Portugal regista hoje duas mortes por covid-19 e 291 casos confirmados de infeção em relação a quarta-feira, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 54.992 casos de infeção confirmados e 1.788 mortes.
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou mais um óbito nas últimas 24 horas e mais 170 casos de infeção, com um total de 28.454 casos confirmados. A outra morte ocorreu na região Norte.
O boletim dá conta de mais 135 doentes recuperados nas últimas 24 horas, totalizando, desde o início da pandemia, 40.264 casos de recuperação.
Nas últimas 24 horas há mais quatro doentes internados em cuidados intensivos, tendo o número de internados também aumentado, sendo agora de 334 (mais cinco em relação a quarta-feira).
Na região norte existem mais 93 casos, totalizando agora 19.730 casos de covid-19 desde o início da pandemia, a região centro contabiliza 4.626 casos confirmados (mais dois); o Alentejo regista 863 casos confirmados (mais 12), e o Algarve 996 casos (mais nove).
Relativamente à Região Autónoma da Madeira mantém-se os 135 casos confirmados desde o início da pandemia e nenhum óbito, enquanto nos Açores foi registado mais um caso nas últimas 24 horas (188) e também sem nenhuma morte a registar.
No que respeita aos óbitos registados, o Norte mantém-se como a região com o total de mortes mais elevado, com 841 registos, seguido da região de Lisboa e Vale do Tejo com 640 mortes.
A região Centro tem 253 mortes, o Alentejo 22 e o Algarve 17 mortos.
O novo modelo do boletim da DGS, que entrou em vigor na segunda-feira, deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados.
Quanto a casos confirmados, distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.
Segundo a DGS, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos continua a ser a mais afetada, contabilizando-se um total de 9.082, seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 9.015 casos.
Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia houve 24.703 homens infetados e 30.289 mulheres e do total das vítimas mortais, 899 são homens e 889 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.195 óbitos registados desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (349), entre 60 e 69 anos (159) e entre 50 e 59 anos (57).
As autoridades de saúde têm sob vigilância 34.442 pessoas (menos 350 do que na véspera).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Casos ativos voltam a descer no Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até domingo elevava-se a 962 (DGS apresenta hoje 996), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de domingo, dia 16, a região do Algarve apresentava 212 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 731 que já se encontram recuperados.
Até domingo, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 63% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 56, Albufeira com 43 e Faro com 35.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 7 concelhos: Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Aljezur, Lagoa e Vila Real de Santo António com apenas 1 caso ativo, Monchique com 3, Olhão com 8 e Tavira com 9.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
A última atualização semanal às 23:59, de 13 de agosto, referente aos números do Algarve divulgada pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro e que refere 948 casos Covid-19 confirmados, dos quais 229 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere que com o apoio de uma unidade hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, foi constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm condições para ficar nas suas residências.
Também estão em curso visitas de acompanhamento do cumprimento das orientações de caráter preventivo aos Estabelecimentos de apoio residencial, social ou unidade de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Estas visitas, realizadas por técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, tem um caráter preventivo e pedagógico, pretendendo apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19.
Até esta sexta-feira, foram realizadas 50 visitas de acompanhamento, em 13 municípios: Albufeira (4), Alcoutim (3), Aljezur (1), Castro Marim (1), Faro (6), Loulé (8), Monchique (2), Olhão (3), Portimão (8), São Brás (2), Tavira (8), Bila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (2).
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Surto na vila alentejana de Mora já com 50 infetados
O surto de covid-19 na vila de Mora, distrito de Évora, já infetou 50 pessoas, mais duas do que na quarta-feira, e quatro delas estão nos cuidados intensivos no hospital em Évora, revelou hoje o autarca local.
O presidente da Câmara de Mora, Luís Simão, que citou dados da Autoridade de Saúde, disse que o número de casos de covid-19 “aumentou hoje para mais dois”, ou seja, para o total de 50, com os resultados dos testes realizados, na terça-feira, a 160 trabalhadores do município e das juntas de freguesia do concelho.
“Os dois novos infetados são trabalhadores da câmara municipal e saíram dos 160 testes que mandámos fazer. Ninguém tinha sintomas, ninguém tinha nada, mas afinal estavam dois infetados”, assinalou à agência Lusa.
No Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), permanecem internados cinco doentes, mas, agora, “quatro estão na Unidade de Cuidados Intensivos”, quando na quarta-feira eram três, enquanto os restantes estavam na enfermaria, indicou.
Contactada hoje pela Lusa, fonte do HESE revelou que os quatro doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos Covid têm idades entre os 64 e os 69 anos e que o doente hospitalizado em enfermaria tem 89 anos.
Este surto surgiu no dia 09 deste mês, quando foram confirmados os primeiros três casos positivos na comunidade, número que tem vindo a subir, todos os dias, à medida que vão sendo testados os contactos de pessoas infetadas.
A câmara ativou o Plano Municipal de Emergência e fechou, no início da semana passada, os serviços de atendimento ao público e outros equipamentos, como a Oficina da Criança, a Casa da Cultura, o Centro de Atividades de Tempos Livres e instalações desportivas.
Com a população confinada em casa, por precaução, fecharam também cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
O presidente da câmara disse à Lusa, na quarta-feira, ter “conhecimento” de “investigações em curso pelas autoridades policiais” sobre o surto de covid-19 na vila, que admitiu poder resultar de “incúria de alguém”.
