Portugal regista mais duas mortes por covid-19 e 241 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.
De acordo com o boletim da DGS, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 55.452 casos de infeção confirmados e 1.794 mortes.
Lisboa e Vale do Tejo foi a única região do país a registar óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, com duas mortes.
Esta região continua a registar o maior número de novos casos, mais 127 nas últimas 24 horas. Lisboa e Vale do Tejo conta com um total de 28.706 casos confirmados e 645 mortes por covid-19.
A região Norte regista hoje 67 novos casos, totalizando 19.860.
Apesar de não registar qualquer novo óbito, mantém-se como a região com o total de mortes mais elevado do país (842).
De acordo com o boletim, houve mais 179 doentes recuperados, totalizando 40.473 casos de recuperação.
O boletim revela também que há menos cinco doentes internados (de um total de 316), mas houve um aumento de um doente em cuidados intensivos em relação a sexta-feira.
A região Centro contabiliza 4.648 casos confirmados (mais 14), o Alentejo regista 885 casos confirmados (mais 17), e o Algarve 1.014 casos (mais sete).
No que respeita a óbitos registados, o Centro mantém 253 mortes, o Alentejo 22 e o Algarve 17.
Nos Açores, há sete novos casos, totalizando 199 desde o início da pandemia, e, na Madeira, há duas novas infeções, de um total de 140, continuando sem registar qualquer óbito por covid-19.
O novo modelo do boletim da DGS, que entrou em vigor na segunda-feira, deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo entre os 40 e os 49 anos que se registam mais infeções, contabilizando-se um total de 9.156, seguida da faixa etária entre os 30 e os 39 anos, com 9.095 casos, e entre os 20 e os 29 anos, com 8.610.
Os dados indicam ainda que houve 24.939 homens e 30.513 mulheres infetados desde o início da pandemia.
Do total de vítimas mortais, 903 são homens e 891 são mulheres.
O maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos, com 1.199 mortes registadas desde o início da pandemia, seguindo-se as faixas entre os 70 e os 79 anos (350).
As autoridades de saúde têm sob vigilância 34.182 pessoas (menos 51 do que na véspera).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Algarve já apenas tem 210 casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até quinta-feira elevava-se a 999 (DGS apresenta hoje 1.014), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de quinta-feira, dia 20, a região do Algarve apresentava 210 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 770 que já se encontram recuperados.
Até quinta-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 61% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 61, Albufeira com 40 e Faro com 30.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 8 concelhos: Aljezur, Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Vila Real de Santo António com apenas 1, Monchique com 3, Lagoa com 4 e Olhão e Tavira com 8 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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A última atualização semanal às 23:59, de 20 de agosto, referente aos números do Algarve divulgada pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro e que refere 999 casos Covid-19 confirmados, dos quais já apenas 210 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere que “de 5 de agosto até ao dia de hoje, realizaram-se, em 15 municípios da Região do Algarve, nomeadamente: Albufeira (6), Alcoutim (3), Aljezur (1), Castro Marim (1), Faro (12), Lagos (7), Loulé (13), Monchique (2), Olhão (4), Portimão (10), São Brás de Alportel (2), Silves (5), Tavira (8), Vila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (2), 78 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19”.
Foi igualmente, com o apoio de uma Unidade Hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm suporte social para ficar nas suas residências. Esta ZAP foi acionada, pela primeira vez, a 19 de agosto.
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Mais de 800 mil pessoas no mundo já morreram da doença
O novo coronavírus matou mais de 800 mil pessoas no mundo desde o início da pandemia na China em dezembro, segundo uma contagem realizada hoje pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais, às 12:00 de Lisboa.
No total, 800.004 mortes foram registadas em todo o mundo entre os 23.003.079 casos notificados.
O número de mortes por covid-19 duplicou desde 06 de junho e mais de 100 mil novas mortes foram registadas em 17 dias, desde 05 de agosto.
Passaram-se 147 dias entre o anúncio da primeira morte oficial na China e o registo de 400.000 mortes em todo o mundo e outros 77 dias para ultrapassar a marca de 800.000 mortes contabilizadas.
A América Latina e o Caribe, a região mais afetada do mundo em número de mortes (254.897) e casos (6.575.960), registou 17.095 novas mortes de covid-19 nos últimos sete dias, número ligeiramente abaixo do a semana anterior.
No últimos sete dias, a Ásia registou 8.501 mortes, Canadá e Estados Unidos 6.964, Europa 2.550, África 2.227, Médio Oriente 2.188 e Oceania 99 óbitos.
