O Estado alemão pagou 10.000 milhões de euros a mais em ajudas a empresas afetadas pelas restrições devido à pandemia de covid-19, segundo contas do diário Die Welt, que cita dados do instituto alemão de economia (IW).
As compensações às empresas, que contemplam até 75% de perdas face ao faturado em novembro de 2019, acabaram por ser em vários casos superiores às receitas que teriam sido geradas, de acordo com os cálculos.
Esta situação é especialmente evidente na restauração, um setor que está paralisado desde 02 de novembro na Alemanha e para o qual não se prevê uma reabertura antes de janeiro.
As estimativas do jornal baseiam-se nos cálculos da IW, segundo os quais as compensações não são realistas em relação ao que realmente se perde, uma vez que não são devidamente contemplados os custos que teriam ao permanecer abertos.
A Alemanha ultrapassou as 16 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, embora se tenha observado uma tendência de desaceleração relativamente a novas infeções, de acordo com dados hoje atualizados pelo Instituto Robert Koch (RKI).
Segundo a informação disponível, a Alemanha registou 14.611 casos de covid-19 nas últimas 24 horas e 158 vítimas mortais.
No domingo da semana passada, o número de novas infeções foi de 15.724 casos e 138 mortos, segundo o RKI.
A chanceler Angela Merkel e líderes regionais concordaram, na última quarta-feira, em estender as medidas atuais até ao final de janeiro, inicialmente previstas apenas para novembro.
Isto significa que os bares e restaurantes continuarão encerrados, assim como ginásios, museus, cinemas ou salas de espetáculos.