“Neste momento, daquilo que tenho conhecimento, é que há investigações em curso pelas autoridades policiais, acerca do doente zero”, porque “desconfia-se que pode ter havido aqui incúria de alguém”, afirmou o autarca, defendendo que, caso sejam apuradas responsabilidades, “essas pessoas devem ser severamente responsabilizadas”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse à Lusa que não existe qualquer “inquérito relacionado com a matéria”, ou seja, com a origem do surto da doença em Mora.
O Comando Territorial de Évora da GNR também referiu que “não existe nenhuma ocorrência registada relacionada com a origem do surto em Mora”, mas a guarda “continua a efetuar diligências no sentido de apurar pessoas que eventualmente possam ter desrespeitado ou estejam a desrespeitar as normas em vigor estabelecidas pela Direção-Geral da Saúde”.
Pelo menos 787 mil mortos e mais de 22 milhões de infetados em todo mundo
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 787.918 pessoas e infetou mais de 22 milhões em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11:00 de hoje, de Lisboa, já morreram pelo menos 787.918 pessoas e há mais de 22.465.840 casos infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 14.102.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Nas últimas 24 horas foram registadas 6.822 novas mortes e 270.587 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus balanços os Estados Unidos (1.286) Brasil (1.212) e Índia (977).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 173.193 óbitos para 5.530.247 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 1.925.049 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 111.100 mortes e 3.456.652 casos, México com 58.481 mortes (537.031 casos), Índia com 53.866 mortes (2.836.925 casos) e Reino Unido com 41.397 mortes (321.098 casos).
Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que lamenta mais mortos em relação à sua população, com 86 mortes por 100.000 habitantes, seguida do Peru (81), Espanha (62), Reino Unido (61) e Itália (59).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 84.895 casos (sete novos entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 79.745 recuperações.
A Europa totalizou 211.775 mortes (3.617.078 casos), a América Latina e as Caraíbas 249.475 mortes (6.412.017 casos), Estados Unidos e Canadá 182.276 mortes (5.653.583 casos), Ásia 83.886 mortes (4.241.726 casos), Médio Oriente 33.388 mortes (1.366.405 casos), África 26.622 mortes (1.148.455 casos) e Oceânia 496 mortes (26.580 casos).
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.
OMS em conversações com a Rússia sobre eficácia e segurança da vacina
O departamento europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou conversações com a Rússia para obter mais informações sobre a vacina contra o novo coronavírus que o pais aprovou, antes de realizar os habituais testes avançados.
Catherine Smallwood, uma das responsáveis do departamento de emergência sanitária da OMS Europa, afirmou que a organização de saúde está preocupada com a “segurança e eficácia de todas as vacinas em desenvolvimento” e não especificamente em relação à vacina desenvolvia pela Rússia.
Smallwood reconheceu que a OMS estava a adotar uma “abordagem acelerada” para tentar reduzir o tempo de desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, mas defendeu ser “essencial não reduzir a segurança ou eficácia” das mesmas.
A organização começou “conversações diretas” com a Rússia e os funcionários da autoridade mundial de saúde têm partilhado “as várias etapas e informações que serão necessárias para que a OMS faça as suas avaliações”.
A Rússia anunciou que já produziu o primeiro lote de vacinas contra o novo coronavírus, que são vistas com ceticismo pelo resto do mundo.
“O primeiro lote da nova vacina contra o coronavírus do Centro de Pesquisa Gamaleïa foi produzido”, divulgou o Ministério da Saúde russo em comunicado citado por agências de notícias russas.
O Presidente russo tinha anunciado que uma primeira vacina “bastante eficaz” foi registada pelo Centro de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleïa, em Moscovo, em parceria com o Ministério da Defesa russo.
Os investigadores ocidentais lançaram, no entanto, dúvidas sobre o anúncio, tendo alguns argumentado que uma vacina desenvolvida à pressa pode ser perigosa, enquanto a fase final dos testes só começou esta semana.
China regista sete novos casos da doença e todos são importados
As autoridades chinesas detetaram sete novos casos positivos de covid-19 na quarta-feira, todos procedentes do estrangeiro, sendo dez casos a menos que no dia anterior, anunciou a Comissão Nacional de Saúde da China.
Assim, o país acumula quatro dias sem registar casos locais do novo coronavírus.
Os casos positivos foram diagnosticados em viajantes procedentes do estrangeiro nas cidades de Xangai (1) e Tianjin (1) e nas províncias de Jiangxi (3), Sichuan (1) e Shandong (1).
Da mesma forma, as autoridades de saúde detalharam que, até à meia-noite (17:00 de quarta-feira em Lisboa), 60 pacientes receberam alta.
O número total de infetados ativos na China continental é de 516, sendo 24 que permanecem em estado grave, segundo as autoridades de saúde.
A Comissão Nacional de Saúde não anunciou novas mortes por covid-19, então o número permanece em 4.634, entre os 84.895 infetados oficialmente diagnosticados na China desde o início da pandemia.
Até o momento, 808.715 contactos próximos com pessoas infetadas foram acompanhados, dos quais 16.369 continuam a ser observados.
Quanto aos infetados assintomáticos, a China registou 22 novos casos neste último relatório, e o número total de pessoas sob observação nessas circunstâncias é de 352.
Na região semiautónoma de Hong Kong, 4.586 positivos foram registados até o momento, que causaram 72 mortes; e em Taiwan, 486 casos foram contabilizados, dos quais sete morreram.