No total, depois da América Latina, a Europa teve 212.533 mortes para 3.681.448 casos, à frente do Canadá e dos Estados Unidos (184.516 mortes, 5.749.093 casos), a Ásia (86.288, 4.410.622) e o Médio Oriente (33.930, 1.389.619).
A África, com 27.319 mortes registadas de 1.169.204 casos oficialmente declarados, continua a ser o continente menos afetado depois da Oceania (521 mortes, 27.133 casos).
Os Estados Unidos são o país com mais mortes na última semana (6.927), à frente do Brasil (6.835), Índia (6.809), México (3.702) e Colômbia (2.076).
O ritmo de aumento do número de óbitos neste período, entretanto, caiu para o México (-19%), Colômbia (-7%), EUA (-5%) e Brasil (-2%), mas cresceu na Índia, com + 5%.
Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que regista o maior número de mortes em relação à sua população, com 86 mortes por 100.000 habitantes, seguida pelo Peru (83), Espanha (62), o Reino Unido (61) e Itália (59).
Oito novos casos elevam para 62 o número de infetados no surto de Mora
A divulgação de oito novos casos positivos elevou hoje para 62 o número de infetados do surto de covid-19 no concelho de Mora, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara Municipal, Luís Simão.
De acordo com o autarca, a maior subida registada nos números do concelho alentejano desde o dia 13 de agosto, data em que se registaram 15 novos casos relativamente ao dia anterior, explica-se pela inclusão de pelo menos dois casos cuja integração na cadeia epidemiológica “estava em investigação, mas só foram acrescentados ontem [sexta-feira]”.
Por outro lado, o autarca destacou que os testes de rastreio à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 realizados nos lares do concelho “deram todos negativo”, incluindo os da instituição de Brotas, cujos resultados ainda eram desconhecidos na sexta-feira.
No Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), permanecem internados cinco doentes, quatro deles nos cuidados intensivos e um em enfermaria, num quadro que “não sofreu alterações” nas últimas 24 horas, de acordo com Luís Simão.
Fonte do HESE revelou à Lusa que os quatro doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos Covid, três homens e uma mulher, têm idades entre os 64 e os 69 anos, enquanto o doente hospitalizado em enfermaria, um homem, tem 89 anos.
A testagem aos contactos relacionados com a cadeia de contágios “vai continuar nos próximos dias”, confirmou, ainda, o autarca que permanece em casa, desde quinta-feira e “durante alguns dias”, por recomendação da Autoridade de Saúde, na sequência dos testes aos trabalhadores do município, esta semana, que revelaram dois infetados.
Este surto surgiu no dia 09 deste mês, quando foram confirmados os primeiros três casos positivos na comunidade, número que tem vindo a subir, todos os dias, à medida que vão sendo testados os contactos de pessoas infetadas.
A câmara ativou o Plano Municipal de Emergência e fechou, no início da semana passada, os serviços de atendimento ao público e outros equipamentos, como a Oficina da Criança, a Casa da Cultura, o Centro de Atividades de Tempos Livres e instalações desportivas.
Entretanto, o Ministério Público (MP) instaurou um inquérito sobre o surto de covid-19 na vila de Mora, sobre o qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse à Lusa que “não deixarão de ser investigados todos os factos que chegarem ao conhecimento do Ministério Público e que sejam suscetíveis de integrarem a prática de crime”.
Segundo a PGR, o inquérito instaurado tem por objeto “uma situação concreta”, que não especifica, relacionada com o surto em Mora.
O presidente da Câmara de Mora, Luís Simão, disse à Lusa desconhecer a instauração do inquérito por parte do Ministério Público ao surto de covid-19 nesta vila do distrito de Évora, mas exortou ao apuramento de responsabilidades.
“Se abriu [um inquérito] e se houver alguém que se tenha comportado menos bem, que seja responsabilizado e sofra as consequências de um ato que não foi o mais adequado no momento em que vivemos. Se assim foi, que se apurem responsabilidades”, afirmou Luís Simão.
Número de casos ativos em Montemor-o-Novo sobe para 32
O número de casos ativos de covid-19 no concelho de Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, subiu na sexta-feira para 32, mais dois do que no dia anterior, informou hoje o município.
Um dos novos casos detetados pertence à aldeia do Ciborro, confirmou a Junta de Freguesia em comunicado, elevando para 13 o número de casos ativos naquela localidade que continua a concentrar a maior parte dos testes positivos do atual surto.
No entanto, de acordo com a informação publicada, todos os testes efetuados aos trabalhadores da Junta de Freguesia presidida por Nélia Campino (CDU) tiveram, até ao momento, resultado negativo.
A testagem no concelho vai prosseguir ao longo dos próximos dias “na comunidade e aos grupos profissionais que lidam com pessoas mais vulneráveis”, de acordo com a nota emitida pela Câmara de Montemor-o-Novo.
Os números divulgados referem-se aos testes cujos resultados foram conhecidos até às 23:00 de sexta-feira e incluem um caso positivo já detetado anteriormente ao atual surto e dois internamentos hospitalares, um dos quais em unidade de cuidados intensivos.
A autarquia alentejana ativou, na segunda-feira, o Plano Municipal de Emergência (PME) de Proteção Civil, que se encontra em vigor até ao dia 31 deste mês.
“A ativação do PME é uma resposta imediata à necessidade de direção e coordenação no âmbito da Proteção Civil em apoio às Autoridades de Saúde Pública, assegurando a articulação das várias entidades envolvidas na prevenção e resposta ao surto, bem como a garantia de mobilização atempada de meios e recursos”, explicou a presidente da câmara, Hortênsia Menino, em comunicado.
O surto de covid-19 em Montemor-o-Novo foi divulgado na segunda-feira pela diretora-geral da Saúde, Graça Feitas, referindo que “ainda está em investigação” a ligação deste foco da doença ao surto do concelho vizinho de Mora, onde existem 54 infetados, de acordo com a última atualização fornecida pelas autoridades locais.
África contabiliza hoje 27.322 mortes
O número de mortes por covid-19 em África é hoje de 27.322, mais 354 do que na sexta-feira, num universo de 1.168.185 infetados no continente, cujas regiões Austral e do Norte são as mais afetadas, segundo dados oficiais.
O número de mortes causadas pelo vírus SARS-CoV-2 no continente africano nas últimas 24 horas foi de 354 e foram registadas mais 9.968 pessoas infetadas, tendo 889.388 sido declaradas como recuperadas, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 países-membros da organização.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 642.043 infetados e 13.708 vítimas mortais.
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 603.338 doentes infetados e 12.843 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 206.674 pessoas infetadas e 7.861 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 153.182 e o de vítimas mortais para 2.304.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é hoje de 113.728 e 2.427 mortos e na África Central são contabilizados hoje 52.558 casos de infeção e 1.022 óbitos.
O Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 97.148 infetados e 5.231 óbitos, seguindo-se a Argélia, com 41.111 e 1.405 mortes.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 51.304 infetados e 996 óbitos, e o Sudão, com 12.623 casos e 812 vítimas mortais.
Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.412 casos e 37 mortos), seguindo-se Moçambique (3.195 casos e 20 mortos), Guiné-Bissau (2.149 casos e 33 mortos), Angola (2.068 infetados e 94 mortos) e São Tomé e Príncipe (891 casos e 15 mortos), de acordo com os dados divulgados pelas autoridades oficiais destes países.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 4.892 infetados e 83 óbitos, um número divulgado pelas autoridades equato-guineenses em 01 de agosto e que não foi, desde então, atualizado.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
Primeiro-ministro sueco diz que país escolheu a estratégia “correta”
O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, defendeu este sábado que o seu país escolheu a estratégia “correta” contra a pandemia, apesar de o número de mortes na Suécia ter sido muito superior ao resto dos países escandinavos.
“Creio que escolhemos o caminho correto. A estratégia foi a correta: proteger os cidadãos e evitar a transmissão. O mais discutido e que fizemos diferente na Suécia foi não encerrar as escolas. Mas, agora, há muitos que pensam que foi acertado”, afirmou, numa entrevista ao principal diário sueco Dagens Nyheter.
A Suécia, que apostou em medidas menos restritivas do que a maioria dos países, registou 5.810 mortes, cinco vezes mais que a Dinamarca e nove vezes mais do que a Finlândia, mas registou uma taxa de mortalidade inferior à da Espanha, Itália, Reino Unido ou Bélgica.
Ao contrário de outros países nórdicos, que encerraram espaços públicos na primavera mas não confinaram a população, a Suécia optou por muitas recomendações e algumas proibições, sem com isso levar ao encerramento de escolas, bares ou restaurantes.
Na entrevista, o primeiro-ministro sueco salientou que será “inteligente” esperar pelo resultado de uma comissão de investigação criada pelas autoridades suecas para chegar a uma conclusão definitiva sobre a estratégia adotada no país.
Stefan Löfven apoiou ainda a decisão da Agência de Saúde Pública sueca de não recomendar, de momento, o uso de máscaras.
“Dizem – e eu acredito nisso – é que não deve ser a ferramenta principal. O importante é manter a distância social, os testes e os rastreios”, defendeu o primeiro-ministro.
Casos na Índia sobem para quase 3 milhões com propagação no sul
A Índia registou um novo salto nas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, à medida que a doença se espalha pelos estados do sul do país, após ter estagnado na capital e no centro financeiro de Mumbai.
O Ministério da Saúde da Índia reportou hoje 69.878 novos casos, elevando o total para 2.975.701. Globalmente, a Índia tem revelado o maior aumento diário de casos de covid-19 durante 18 dias consecutivos.
Cerca de 2,2 milhões de pessoas recuperaram da doença na Índia desde que o primeiro caso foi diagnosticado em finais de janeiro.
A Índia tem o terceiro maior número de casos a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil, e as suas 55.794 mortes dão-lhe o quarto maior número de mortes do mundo.
Número de casos diários na Alemanha ultrapassa os 2.000
O número de novos casos de contaminação pelo novo coronavírus na Alemanha ultrapassou os 2.000 nas últimas 24 horas, o nível mais alto desde o final de abril, disseram hoje as autoridades locais.
O instituto de vigilância sanitária alemão RKI registou 2.034 novos casos, elevando o número de infetados desde o início da pandemia para 232.082. Registaram-se também sete novas mortes, o que neste caso eleva o número de óbitos no país para 9.267.
O número de novos casos diários aumentou acentuadamente nos últimos dias. As autoridades explicam esta situação pelo retorno de muitos turistas alemães do estrangeiro das férias de verão de áreas de risco.
Alguns especialistas também destacam um número crescente de testes entre a sua população.
“A tendência no número de casos que estamos a testemunhar agora é preocupante”, disse na sexta-feira o porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, Steffen Seibert.
“Esta situação deve preocupar-nos”, acrescentou, exortando a população a mostrar responsabilidade, respeitando os gestos de distanciamento social e a usar máscara onde for necessário.
Estados Unidos com 1.067 mortes e 47.031 casos
Os Estados Unidos registaram nas últimas 24 horas mais 1.067 mortes causadas pela covid-19, além de 47.031 novos casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.
A contagem desde o início da pandemia eleva-se agora para 5.618.133 infeções, além de 175.245 óbitos, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de sexta-feira (01:00 de hoje em Lisboa).
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes, mais de 32 mil, um número superior ao de países como França ou Espanha.
Seguem-se New Jersey, com 15.941 mortos, Califórnia, com 11.886, Texas, com 11.391, e Florida, com 10.168.
Em termos de infeções, a Califórnia registou 656.703, desde o início da pandemia, seguindo-se a Florida, com 593.286, o Texas, com 584.905, e Nova Iorque, com 428.512.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.
Brasil soma 1.054 mortes e 30.355 casos
O Brasil somou 1.054 mortes e 30.355 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 113.358 óbitos e 3.532.330 infetados, informou hoje o Ministério da Saúde.
De acordo com a tutela, 374 das 1.504 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas só foram incorporadas nos dados de hoje, após confirmação da causa de óbito.
As autoridades investigam ainda a eventual relação de 3.201 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus, que tem agora uma taxa de letalidade de 3,2% no país sul-americano.
Além de ser o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, apenas atrás dos Estados Unidos da América, o Brasil é também a segunda nação com maior número de pacientes recuperados (2.670.755), sendo que 748.217 infetados continuam sob acompanhamento médico.
Em território brasileiro, o foco da pandemia encontra-se em São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, com cerca de 46 milhões de habitantes, que concentra oficialmente 735.960 pessoas diagnosticadas com covid-19 e 28.155 vítimas mortais.
Pela primeira vez desde a chegada da pandemia ao Brasil, registada oficialmente no país em 26 de fevereiro, o estado de São Paulo não tem regiões na “fase vermelha”, a mais restritiva de um plano de flexibilização da economia elaborado pelas autoridades locais, informou hoje o Governo estadual.
“São bons sinais que indicam que a pandemia no estado está em declínio em São Paulo (…). Esses bons sinais fortalecem-nos no enfrentamento da pandemia, mas devem ser registados com muita prudência, cautela e atenção”, afirmou hoje à imprensa o vice-governador estadual, Rodrigo Garcia.
O “Plano São Paulo” dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércio e atividades são divididas em vermelha (1), a mais restrita, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5), a mais branda.
Além de não ter nenhuma região na fase vermelha, São Paulo também não tem nenhum município nas categorias verde e azul.
O Brasil, que tem cerca de 210 milhões de habitantes, fez mais de 11 milhões de testes desde o início da pandemia, mas apenas 38% deles foram do tipo RT-PCR – o único capaz de identificar se o vírus ainda está ativo no corpo humano –, segundo um levantamento feito pelo portal de notícias G1, com dados das secretarias estaduais de saúde.
De acordo com as informações recolhidas, o Brasil faz, na maioria, testes sorológicos – que identificam anticorpos ao vírus -, o que indica que a testagem no país sul-americano não é eficaz, segundo especialistas ouvidos pela rede Globo.
“Apesar do aumento do volume total de testes, grande parte dos novos testes que o Brasil tem feito nos últimos meses são imunológicos. Os testes de laboratório continuam numa quantidade constante desde o fim de maio. Esse número precisa de aumentar se queremos seguir para uma reabertura consciente e controlando a situação daqui para a frente”, disse ao G1 o especialista em microbiologia Atila Iamarino.
São Tomé e Príncipe regista quatro novos casos em 48 horas
São Tomé e Príncipe registou nas últimas 48 horas quatro novos casos de covid-19, totalizando agora 891 infeções, disse hoje a porta-voz do Ministério da Saúde, Isabel dos Santos.
Estes quatro novos casos resultam de 49 testes realizados nos últimos dois dias, sendo que na quinta-feira registou-se um caso e hoje três novas infeções.
Os dados foram avançados pela porta-voz do Ministério da Saúde na atualização do boletim diário sobre o novo coronavírus.
De acordo com a mesma fonte, um paciente foi internado hoje no hospital de campanha e 45 outros encontram-se em isolamento domiciliar.
Um total de 830 pessoas infetadas com covid-19 são consideradas recuperadas, mantendo-se em 15 o número de óbitos registados até agora no país.
Em África, há 26.968 mortos confirmados em mais de 1,1 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos. Angola regista 93 mortos e 2.044 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.892 casos), Cabo Verde (37 mortos e 3.368 casos), Guiné-Bissau (33 mortos e 2.149 casos), Moçambique (20 mortos e 3.195 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 891 casos).
Angola regista mais um morto e 24 novos casos positivos
Angola registou 24 novas infeções pelo novo coronavírus e mais um óbito, de uma mulher angolana de 84 anos, além da recuperação de 62 pessoas, informou hoje o secretário para a Saúde Pública.
De acordo com Franco Mufinda, no balanço da pandemia de covid-19 em Angola, o país totaliza agora 2.068 casos, 94 óbitos, 804 dados como recuperados e 1.170 ativos, que espelha uma desaceleração dos casos ativos.
Dos novos casos, sete foram registados no município do Soyo, província do Zaire, seis na província de Cabinda, um em Caxito, província do Bengo, e os restantes em Luanda, capital do país.
O grupo de infetados é composto por 17 homens e sete mulheres, com idades entre os 12 e 57 anos.
O governante angolano informou que entre os casos ativos, quatro pessoas encontram-se em estado crítico, sob ventilação mecânica invasiva, 14 em estado grave, 31 moderados, 29 leves e 1.092 assintomáticos.
Relativamente aos testes laboratoriais, foram processadas 632 amostras, das quais 24 foram positivas e o acumulado aponta para 52.239 amostras processadas, sendo 2.068 positivas.
O processo de testagem aos agentes da Polícia Nacional, iniciado quinta-feira, prossegue, tendo sido já testados 4.200 pessoas, faltando 5.800 para somar o total de 10.000.
Número de novos casos em França mantém-se acima dos 4.500
O número de novos casos em França nas últimas 24 horas foi de 4.586, continuando assim acima dos 4.500 pelo segundo dia consecutivo, segundo dados divulgados pelas autoridades francesas.
No total, desde o início da pandemia em França, já foram confirmados 234.400 casos, com mais de 20 mil a serem confirmados só esta semana, anunciou hoje a Saúde Pública França.
Nas últimas 24 horas foram ainda registadas 23 novas mortes devido à covid-19, elevando assim o total de óbitos em França para 30.503.
O número de focos de contaminação continua a subir com 41 novos focos registados nas últimas 24 horas. Há agora 283 focos a serem investigados em França.
Cabo Verde com mais 44 infetados
Cabo Verde registou mais 44 novos infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado no arquipélago, desde 19 de março, a 3.412 casos da doença, revelou o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o ministério referiu que os laboratórios de virologia processaram desde quinta-feira 351 amostras, das quais 30 deram resultado positivo para o novo coronavírus no concelho da Praia, capital do país.
