Os utentes esperam cada vez mais por uma consulta ou cirurgia no Serviço Nacional de Saúde. Por exemplo, um utente não prioritário, que precise de uma consulta de oftalmologia tem de esperar de quase três anos, no Hospital de Portimão.
No máximo, o Serviço Nacional de Saúde deveria demorar entre 45 a 60 dias a responder ao pedido de um utente prioritário que precisa de uma cirurgia. No entanto, quando consultados os tempos médios de espera atualmente, conclui-se que, em alguns casos, a resposta pode demorar mais de três meses a chegar.
Nos Hospitais da Universidade de Coimbra, um doente não prioritário sem uma doença oncológica tem de esperar 424 dias, ou seja, cerca de um ano e dois meses, por uma cirurgia vascular. Já em Santarém, os casos prioritários para uma cirurgia vascular têm esperar 230 dias.
Em Lisboa, no Hospital Dona Estefânia, o tempo médio para uma cirurgia pediátrica é superior a um ano, mas se o caso for urgente diminui para apenas um dia.
Nas consultas a situação é ainda pior. No Hospital de Faro, quem quiser ser consultado em cardiologia terá de esperar em média quase um ano. Também em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, e nos hospitais da universidade de Coimbra continua a tendência de espera por uma consulta em diferentes especialidades. Na neurocirurgia, um doente prioritário tem se esperar quase oito meses.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL