Portugal regista mais cinco mortes relacionadas com a covid-19 e 123 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje divulgado.
De acordo com o boletim da DGS, desde o início da pandemia até hoje, registaram-se 55.720 casos de infeção e 1.801 mortes.
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais novos casos nas últimas 24 horas, com 63 infeções confirmadas, contabilizando 28.816 casos.
Três dos cinco óbitos ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, que totaliza agora 649 mortos, e dois na região Norte que contabiliza 845 mortes e 19.972 casos (mais 43 nas últimas 24 horas).
A região Centro contabiliza 4.669 casos confirmados (mais 8), o Algarve 1.034 (mais 6), e o Alentejo regista 887, um valor que se mantém inalterado em relação a domingo. Nenhuma destas regiões registou qualquer novo óbito por covid-19.
Nos Açores foram registados mais três casos nas últimas 24 horas e na Madeira não houve qualquer mudança face aos números de domingo.
Os Açores totalizam 202 casos desde o início da pandemia e 15 mortes, e a Madeira 140 casos e nenhum óbito por covid-19.
De acordo com o boletim, houve mais 106 doentes recuperados, totalizando 40.880 casos de recuperação.
A DGS indica também que há mais quatro doentes internados, totalizando 321, e menos um nos cuidados intensivos (44) em relação a domingo.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo entre os 40 e os 49 anos que se registam mais infeções, contabilizando-se um total de 9.194, seguida da faixa etária entre os 30 e os 39 anos, com 9.149 casos, e entre os 20 e os 29 anos, com 8.672.
Os dados indicam ainda que houve 25.058 homens e 30.6620 mulheres infetados desde o início da pandemia.
Do total de vítimas mortais, 907 são homens e 894 são mulheres.
O maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos, com 1.203 mortes registadas desde o início da pandemia, seguindo-se as faixas entre os 70 e os 79 anos (353).
Três dos óbitos registados nas últimas 24 horas foram de pessoas na faixa etária dos 70 aos 79 anos e os outros dois de pessoas com mais de 80 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 34.388 pessoas (menos 25 do que na véspera).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Algarve já apenas tem 210 casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até quinta-feira elevava-se a 999 (DGS apresenta hoje 1.034), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de quinta-feira, dia 20, a região do Algarve apresentava 210 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 770 que já se encontram recuperados.
Até quinta-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 61% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 61, Albufeira com 40 e Faro com 30.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 8 concelhos: Aljezur, Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Vila Real de Santo António com apenas 1, Monchique com 3, Lagoa com 4 e Olhão e Tavira com 8 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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A última atualização semanal às 23:59, de 20 de agosto, referente aos números do Algarve divulgada pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro e que refere 999 casos Covid-19 confirmados, dos quais já apenas 210 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere que “de 5 de agosto até ao dia de hoje, realizaram-se, em 15 municípios da Região do Algarve, nomeadamente: Albufeira (6), Alcoutim (3), Aljezur (1), Castro Marim (1), Faro (12), Lagos (7), Loulé (13), Monchique (2), Olhão (4), Portimão (10), São Brás de Alportel (2), Silves (5), Tavira (8), Vila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (2), 78 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19”.
Foi igualmente, com o apoio de uma Unidade Hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm suporte social para ficar nas suas residências. Esta ZAP foi acionada, pela primeira vez, a 19 de agosto.
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DIARIAMENTE, AS NOTÍCIAS MAIS RELEVANTES SOBRE COVID-19 POR ORDEM CRONOLÓGICA:
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Primeiro-ministro vai reunir-se com Ordem dos Médicos na terça-feira
O primeiro-ministro vai reunir-se com a Ordem dos Médicos na terça-feira de manhã, disse à Lusa fonte do gabinete de António Costa, depois de aquela entidade ter hoje solicitado uma audiência urgente com o chefe do Governo.
Em comunicado divulgado hoje de manhã, a OM solicitava, com caráter de urgência, uma audiência ao primeiro-ministro e considerava ofensivas as declarações de António Costa numa conversa privada com jornalistas do jornal Expresso.