Ainda na ilha de Santiago, foram registados casos positivos de covid-19 nos concelhos de São Salvador do Mundo (03), São Lourenço dos Órgãos (03), Santa Cruz (02), São Domingos (01) e Tarrafal (01).
Foram igualmente confirmados dois novos casos da doença na ilha do Sal, o segundo principal foco de transmissão no arquipélago, depois do concelho da Praia.
A ilha do Fogo, que esta semana diagnosticou os primeiros casos da doença, confirmou mais dois infetados nas últimas 24 horas.
Foram ainda consideradas recuperadas da doença 36 pessoas nas últimas 24 horas.
Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 3.412 casos da doença desde 19 de março, quando foi diagnosticado o primeiro doente com covid-19, distribuídos por oito das nove ilhas habitadas, e 37 mortos.
Desse total, 875 casos permanecem ativos e 2.498 foram dados como recuperados, enquanto dois cidadãos estrangeiros infetados foram transferidos para os países de origem, segundo os dados do Ministério da Saúde.
Em conferência de imprensa para fazer um balanço da pandemia no arquipélago, o diretor Nacional de Saúde de Cabo Verde, Artur Correia, anunciou que o país já realizou, até hoje, mais de 46.500 testes rápidos à covid-19 e acima de 30.000 testes moleculares (PCR) de diagnóstico, sendo por isso, disse, o “segundo país” que mais testa no continente africano por milhão de habitantes.
“E o 42.º entre 196 países, em todo o mundo”, enfatizou.
OMS esperançada com fim da pandemia em menos de dois anos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou ontem a esperança de que a pandemia da covid-19 acabe “em menos de dois anos”, mas avisou que uma vacina, “ferramenta vital”, poderá não existir tão rápido quanto desejável.
A ideia foi expressa pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em videoconferência de imprensa, a partir da sede da organização, em Genebra, na Suíça.
“A vacina será uma ferramenta vital, esperemos que tenhamos uma o mais rápido possível, mas não há garantia de que isso ocorrerá”, afirmou, acrescentando que, por agora, o combate à propagação do coronavírus que causa a covid-19 tem de ser feito com outras ferramentas, como o distanciamento físico, a higienização das mãos e o uso de máscaras, e com “ajustes à vida diária”.
Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, se num mundo globalizado, em que as pessoas estão mais próximas umas das outras, o “vírus tem mais hipótese de se disseminar”, também é nele que há “melhores tecnologias para o controlar”.
“A nossa esperança é acabar com esta pandemia em menos de dois anos”, disse, apontando as vacinas como as “ferramentas novas” para se alcançar esse fim.
O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, lembrou ainda, apoiando-se na História, que os vírus respiratórios pandémicos se tornam sazonais com o passar do tempo.
“Esperemos que haja vacinas para controlar a pandemia”, reforçou.
Espanha soma 3.650 casos nas últimas 24 horas, um terço dos quais em Madrid
O Ministério da Saúde espanhol anunciou ontem que contabilizou mais 8.148 casos da doença covid-19, 3.650 das quais nas últimas 24 horas, sendo que um terço foi registado na Comunidade de Madrid, que somou 1.199 novos contágios.
Com estes dados, o número total de contágios desde o início da pandemia subiu para 386.054.
Ainda segundo o último relatório das autoridades sanitárias, 28.838 pessoas já morreram em consequência da pandemia de covid-19, 125 das quais durante a última semana.
Depois de Madrid, e face à ausência de dados de Cantábria, a comunidade com mais casos detetados nas últimas 24 horas foi o País Basco, com 685, seguido de Aragão (342), e Andaluzia (303).
Reino Unido com duas mortes e 1.033 infeções reforça restrições em partes do país
O Reino Unido registou mais duas mortes e 1.033 infeções de covid-19 nas últimas 24 horas, anunciou ontem o Ministério da Saúde britânico, que reforçou as restrições em algumas partes do país devido ao aumento do índice de contágio.
Na quinta-feira tinham sido registadas 16 mortes e 812 novas infeções.
O balanço oficial acumulado de mortes de pessoas que testaram positivo passou hoje para 41.405 óbitos, e o número de infeções diagnosticadas desde o início da pandemia de covid-19 é de 323.313 casos.
Os números sugerem que a situação está a piorar e a disseminação do vírus pode estar a aumentar em vez de diminuir, de acordo com os cientistas que aconselham o governo britânico.
Segundo o Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências (SAGE), o índice de contágio ‘R’ do novo coronavírus continua e aumentou para entre 0,9 e 1,1, com destaque para Londres, nas regiões noroeste e sudoeste da Inglaterra.