O surto em Hong Kong levou as autoridades locais a decretar novas medidas preventivas para evitar a propagação, enquanto alguns especialistas locais indicaram que a cidade será forçada a aplicar medidas de contenção se o número de infeções continuar a expandir-se nesta terceira onda do novo coronavírus.
Dois novos casos no Ciborro elevam total de infetados em Montemor-o-Novo para 29
A deteção de dois novos casos de infeção por covid-19 na freguesia do Ciborro, na quarta-feira, elevou para 29 o total de casos ativos da doença no concelho de Montemor-o-Novo (Évora), segundo informações divulgadas hoje.
Os números dizem respeito aos testes cujos resultados foram conhecidos até às 19:30 de quarta-feira e incluem um caso que já se encontrava ativo no concelho antes da deteção do atual surto e um caso de internamento hospitalar.
Contactada pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia do Ciborro, Nélia Campino, confirmou que os dois novos casos reportados hoje pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, pertencem àquela aldeia, o que eleva para 12 o total de testes positivos na localidade.
O Ciborro continua a concentrar a maior parte dos casos ativos (12) no concelho, mas Nélia Campino sublinhou que os dois novos casos se referem a “situações que já estavam identificadas e ambos já se encontravam em isolamento”.
Fonte dos serviços locais de saúde também confirmou à Lusa que “a maior parte dos casos” detetados nos últimos dias “não são uma surpresa” para as autoridades de saúde e que essas pessoas “já estavam em confinamento”.
“Há apenas um caso que ainda não está bem definido, mas dá a ideia que vai encaixar [numa das cadeias de transmissão conhecidas] brevemente”, disse a mesma fonte, que confirmou não haver ainda certezas sobre a ligação deste surto com o do concelho vizinho de Mora, onde existem atualmente 48 casos ativos da doença.
Nos próximos dias, “vão continuar a ser feitos testes na comunidade e aos grupos profissionais que lidam com pessoas mais vulneráveis”, refere um comunicado divulgado pela Câmara de Montemor-o-Novo.
A autarquia alentejana ativou, na segunda-feira, o Plano Municipal de Emergência (PME) de Proteção Civil, que se encontra em vigor até ao dia 31 deste mês.
“A ativação do PME é uma resposta imediata à necessidade de direção e coordenação no âmbito da Proteção Civil em apoio às Autoridades de Saúde Pública, assegurando a articulação das várias entidades envolvidas na prevenção e resposta ao surto, bem como a garantia de mobilização atempada de meios e recursos”, explicou a presidente da câmara, Hortênsia Menino, em comunicado.
O surto de covid-19 em Montemor-o-Novo foi divulgado na segunda-feira pela diretora-geral da Saúde, Graça Feitas, referindo que “ainda está em investigação” a ligação deste foco da doença ao surto do concelho vizinho de Mora.
Bruxelas assegura 225 milhões de doses de potencial vacina alemã
A Comissão Europeia anunciou hoje um acordo prévio de aquisição com a farmacêutica alemã CureVac para assegurar 225 milhões de doses de uma potencial vacina para a covid-19, que serão distribuídas pelos Estados-membros da União Europeia (UE).
“Prevê-se que a Comissão disponha de um quadro contratual para a compra inicial de 225 milhões de doses em nome de todos os Estados-membros da UE, a fornecer logo que uma vacina se tenha revelado segura e eficaz contra a covid-19”, informa o executivo comunitário em comunicado hoje divulgado.
Segundo a Comissão Europeia, “o contrato previsto com a CureVac proporcionaria a todos os Estados-membros da UE a possibilidade de adquirirem a vacina, bem como de fazer doações aos países de baixo e médio rendimento ou de a redirecionar para países europeus”.
Este é o quarto anúncio feito por Bruxelas sobre acordos com empresas do setor farmacêutico para potenciais tratamentos ou vacinas para o novo coronavírus, que surge após negociações concluídas com a Sanofi-GSK, em 31 de julho, e a Johnson & Johnson, em 13 de agosto, e da assinatura, em 14 de agosto, de um acordo prévio de aquisição com a AstraZeneca.
Sediada em Tübingen, na Alemanha, a CureVac é uma empresa europeia pioneira no desenvolvimento de uma classe de vacinas totalmente nova, tendo como princípio básico a utilização de uma molécula como um suporte de informações, com a ajuda das quais o corpo humano pode produzir as suas próprias substâncias ativas para combater várias doenças.
Esta empresa biofarmacêutica esteve envolta em polémica em março passado, quando o surto de covid-19 se intensificou na Europa, por alegada tentativa de compra, por parte da administração norte-americana, da potencial vacina da CureVac para a covid-19, notícia entretanto desmentida pela biofarmacêutica.
Também nessa altura, a Comissão Europeia disponibilizou até 80 milhões de euros ao laboratório alemão CureVac.
Entretanto, já em julho, o Banco Europeu de Investimento e a CureVac assinaram um acordo de empréstimo de 75 milhões de euros para o desenvolvimento e a produção de vacinas em larga escala, incluindo a vacina candidata contra a covid-19.
As negociações exploratórias hoje concluídas com esta companhia alemã deverão culminar num acordo prévio de aquisição financiado pelo Instrumento de Apoio de Emergência, que dispõe de fundos dedicados à criação de uma carteira de possíveis vacinas com perfis diferentes e produzidas por diferentes empresas.
