago.
Assim, as ilhas de Santiago, Sal e do Fogo são as únicas com transmissão ativa da doença em Cabo Verde.
“As restantes ilhas continuam sem casos ativos”, afirmou Artur Correia.
O responsável acrescentou que ao dia de hoje o país tem 829 casos ativos de covid-19, dos quais 260 estão em “internamento domiciliar”. Além disso, 2.336 infetados foram já dados como recuperados, 19 dos quais nas últimas 24 horas.
A Praia, disse ainda, continua a ser o “principal foco de transmissão” da doença em Cabo Verde, registando à volta de 190 casos semanais nas últimas três semanas.
Cabo Verde contabilizou uma média de 263 casos semanais de covid-19 nas últimas sete semanas, uma descida face ao “pico” de 341 infetados há oito semanas.
Praticamente cinco meses após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no arquipélago (19 de março), as autoridades de saúde cabo-verdianas já realizaram mais de 45 mil testes rápidos realizados e 28.900 de PCR, revelou Artur Correia.
Mais 29 casos em Angola faz subir total para 1.935 doentes
Angola registou mais 29 infeções pelo novo coronavírus, passando assim para um total de 1.935 casos, anunciou ontem o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.
Os casos mais recentes são todos de Luanda, sendo 11 do sexo masculino e 18 do sexo feminino.
Nas últimas 24 horas não se registaram óbitos e foram dadas como recuperadas quatro pessoas.
Angola totaliza 1.935 casos, dos quais 88 óbitos, 632 recuperados e 1.215 ativos, incluindo cinco doentes em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva e 19 graves.
Itália com mais 320 casos e quatro mortos
A Itália registou quatro mortos e mais 320 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, indicou o Ministério da Saúde, revelando uma diminuição do número de casos pelo segundo dia consecutivo.
Com os números de ontem, a Itália regista 35.400 mortos entre 254.235 infetados, desde que se detetou o primeiro caso no país, a 21 de fevereiro.
Atualmente os casos positivos são 14.867, dos quais 810 doentes estão hospitalizados, incluindo 58 nos cuidados intensivos.
Depois de uma semana em que registou números diários de contágio superiores ou próximos dos 500 casos, a Itália anunciou no domingo uma diminuição com 479 infetados nas últimas 24 horas e hoje mais uma descida com 320 casos no último dia.
Nas últimas 24 horas foi Lácio a região italiana com mais registos de covid-19, 51, seguida do Veneto, com 46, e Lombardia, com 43. Nas regiões de Molise e Basilicata não se registaram quaisquer infetados.
Perante o aumento dos designados casos importados, Itália decidiu obrigar a um teste ao novo coronavírus os que entram no país vindos da Grécia, Croácia, Malta e Espanha.
Decidiu ainda encerrar as discotecas e outros locais noturnos e obrigar ao uso de máscara entre as 18:00 e as 06:00.
Norte com aumento de casos devido a surtos “familiares e sociais”
O aumento de casos de covid-19 na região Norte deve-se a “surtos com origem familiar e social”, disse ontem a diretora-geral da Saúde, pedindo que se evitem “distrações” nos cuidados durante o convívio entre núcleos familiares distintos.
“Deixo aqui um apelo pedagógico, porque as famílias, devem ter cuidados [relativamente ao contágio]. Qualquer distração pode levar a surtos. Quando as famílias se juntam, não se esqueçam que são núcleos diferentes. Cada núcleo é como se fosse uma bolha de infeção. Basta que um núcleo esteja infetado para poder infetar os outros”, observou Graça Freitas, na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país.
A responsável lembrou que, “no início”, a região Norte foi a mais afetada pela pandemia, motivo pelo qual nessa “primeira fase” foi “criado um gabinete de crise” que continua a funcionar e “utiliza métodos que foram sendo utilizados em Lisboa”.
“A região tem toda esta experiência acumulada e cremos que vai controlar estes surtos”, afirmou.
Graça Freitas destacou que, “no convívio familiar, é muito fácil haver distrações que podem levar a infeções”.
“Quando nos encontramos, basta uma dessas bolhas [núcleos familiares] ter um caso infetado para propagar”, alertou.
A diretora-geral da Saúde referiu ainda que o Norte “nunca deixou de ter casos dispersos” e que, “neste momento, existem surtos de origem familiar e social”, sendo “Vila do Conde um concelho particularmente afetado”.
Guiné-Bissau regista 61 novos casos e aumenta vítimas mortais para 33
A Guiné-Bissau registou na semana passada 61 novas infeções pelo novo coronavírus, aumentando o total de casos acumulado para 2.149 e o número de vítimas mortais para 33, disse ontem a entidade responsável pelo combate à pandemia de covid-19.
Na semana entre 10 e 15 de agosto foram feitas 1.415 amostras e registados 61 novos casos, disse a alta comissária para combate à covid-19, Magda Robalo, na conferência de imprensa semanal para a atualização dos dados da pandemia no país.
Segundo a antiga ministra da Saúde, a Guiné-Bissau regista 2.149 casos acumulados, dos quais 1.006 continuam ativos.
Em relação às vítimas mortais, Magda Robalo disse que foram registados 33 óbitos.
“No total foram registados 39 óbitos, dos quais 33 são óbitos por covid-19 e seis de pessoas que morreram de outras causas, mas também eram positivas para a covid-19”, salientou.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 25.618 mortos confirmados em mais de 1,1 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos. Angola regista 88 mortos e 1.906 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.821 casos), Cabo Verde (35 mortos e 3.179 casos), Guiné-Bissau (33 mortos e 2.149 casos), Moçambique (19 mortos e 2.855 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 885 casos).
No âmbito do combate à pandemia na Guiné-Bissau, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, que já foi prolongado por diversas vezes, a última das quais até 24 de agosto.