O Ministério da Saúde decidiu reforçar as restrições relacionadas com a pandemia de covid-19 em várias áreas do noroeste de Inglaterra, enquanto que Birmingham, a segunda cidade mais populosa do Reino Unido, foi colocada sob vigilância devido a um surto de casos.
A partir da meia-noite, os residentes das cidades de Oldham e Blackburn, bem como partes do distrito de Pendle, que tem quase meio milhão de habitantes, não poderão encontrar-se com pessoas de agregados familiares diferentes, seja em espaços interiores ou ao ar livre.
No entanto, as autoridades não impuseram um confinamento total, pelo que restaurantes, bares e creches vão continuar abertos, e as escolas mantêm a reabertura planeada para o início de setembro.
Segundo o governo, “os dados locais indicam que o aumento (dos casos positivos) continua a ser provocado por encontros entre pessoas de grupos de idades mais jovens, entre os 20 e os 39 anos”.
Em Birmingham, acrescentou, “os casos da covid-19 estão a aumentar rapidamente”, sendo mais da metade dos casos na semana passada registados entre jovens de 18 a 34 anos.
Restrições em vigor vão continuar nas regiões de Lancashire, Área Metropolitana de Manchester e West Yorkshire, onde são permitidos encontros entre dois agregados familiares.
Na cidade de Northampton, no centro de Inglaterra, também foi identificado um surto quase exclusivamente ligado aos trabalhadores empresa Greencore, que produz sanduíches para supermercados, e onde quase 300 trabalhadores tiveram resultado positivo.
A fábrica decidiu fechar voluntariamente a partir de sexta-feira e os funcionários e famílias vão ficar em isolamento em casa durante duas semanas.
Números continuam a subir em Itália com quase 1.000 novos casos num dia
Itália continua a registar um aumento de contágios do novo coronavírus com 947 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, quase o dobro dos registados há uma semana, segundo dados do Ministério da Saúde.
De quinta-feira para ontem, registaram-se nove mortes associadas à covid-19.
No total, desde o início da pandemia, em fevereiro, Itália contabiliza 257.065 casos de infeção e 35.427 mortes.
O país tem registado desde há uma semana um aumento consistente de novos casos, atingindo níveis que não se verificavam desde maio.
A região mais afetada continua a ser a Lombardia (norte), com 174 casos nas últimas 24 horas, contra 154 na véspera.
Segue-se a Lácio, região da capital, Roma, menos afetada durante o pico da pandemia mas que ao longo do verão tem registado um forte crescimento de casos, com 137 novos casos de quinta-feira para hoje.
Com grande parte (28,3%) dos novos casos classificados pelas autoridades de saúde como importados, o Governo italiano reforçou o controlo das chegadas de passageiros provenientes de países considerados “de risco”, como Espanha, Grécia e Malta.
Também foi reforçado o controlo dos locais de lazer noturnos, identificados como origem de muitos dos novos contágios, tendo sido decretado o encerramento das discotecas.
A idade média dos novos casos situa-se nos 30 anos.
Segundo o relatório semanal do Instituto de Saúde italiano, “a circulação [do vírus] ocorre agora com maior frequência entre os mais jovens, num contexto de reabertura dos locais de reunião e da maior mobilidade”.
Um dos países europeus mais afetados pela atual pandemia, a Itália iniciou, em maio, um plano faseado de desconfinamento da população e uma retoma gradual da atividade económica, após mais de dois meses de confinamento.
Mais 80 casos em Moçambique elevam total para 3.195
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais 80 casos positivos de covid-19, elevando o total para 3.195 e mantendo-se com 20 óbitos, informou ontem o Ministério da Saúde.
Dos 80 casos hoje reportados, seis são menores de 5 anos, lê-se num comunicado distribuído à comunicação social.
Os novos casos estão distribuídos entre as províncias de Maputo (20), Cabo Delgado (09), Tete (01), Nampula (09), Manica (01), Gaza (03)e cidade de Maputo (37).
“Os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliar. Neste momento decorre o processo de mapeamento dos seus contactos”, acrescenta o comunicado.
Das 3.195 infeções que o país já registou, 2.961 casos são de transmissão local e 234 casos são importados.
O Ministério da Saúde contabiliza 1.406 indivíduos (44%) totalmente recuperados, havendo também o registo de 20 óbitos.
A cidade de Maputo possuiu o maior número de infeções ativas, com 807, seguido da província de Maputo, com 318, e Nampula, com 239,sendo que as restantes seguem com menos de 180 casos.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, o país testou um total de 83.886 pessoas suspeitas e foram rastreadas pouco mais de 1,8 milhões de pessoas.