Citada pelo comunicado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sublinha que a instituição por si liderada está a “cumprir a sua promessa de garantir aos europeus e ao mundo um acesso rápido a uma vacina segura” contra o coronavírus”.
“Cada ronda de negociações concluída com a indústria farmacêutica aproxima-nos da vitória contra este vírus. Teremos em breve um acordo com a CureVac, a inovadora empresa europeia que beneficiou anteriormente de financiamento da UE para produzir uma vacina na Europa. E as nossas negociações prosseguem com outras empresas para encontrar a tecnologia que nos proteja a todos”, conclui Von der Leyen.
União Africana lança ‘Iniciativa África’ para conter pandemia no continente
A União Africana lançou hoje a ‘Iniciativa África contra a covid-19’, apostando na proteção das fronteiras e viagens, economia e escolas para conter a pandemia, considerando que o continente está agora numa “encruzilhada crítica”.
“Estamos numa encruzilhada crítica, ultrapassámos o milhão de casos no continente, não temos ainda uma vacina disponível e temos de continuar proativos e cautelosos à medida que as economias se começam a abrir”, disse a comissária dos Assuntos Sociais da União Africana, Amira Elfadil, durante a conferência de imprensa semanal sobre a evolução da pandemia do continente africano.
No encontro, o diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças africano (África CDC), John Nkengasong, anunciou o lançamento de uma iniciativa específica para a reabertura das economias e dos movimentos entre países: “Hoje lançamos a ‘Iniciativa África contra a covid-19’, uma iniciativa crítica que pretende proteger o turismo e as viagens, a economia e o rendimento das pessoas, e as escolas”.
Na conferência de imprensa, John Nkengasong explicou que “existe uma perda de 55 mil milhões de dólares [46 mil milhões de euros] no turismo e por isso é necessária uma estratégia sobre as viagens e as fronteiras, garantindo um movimento tranquilo de pessoas entre os países, através de testes seguros, que sejam reconhecidos noutro país e com procedimentos harmonizados no continente”.
Por outro lado, continuou, é preciso aumentar a vigilância nos locais de turismo e nas empresas, fazendo mais testes e mapeando os contactos das pessoas infetadas e, por último, garantir uma subida do número de testes aos alunos e nas comunidades, apontando para uma taxa de 5% como máximo para garantir uma reabertura segura das escolas.
Em África, há 26.289 mortos confirmados em mais de 1,1 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Timor-Leste regista novo caso, um cidadão timorense que viajou do estrangeiro
Timor-Leste regista hoje um novo caso de covid-19, o 26.º desde o início da pandemia, tratando-se de um cidadão timorense que viajou para Díli num voo fretado pelo Governo timorense e que estava em quarentena.
A ministra da Saúde timorense, Odete Belo, anunciou que se trata de um jovem de 25 anos, proveniente de Bali, na Indonésia, e que entrou em Timor-Leste a 05 de agosto num voo da Citilink fretado pelas autoridades timorenses para trazer estudantes e trabalhadores de vários países.
“O cidadão estava em quarentena no [hotel] Farol. A equipa de vigilância recolheu a amostra, que testou positivo, e o cidadão passou agora para isolamento em Vera Cruz”, disse a ministra em conferência de imprensa.
Timor-Leste estava desde terça-feira livre de casos de covid-19, depois de o último doente diagnosticado, um cidadão indonésio, ter recuperado, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados naquele dia.
Até ao momento e desde o início da pandemia, as autoridades timorenses já realizaram 5.146 testes, tendo sido confirmados 26, dos quais 25 recuperados.
Cerca de 350 pessoas estão em quarentena em instalações ou hotéis fornecidos pelo Governo e cerca de 130 em autoconfinamento.
Estados Unidos reduzem nível de alerta de viagens para Cabo Verde
O Departamento de Estado norte-americano reduziu o alerta para as viagens a Cabo Verde do nível mais grave anterior, mas aconselhando à reconsideração da deslocação, devido à covid-19, divulgou hoje a Embaixada dos Estados Unidos na Praia.
As viagens para Cabo Verde dos cidadãos norte-americanos tinham aviso vermelho, o nível 4, de “não viajar”, emitido pelo Departamento de Estado em 07 de agosto, conforme informação consultada pela Lusa, tendo passado à classificação de nível 3, de “reconsiderar a viagem”, devido à covid-19, em 18 de agosto.
“A pandemia apresenta riscos sem precedentes e os alertas do Departamento de Estado levam em consideração os dados mais recentes sobre os riscos relacionados com a covid-19. Dadas as atuais condições globais, a maioria dos países ao redor do mundo está atualmente no nível 3 ou no nível 4”, lê-se no aviso do Departamento de Estado norte-americano.
Há quatro níveis de aconselhamento de viagens emitidos pelas autoridades norte-americanas, sendo que o 1 e 2 não desaconselham a sua realização.
Em relação a Cabo Verde, a informação refere que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano emitiu um nível 3 de alerta sanitário para o arquipélago, devido à pandemia.
Nos Estados Unidos reside a maior comunidade emigrante cabo-verdiana, estimada em mais de 200.000 pessoas.
Cabo Verde suspendeu desde 19 de março os voos internacionais, para conter a pandemia de covid-19. A proibição mantém-se, mas os governos de Portugal e Cabo Verde acertaram a realização de corredores aéreos entre Lisboa e Praia e Mindelo, para “voos essenciais”, implementados desde 01 de agosto com a condição de realização de testes de virologia à covid-19 nos dois sentidos.