Contactado pela Lusa sobre este pedido de reunião, o gabinete do primeiro-ministro respondeu que a mesma foi marcada para terça-feira de manhã, não tendo sido, por enquanto, divulgadas horas, nem se haverá declarações no final do encontro.
No comunicado, a OM considera que as afirmações de António Costa “independentemente de serem proferidas de forma pública ou em privado, traduzem um estado de espírito ofensivo para os médicos e um sentimento negativo por uma classe profissional”.
Em causa está um pequeno vídeo, de sete segundos, que circula nas redes sociais, que mostra António Costa numa conversa privada com jornalistas alegadamente chamando “cobardes” aos médicos envolvidos no caso do surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz, que matou 18 pessoas.
“Declarações ofensivas para todos os médicos e para os doentes que precisam de nós, sobretudo os mais vulneráveis, são um mau serviço dos governantes ao país, e em nada contribuem para a necessária união num momento de pandemia”, sublinha a OM.
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Ordem dos Médicos pede reunião urgente a António Costa
A Ordem dos Médicos (OM) solicitou, com caráter de urgência, uma audiência ao primeiro-ministro e considerou ofensivas as declarações de António Costa numa conversa privada com jornalistas do jornal Expresso.
“Estas afirmações, independentemente de serem proferidas de forma pública ou em privado, traduzem um estado de espírito ofensivo para os médicos e um sentimento negativo por uma classe profissional”, refere a OM em comunicado hoje divulgado.
A afirmação refere-se a um pequeno vídeo, de sete segundos, que circula nas redes sociais, que mostra António Costa numa conversa privada com jornalistas alegadamente chamando “cobardes” aos médicos envolvidos no caso do surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz, que matou 18 pessoas.
“Declarações ofensivas para todos os médicos e para os doentes que precisam de nós, sobretudo os mais vulneráveis, são um mau serviço dos governantes ao país, e em nada contribuem para a necessária união num momento de pandemia”, sublinha a OM.
Além do pedido de uma audiência a António Costa, o bastonário convocou para hoje o Fórum Médico, composto por todas as estruturas nacionais representativas dos médicos.
Federação dos Médicos repudia palavras do primeiro-ministro e exige respeito
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) repudiou hoje as declarações do primeiro-ministro, numa curta conversa privada com jornalistas do Expresso, e pede respeito pelos médicos e o apuramento das responsabilidades no caso das mortes num lar em Reguengos.
Em comunicado a FNAM alude a um pequeno vídeo, de sete segundos, que circula nas redes sociais, que mostra António Costa numa conversa privada com os jornalistas alegadamente chamando “cobardes” aos médicos envolvidos no caso do surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz, que matou 18 pessoas.
“Estas declarações, proferidas por um chefe de Governo, são chocantes e totalmente inapropriadas, insultando de forma vergonhosa e indigna todo um grupo profissional cuja competência, capacidade de trabalho e resiliência para exercer a sua profissão em condições cada vez mais degradadas, pondo os interesses dos doentes acima de qualquer outra consideração, não pode ser contestada”, afirma a federação dos médicos.
A estrutura sindical desmente também as afirmações de António Costa de que os médicos se recusaram a prestar serviço no lar.
“Os médicos têm vínculo com a sua entidade empregadora, que não é o lar de Reguengos de Monsaraz, e têm obrigações para com os utentes da unidade onde desempenham funções – o Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central”, refere a nota.
Segundo a FNAM, os médicos prestaram assistência aos utentes do lar “de forma voluntária, apesar das condições desumanas em que os encontraram, e cumpriram a sua obrigação de denúncia desta situação de abandono e da falta de segurança em que lhes foi exigido desempenhar as suas funções”.
A FNAM exige que António Costa se retrate “das declarações insultuosas” que proferiu e que o presidente da administração regional de Saúde do Alentejo, a diretora-geral da Saúde e as ministras da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social “assumam as suas responsabilidades” no caso do lar de Reguengos.