Portugal já fez cerca de 1,9 milhões de testes
Portugal já realizou cerca de 1,9 milhões de testes de rastreio à covid-19, anunciou ontem o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que assegurou não ter havido uma redução da capacidade de testagem em agosto.
Na conferência de imprensa de atualização sobre a evolução da pandemia no país, o governante adiantou que a média de testes neste mês se situa “nos 13.600 por dia”, realizados por uma centena de laboratórios públicos, privados e universitários/militares, e que a capacidade laboratorial será ainda reforçada nos próximos meses.
“Desde 01 de março foram feitos cerca de 1,9 milhões de testes de diagnóstico à covid em Portugal. Apesar de ser um período de férias por excelência, em agosto, não houve um decréscimo da testagem”, explicou, detalhando a distribuição dos testes: “47,4% dos testes são feitos em laboratórios públicos, 40,5% em laboratórios privados e 12,1% em laboratórios da academia e militares. Esta rede será, porém, expandida no âmbito da estratégia integrada outono-inverno”.
Relativamente a outras estatísticas sobre a pandemia no país, António Lacerda Sales revelou que a taxa de letalidade global é agora de 3,2%, sendo que a taxa de letalidade acima dos 70 anos está atualmente nos 15,5%.
Paralelamente, o secretário de Estado da Saúde disse que a situação da propagação do vírus nos lares de idosos “mantém alguma estabilidade”, mas assegurou que as autoridades continuam “a acompanhar com atenção os surtos no terreno”, valorizando o trabalho em articulação com a Segurança Social, as instituições e as câmaras municipais.
“Há 70 estruturas residenciais para pessoas idosas com casos positivos, o que corresponde a 2,8% do universo de estruturas residenciais para idosos em Portugal. São 532 utentes e 229 profissionais destas unidades positivos. 102 utentes estão internados em unidades hospitalares”, precisou.
Processo de distribuição da vacina deve ocorrer a partir do fim do ano
O arranque do processo de distribuição da vacina para a covid-19 deve acontecer a partir do final do ano, revelou ontem o secretário de Estado da Saúde na conferência de imprensa de atualização sobre a pandemia.
“O início do processo de distribuição deverá ocorrer a partir do final do ano, mas sempre dependendo da avaliação da Agência Europeia do Medicamento. É uma luz que se começa a avistar ao fundo do túnel”, referiu António Lacerda Sales, a propósito do recente anúncio da compra de 6,9 milhões de vacinas, num investimento estimado de 20 milhões de euros.
Segundo o governante, a estratégia de vacinação “será determinada pela Direção-Geral da Saúde”, mas lembrou que até a vacina ser uma realidade, é necessário persistir no esforço de prevenção da propagação do novo coronavírus.
“Até à chegada da vacina, a única vacina de que dispomos é a prevenção, a antecipação e a preparação, é isso que continuamos a fazer, com o robustecimento do Serviço Nacional de Saúde. Continuamos a contar com a resiliência dos portugueses até ultrapassarmos este grande desafio”, vincou.
O presidente do Infarmed – Autoridade do Medicamento, Rui Santos Ivo, esteve igualmente presente na conferência e esclareceu que as vacinas vão chegar em “diferentes prazos” à população, devido também às diferentes fases de desenvolvimento em que se encontram neste momento.
“Há três fatores muito importantes: o primeiro é o tempo – quando vamos dispor das vacinas; o segundo tem a ver com as características das vacinas; e o terceiro diz respeito às próprias condições de acesso às vacinas. O que este processo visa é criar um portefólio de opções que nos permita depois dar uma resposta”, afirmou, acrescentando: “Teremos de ter vacinas em diferentes prazos, não vão surgir todas ao mesmo tempo”.
O líder da Autoridade do Medicamento enfatizou, uma vez mais, “a antecipação” e a “incerteza” com que o processo está a ser conduzido entre os Estados-membros e a Comissão Europeia, bem como o cariz coletivo da estratégia.
“O que está a ser feito é apoiar também o processo de desenvolvimento e produção das vacinas”, sublinhou Rui Santos Ivo, assinalando a preponderância da avaliação pela Agência Europeia do Medicamento: “Temos de dispor de dados de segurança e eficácia das vacinas, um mínimo de informação que nos permita avançar para a sua utilização. Temos também de saber se vamos administrar apenas uma dose ou mais, o regime que vai ser aplicado também resultará dessa avaliação”.