Cabo Verde contava até 19 de agosto com um acumulado de 3.321 casos de covid-19 diagnosticados, que provocaram 36 mortes.
De acordo com dados revelados pelo diretor nacional de Saúde de Cabo Verde, Artur Correia, a Praia, capital do país, continua a ser o “principal foco de transmissão” da doença, registando à volta de 190 casos semanais nas últimas três semanas.
Cabo Verde contabilizou uma média de 263 casos semanais de covid-19 nas últimas sete semanas, uma descida face ao “pico” de 341 infetados há oito semanas.
Cinco meses após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no arquipélago (19 de março), as autoridades de saúde cabo-verdianas já realizaram 45.778 testes rápidos e cerca de 30.000 de PCR.
“Os dados dos testes feitos em Cabo Verde colocam o nosso país como o segundo que país que mais faz testes por um milhão de habitantes a nível do continente africano e na posição 48 em relação a todos os países do mundo”, destacou Artur Correia.
Alemanha com mais 1.707 casos, pior registo desde abril
A Alemanha identificou 1.707 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o pior registo diário desde abril, de acordo com dados oficiais divulgados hoje.
Os números do instituto de vigilância epidemiológica RKI elevam o número total de casos desde o início da pandemia para 228.621.
Por outro lado, confirmam o aumento de contágios no país nas últimas semanas.
Congresso brasileiro aprova uso obrigatório de máscara após veto de Bolsonaro
O Congresso brasileiro aprovou na quarta-feira, em segunda leitura, o projeto que obriga a população a usar máscara enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia, após o veto do Presidente Jair Bolsonaro.
Numa sessão realizada virtualmente, deputados e senadores anularam o veto de Bolsonaro ao uso obrigatório de máscara em escolas, igrejas e comércio durante a pandemia.
O projeto, que previa o uso obrigatório da proteção facial, foi aprovado em junho pelo poder legislativo. Porém, ao ratificar a lei, em julho, Bolsonaro alegou que o ponto sobre escolas, comércios e igrejas incluía os “demais locais fechados em que haja reunião de pessoas”, o que, no entendimento do Governo, poderia ser considerado “violação de domicílio”.
Também a imposição de multas a quem não cumprir a imposição de usar máscara voltou a ser aprovada pelo Congresso, após o veto presidencial.
O projeto de lei obriga ainda o Estado a fornecer gratuitamente máscaras de proteção individual às populações mais desfavorecidas.
Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos do mundo em relação à gravidade da pandemia, e que contraiu o novo coronavírus no mês passado, tendo já recuperado da doença, tem-se mostrado contra as medidas de isolamento social e proteção adotadas por estados e municípios.
Especialistas e autoridades internacionais de saúde recomendam o uso de máscara como forma de prevenir a disseminação do vírus.
Escola Digital prevê distribuição de 100 mil equipamentos na 1.º fase
O programa Escola Digital, que prevê a distribuição de computadores por alunos e professores, vai disponibilizar na primeira fase 100 mil equipamentos, contou à Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).
“O diretor-geral da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) disse que, nesta primeira fase, o objetivo é entregar 100 mil equipamentos às escolas, sendo dada prioridade aos alunos mais carenciados”, revelou Jorge Ascenção, presidente da Confap.
Elementos da Confap estiveram na semana passada reunidos com responsáveis da DGEstE para debater várias questões sobre o próximo ano letivo, que começa entre 14 e 17 de setembro, sendo um dos temas o programa Escola Digital.
Em abril, o primeiro-ministro António Costa prometeu que durante o novo ano letivo estaria assegurada a universalidade de acesso em plataforma digital, rede e equipamento para todos os alunos do ensino básico e secundário”.
As escolas públicas têm cerca de 1,2 milhões de alunos que em março deixaram ter aulas presenciais devido à evolução da pandemia de covid-19.
O ensino à distância veio revelar que havia uma percentagem de estudantes que estava desligada da escola, por falta de equipamentos ou de rede.
No mês passado, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou uma verba de 400 milhões de euros para o programa Escola Digital que prevê, entre outras medidas, a distribuição de equipamentos por alunos e docentes.
Na altura, Tiago Brandão Rodrigues explicou que o programa seria implementado de forma faseada e que seria dada prioridade aos alunos abrangidos por ação social escolar (ASE), até se conseguir chegar à universalidade da medida.
A Lusa contactou o gabinete do ministério da Educação, mas não obteve resposta até ao momento.
Segundo a Confap, será dada prioridade às situações de ASE, mas com a flexibilidade de acordo com as necessidades dos alunos, nomeadamente numa situação de confinamento.
As aulas vão começar com o regresso ao ensino presencial, mas em cima da mesa continua a hipótese de as escolas terem de avançar para o ensino misto ou mesmo à distância, dependendo estas medidas do eventual aparecimento de casos de infeção de covid-19 entre a comunidade escolar.
Os pais defendem que os equipamentos devem pertencer às escolas e estar disponíveis em caso de necessidade.
Em declarações recentes à Lusa, também os diretores escolares sugeriram que este programa deveria seguir um modelo semelhante ao da distribuição de manuais escolares: “São gratuítos mas a titulo de empréstimo”, resumiu Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
A Confap propôe ainda que as despesas com computadores e outros equipamentos imprescindíveis no processo educativo devam ser elegíveis em sede de IRS.
Em média, no ano letivo de 2018/2019 havia nas escolas um computador com ligação à internet para quase cinco alunos (4,9), segundo dados da Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) publicados em julho.