Surto de Montemor-o-Novo sobe para 33 casos ativos após novo teste positivo
Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, registou no domingo um novo teste positivo de covid-19, o que elevou para 33 o número de casos ativos do surto no concelho, informou hoje a câmara municipal.
Os números, que incluem um caso ativo anterior ao atual surto, referem-se aos resultados dos testes conhecidos até às 17:30 de domingo, dia em que, pela primeira vez, numa semana, não houve registo de qualquer novo caso positivo.
Duas pessoas do concelho de Montemor-o-Novo continuam internadas no hospital de Évora, uma das quais na unidade de cuidados intensivos, num quadro que não sofre alterações desde quinta-feira.
A freguesia do Ciborro, com 13 testes positivos, concentra a maior parte dos casos positivos, apesar de não registar qualquer aumento pelo segundo dia consecutivo.
A autarquia alentejana ativou, em 17 de agosto, o Plano Municipal de Emergência (PME) de Proteção Civil, que se encontra em vigor até ao dia 31.
“A ativação do PME é uma resposta imediata à necessidade de direção e coordenação no âmbito da Proteção Civil em apoio às Autoridades de Saúde Pública, assegurando a articulação das várias entidades envolvidas na prevenção e resposta ao surto, bem como a garantia de mobilização atempada de meios e recursos”, explicou a presidente da câmara, Hortênsia Menino, em comunicado.
O surto de covid-19 em Montemor-o-Novo foi divulgado em 17 de agosto pela diretora-geral da Saúde, Graça Feitas, referindo que “ainda está em investigação” a ligação deste foco da doença ao surto do concelho vizinho de Mora, onde existem 62 infetados, de acordo com a última atualização fornecida pelas autoridades locais.
África regista mais 187 mortes e supera os 900 mil recuperados
África registou nas últimas 24 horas 187 mortes devido à covid-19, elevando o total de vítimas mortais para 27.779 em quase 1,2 milhões de casos, tendo ultrapassado a barreira dos 900 mil recuperados, segundo dados oficiais.
De acordo com Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados dos 55 membros desta organização, desde domingo foram registados mais 9.167 infetados, sendo o total de casos positivos de 1.187.937.
A África Austral continua a registar o maior número de casos e de mortos devido ao novo coronavírus: 650.167 infetados e 13.948 vítimas mortais.
Só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 609.773 infetados e 13.059 mortes.
O norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, com 211.702 doentes infetados e 8.002 mortos, seguindo-se a África Ocidental: 155.057 infetados e 2.318 mortos.
A África Oriental contabiliza 118.385 infetados e 2.486 mortos devido à covid-19, enquanto na África Central estão contabilizados 52.626 infetados e 1.025 vítima mortais do novo coronavírus.
A seguir à África do Sul, o Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, 5.262 mortos e 97.340 infetados, seguindo-se a Argélia, com 1.422 mortos, num universo de 41.904 infeções.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 52.227 casos1.002 mortes, e o Sudão: 12.836 infetados e 812 mortes.
Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.509 casos e 37 mortos), seguindo-se Moçambique (3.395 casos e 20 mortos), Guiné-Bissau (2.149 casos e 33 mortos, os mesmos números de sábado), Angola (2.171 infetados e 96 mortos) e São Tomé e Príncipe (891 casos e 15 mortos, os mesmos números de sábado), de acordo com os dados divulgados pelas autoridades oficiais destes países.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), atualizou no domingo os dados e registou 4.926, um aumento de 34 pessoas face aos 4.892 infetados registados a 1 de agosto, e 83 óbitos, número que mantém desde o princípio do mês.
México anuncia mais 264 mortes e quase quatro mil novos infetados
O México registou 264 mortes e 3.948 casos nas últimas 24 horas, elevando o número total de óbitos para 60.480 e o de infetados para 560.164, segundo o Ministério da Saúde.
Os óbitos acumulados apresentaram um crescimento percentual de 0,43% e os casos confirmados aumentaram 0,70% em comparação com os 60.254 óbitos e 556.216 infeções anunciadas no dia anterior.