No entanto, tanto diretores escolares como pais têm alertado para o facto de se tratar de um parque informático envelhecido. Os dados da DGEEC indicam que 84% dos equipamentos têm mais de três anos.
O programa Escola Digital prevê a aquisição de computadores, conectividades e serviços para dotar as escolas públicas de meios necessários que permitam a alunos e professores aceder e utilizar recursos didáticos e educativos digitais.
Além da aquisição de computadores, o programa prevê também um plano para capacitação digital dos docentes.
O Escola Digital é um programa conjunto dos ministérios da Educação e da Economia e Transição Digital.
Crianças têm papel mais importante na propagação do que se pensava, diz estudo
As crianças têm um papel mais importante na propagação comunitária da covid-19 do que se julgava, com cargas virais superiores às dos adultos doentes, mas permanecendo assintomáticas, indica um estudo hoje divulgado.
O estudo, da responsabilidade de investigadores do Hospital Pediátrico e do Hospital Geral de Massachusetts, Estados Unidos, é o mais abrangente com crianças com covid-19 feito até agora, tendo envolvido 192 crianças e jovens dos zero aos 22 anos. Dessas, 49 testaram positivo à covid-19 e mais 18 tiveram uma doença relacionada com o novo coronavírus.
Os resultados da investigação demonstraram que as crianças infetadas têm um nível significativamente mais elevado de vírus nas vias respiratórias do que os adultos hospitalizados nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) para tratamento de covid-19.
“Fiquei surpreendido com os elevados níveis de vírus que encontramos em crianças de todas as idades, especialmente nos dois primeiros dias de infeção”, disse Lael Yonker, autor principal do estudo.
“Não estava à espera de que a carga viral fosse tão elevada. Pensa-se num hospital, e em todas as precauções tomadas para tratar adultos gravemente doentes, mas as cargas virais destes doentes hospitalizados são significativamente inferiores às de uma ‘criança saudável’ que anda por aí com uma elevada carga viral SARS-CoV-2”, o coronavírus que provoca a covid-19, acrescentou.
O investigador lembrou que a transmissibilidade ou risco de contágio é maior quando há uma elevada carga viral, e que mesmo quando as crianças apresentam sintomas típicos de covid-19, como febre, tosse ou corrimento nasal, nem sempre é fácil um diagnóstico preciso porque são sintomas comuns das doenças infantis.
A investigação examinou também a resposta à doença de crianças infetadas, tendo-se concluído que as crianças não estão imunes à infeção.
“Durante esta pandemia da covid-19 examinámos principalmente pessoas sintomáticas, pelo que chegámos à conclusão errada de que a grande maioria das pessoas infetadas são adultos. No entanto, os nossos resultados mostram que as crianças não estão protegidas contra este vírus. Não devemos descurar as crianças como potenciais propagadores do vírus”, advertiu Alessio Fasano, outro dos autores do estudo.
Os investigadores notam que embora as crianças com covid-19 não sejam tão suscetíveis de ficar gravemente doentes como os adultos, como portadores assintomáticos, ou portadores com poucos sintomas, ao frequentarem a escola podem espalhar a infeção e levar o vírus para as suas casas. E é especialmente preocupante em famílias com idosos em casa.
O estudo analisou a questão de as crianças terem um menor número de recetores imunitários, o que as tornaria mais suscetíveis à infeção ou gravemente doentes e defendem que as crianças podem transportar uma carga viral elevada, o que as torna mais contagiosas, independentemente da sua suscetibilidade ao desenvolvimento da covid-19.
Índia com mais de 69 mil casos nas últimas 24 horas, novo recorde diário
A Índia contabilizou 69.652 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde diário desde o início da pandemia, elevando o total para mais de 2,8 milhões, de acordo com dados do Ministério da Saúde daquele país.
As autoridades indianas registaram também 977 mortes provocadas pelo novo coronavírus, acumulando agora 53.866 óbitos.
Quatro dos 28 estados da Índia representam 63% dos óbitos e 54,6% dos casos: Maharashtra Ocidental, Tamil Nadu, Andhra Pradesh e Karnataka.
A Índia é o terceiro país do mundo com o maior número de infeções, atrás dos Estados Unidos e Brasil, e o quarto com o maior número de mortos, precedida por aqueles dois países e México.
Estados Unidos com 1.286 mortes e 43.911 casos nas últimas 24 horas
Os Estados Unidos registaram nas últimas 24 horas mais 1.286 mortes causadas pela covid-19, além de 43.911 novos casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.
A contagem desde o início da pandemia eleva-se agora para 5.524.398 infeções, além de 172.965 óbitos, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de quarta-feira (01:00 de hoje em Lisboa).
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes (32.865), um número superior ao de países como França ou Espanha.
Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.642 pessoas.
Seguem-se Nova Jersey, com 15.926 mortes, Califórnia, com 11.606, Texas, com 10.911, e Florida, com 9.932.
Outros estados com elevado número de mortes incluem Massachusetts (8.848), Illinois (8.016), Pensilvânia (7.508) e Michigan (6.619).
Em termos de infeções, a Califórnia registou 643.385, desde o início da pandemia, seguida da Florida, com 584.047, do Texas, com 573.751, e de Nova Iorque, com 427.202.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.
Brasil ultrapassa 111 mil mortes após registar 1.212 óbitos em 24 horas
O Brasil contabilizou 1.212 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, informou hoje o executivo, acrescentando que o país totaliza 111.100 óbitos desde o início da pandemia, registada oficialmente em 26 de fevereiro.
Em relação ao número de infetados pelo novo coronavírus, o Brasil soma agora 3.456.652 casos confirmados, sendo que 49.298 foram contabilizados nas últimas 24 horas.
As autoridades de Saúde investigam ainda a eventual ligação de 3.173 mortes com a doença, que tem hoje uma letalidade de 3,2% no país sul-americano.
O Governo, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, indicou hoje que 2.615.254 pessoas já recuperam da covid-19 no país, enquanto que 730.298 pacientes estão sob acompanhamento médico.
O foco da pandemia é São Paulo, o estado mais rico e populoso do Brasil, com cerca de 46 milhões de habitantes, que regista 721.377 infetados e 27.591 vítimas mortais.
Atualmente, 15 das 27 unidades federativas do país já ultrapassaram os 100 mil casos de infeção e 22 já somam mais de mil mortos.
Pela primeira vez desde abril, o ritmo de transmissão da covid-19 está em desaceleração no Brasil, de acordo com dados do centro de controlo de epidemias do britânico Imperial College, citados pela imprensa brasileira, que indicam que a taxa de contágio no país é agora de 0,98.
Em julho, o Brasil apresentou taxas de 1,01, situação definida como “fora de controlo”. Agora, e pela primeira em 16 semanas consecutivas, o país deixa a zona vermelha representada pela taxa de transmissão acima de 1.
“O número 0,98 ainda não permite um grande otimismo. Se ele estivesse em 0,60, a certeza de queda seria maior. Mas existe uma leve tendência de decréscimo. Nas próximas semanas e nos próximos meses, o número de casos e mortes deve cair”, disse o virologista Eduardo Flores, em declarações ao jornal Folha de S.Paulo.
Segundo dados do executivo, o Brasil tem agora uma incidência de 52,9 óbitos e 1.644,9 casos da doença por cada 100 mil habitantes.
Farmacêutica dos EUA vai experimentar tratamento contra o vírus no Brasil
Um medicamento desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Sorrento Therapeutics para tratar pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus será testado em pacientes no Rio de Janeiro, anunciou hoje a prefeitura desta cidade brasileira.
Os ensaios clínicos do tratamento com pacientes internados em hospitais do Rio de Janeiro, cujos primeiras provas noutros países apresentam “boa perspetiva de resultado”, serão possíveis graças a um acordo de cooperação que a prefeitura do Rio de Janeiro firmou com a empresa, segundo um comunicado do município.
O medicamento em causa é um “‘cocktail’ de anticorpos para a neutralização do coronavírus” e a sua experimentação no Rio de Janeiro não acarretará nenhum custo para a prefeitura, de acordo com o município.
“Para o início dos testes no município do Rio de Janeiro é necessário aguardar a autorização do medicamento pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a avaliação dos protocolos pelo Comité de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde. Após a aprovação, voluntários serão selecionados para os testes clínicos e, para isso, assinarão um termo de consentimento”, diz o comunicado.
Os selecionados serão pacientes já diagnosticados com a doença e ainda não há um número estipulado de pessoas que participarão nos testes ao medicamento.
Os resultados dos testes laboratoriais foram divulgados em maio passado e demonstraram a eficácia do produto para neutralizar a doença em pacientes infetados, segundo a Sorrento Therapeutics.
De acordo com o laboratório, o ‘cocktail’ de anticorpos inibe a infeção pelo vírus num prazo de quatro dias.
O anúncio da Prefeitura do Rio de Janeiro acontece um dia após a Anvisa, organismo tutelado pelo Ministério da Saúde, ter aprovado o início dos ensaios clínicos no Brasil de uma nova vacina contra a covid-19, a quarta a ser experimentada no país contra o vírus.
A multinacional Johnson&Johnson recebeu autorização para testar a sua vacina em estudos clínicos na fase três (com milhares de pessoas), o que já está a ser feito no Brasil com imunizantes desenvolvidos pelo Reino Unido (AstraZeneca e Universidade de Oxford), China (Sinovac Biotech), e pelo consórcio BioNTech (Alemanha) e Wyeth/Pfizer (Estados Unidos).
O Brasil totaliza 109.888 vítimas mortais e 3.407.354 de casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, registada oficialmente no país em 26 de fevereiro, sendo o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Com cerca de 210 milhões de habitantes e um elevado número de casos, o país sul-americano é considerado um laboratório ideal para testar várias potenciais vacinas, com farmacêuticas a procurarem agora verificar a sua eficácia e segurança.
Angola anuncia mais 49 casos e testagem massiva de polícias e taxistas
O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou hoje mais 49 casos e duas mortes de covid-19 em Angola, salientando que vai ser iniciada uma nova fase de testagem massiva dirigida a grupos de risco como polícias e taxistas.
Entre os 49 casos identificados nas últimas 24 horas, dois são de Cabinda, de transmissão local, e os restantes de Luanda.
Entre os infetados contam-se 31 pessoas de sexo masculino e 18 feminino, com idades entre 8 e 74 anos.
Dois homens, de 50 e 53 anos, morreram e outras 31 pessoas recuperaram.
A partir de quinta-feira, segundo Franco Mufinda, Angola vai iniciar a testagem massiva serológica e ao nível da biologia molecular sempre que justifique “em agentes da policia nacional com maior exposição, numa amostra de 10 mil pessoas”, bem como outros grupos de risco, como os taxistas.
Angola já notificou 2015 casos, dos quais 92 óbitos, 698 recuperados e 1225 ativos, dos quais cinco críticos sob ventilação mecânica invasiva e 19 graves.
Nas últimas 24 horas, os laboratórios processaram 699 testes, num total cumulativo de 51.074 amostras.
Foram também processados até ao momento mais de 100 mil testes serológicos, acrescentou o responsável da Saúde.
São Tomé e Príncipe regista dois novos casos após quatro dias sem positivos
São Tomé e Príncipe registou hoje dois novos casos positivos de covid-19, elevando o total para 887, após quatro dias sem qualquer infeção detetada no país, anunciou a porta-voz do Ministério da Saúde.
De acordo com Isabel dos Santos, com estes dois novos casos, registados em 53 testes realizados nas últimas 24 horas, eleva-se para 887 o número de pacientes com infeções de covid-19 registados no país.
A porta-voz do Ministério da Saúde referiu ainda que os dois pacientes que estavam internados no hospital de campanha “receberam alta médica”, havendo um total de 829 doentes recuperados.
Em isolamento domiciliar encontram-se 43 cidadãos e os óbitos mantêm-se em 15, desde que a covid-19 foi declarada no país há cerca de seis meses.
A realização dos testes massivos que foram anunciados pelo Governo para se iniciar no dia 17, na Região Autónoma do Príncipe, foi adiada, estando a aguardar-se a chegada ao país de alguns materiais encomendados pelo escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), na capital são-tomense.
Mais 68 novos infetados em Cabo Verde com 25 casos na cadeia da Praia
Cabo Verde registou mais 68 novos infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, dos quais 25 na cadeia da Praia, elevando o total acumulado desde 19 de março a 3.321 casos, revelou ontem o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o ministério refere que os laboratórios de virologia processaram desde terça-feira 408 amostras, das quais 49 deram resultado positivo para o novo coronavírus no concelho da Praia, capital do país.
Destes, 25 casos foram confirmados na Cadeia Civil de São Martinho, refere o Ministério da Saúde.
Estes novos casos de covid-19 na maior cadeia de Cabo Verde, explicou hoje o diretor nacional de Saúde, Artur Correia, em conferência de imprensa, resultam de amostras de contactos com outros casos positivos naquela cadeia, recolhidas em 13 de agosto, estando em curso “medidas para mitigação” e face ao estado de “sobrelotação” do espaço.
“Todos os casos positivos estão separados em alas próprias, para evitar o contágio em alas que não têm casos positivos”, disse Artur Correia, sobre o reforço das medidas de segurança sanitária na cadeia da Praia, face à transmissão da covid-19.
Está em curso igualmente um reforço de pessoal de saúde na cadeia, acrescentou.
Ainda na ilha de Santiago, foram registados novos casos positivos de covid-19 nos concelhos do Tarrafal (05), Santa Catarina (02) e Santa Cruz (02).
Foram ainda confirmados 10 novos casos da doença na ilha do Sal, o segundo principal foco de transmissão no arquipélago, depois do concelho da Praia.
Nas últimas 24 horas foram ainda dados como recuperadas da doença 52 casos.
Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 3.321 casos da doença desde 19 de março, quando foi diagnosticado o primeiro doente com covid-19.
Desse total, 841 casos permanecem ativos, 36 óbitos e 2.442 foram dados como recuperados, enquanto dois cidadãos estrangeiros infetados foram transferidos para os países de origem, segundo os dados do Ministério da Saúde.
França regista 17 mortos devido ao vírus
França registou 17 mortos nas últimas 24 horas devido à covid-19, elevando o número total de mortos para 30.468 desde o início da pandemia, segundo as autoridades francesas.
Ao mesmo tempo, o número de casos continua a aumentar com 3.776 novos casos confirmados nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia já foram confirmados 225.043 casos no país.
Entre terça e quarta-feira foram ainda identificados 21 novos focos de contaminação em todo o país, num total de 276, e há atualmente 29 territórios considerados como em situação de vulnerabilidade moderada ou elevada.
Espanha com 3.715 novos casos, número mais alto desde final de maio
Espanha diagnosticou 3.715 novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o número mais alto desde final de maio, e contabilizou 131 mortes associadas à doença covid-19 numa semana, divulgou ontem o Ministério da Saúde espanhol.
Das infeções detetadas nas últimas 24 horas, 1.535 (41%) foram registadas na região de Madrid, comunidade que também confirmou 25 novas vítimas mortais.
O País Basco (com 472 novos casos) e Aragão (466 novos casos) são as outras comunidades espanholas que também ultrapassaram a fasquia das 400 novas infeções nas últimas 24 horas.
Situação oposta está a ser verificada nas Ilhas Baleares (perto da costa leste de Espanha, no Mediterrâneo) que não registam nenhum caso de infeção pelo novo coronavírus há dois dias consecutivos.
Outro dado divulgado hoje pelo Ministério da Saúde espanhol é o número de doentes de covid-19 atualmente hospitalizados, indicador que subiu na última semana e voltou a ultrapassar a fasquia dos mil pacientes.
Neste momento, 1.336 pessoas estão internadas, das quais 346 estão em unidades hospitalares localizadas na zona de Madrid.
No que diz respeito às unidades de cuidados intensivos, 84 doentes foram admitidos nestes serviços na última semana.