O diretor de Epidemiologia, José Luis Alomía, confirmou que o número de exames de coronavírus realizados no país subiu para os 1.259.779 desde o início da pandemia.
EUA registam mais 715 mortos e cerca de 40 mil infetados
Os Estados Unidos registaram 715 mortos e cerca de 40 mil infetados nas últimas 24 horas, de acordo com um contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Com este balanço diário, os EUA elevaram o número de óbitos para 176.765 e o de casos confirmados para 5.699.804.
Apesar de Nova Iorque não ser mais o estado com maior número de infeções, continua a ser aquele com mais mortes (32.883), mais do que em França ou Espanha.
O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington estimou que por altura das eleições presidenciais agendadas para 03 de novembro os Estados Unidos terão ultrapassado as 250 mil mortes, com o número a subir para 295 mil a 01 de dezembro.
Angola com mais 37 novos casos positivos e duas mortes
As autoridades sanitárias angolanas registaram hoje 37 novos casos de covid-19 e dois óbitos, totalizando 2.171 infeções e 96 mortes.
Segundo o secretário de Estado para a Saúde, Franco Mufinda, recuperaram nas últimas 24 horas quatro doentes, somando as 818 recuperações, estando ativos 1.257 casos.
Os casos positivos têm idades entre os quatro e 67 anos, sendo 23 homens e 14 mulheres.
Do número de ativos, quatro estão em estado crítico, sob ventilação mecânica invasiva, 13 graves, 32 moderados, 40 leves e 1.168 assintomáticos.
Franco Mufinda frisou que o laboratório somou o cumulativo de 52.652 amostras processadas, sendo 2.171 positivas.
Relativamente à testagem massiva aos efetivos da Polícia Nacional, iniciada quinta-feira, foram testados hoje 1.452 agentes, sendo oito reativos com biomarcador IGM.
“Olhando o seguimento destes casos somamos o total de 9.400 agentes da Polícia que já foram testados, com os reativos apontando para 42 IGM, todos eles acompanhados na base da biologia molecular”, referiu o governante angolano.
PS considera “falsas” e “indecorosas” afirmações do Sindicato Independente dos Médicos
O PS considerou ontem “falsas” e “indecorosas” as afirmações do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), lembrando que foi emitido um despacho a determinar o seguimento clínico do doente com covid-19 que habite em lares.
“O PS repudia totalmente o comunicado do SIM porque é feito em termos indecorosos e consideramo-los falsos. O SIM sabe que foi emitido um despacho do gabinete da ministra da Saúde que determina que o seguimento clínico do doente da covid-19 que habite estabelecimento residencial para pessoas idosas, e cuja situação clínica não exija internamento hospitalar, não pode estar alheado da prestação de cuidados de saúde”, disse à agência Lusa a deputada socialista Hortense Martins.
A vice-presidente do grupo parlamentar do PS para a área da Saúde criticou o SIM, que em comunicado divulgado hoje começa por esclarecer que os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “não são médicos de lares” e que a determinação da Administração Regional de Saúde do Alentejo em “alocar ao lar” em questão equipas de médicos estava “ferida de ilegalidade face às convenções coletivas de trabalho”.
“No que se refere aos médicos das Unidades de Saúde Familiar, a própria Portaria n.º 1368/2007, de 18 de outubro, estabelece explicitamente que está excluída a prestação de cuidados de saúde em lares, casas de repouso, IPSS, e outros locais semelhantes (tabela II – núcleo base de serviços clínicos)”, acrescenta o SIM, dizendo que mesmo assim médicos da Unidade de Saúde Familiar Remo foram ao lar após o diagnóstico do primeiro caso.
Mas contrariando estas afirmações, a deputada socialista frisou, à Lusa, que “o SIM sabe que o doente com covid-19 que habite estabelecimento residencial para pessoas idosas tem o direito a ser acompanhado diariamente pelos profissionais de saúde dos ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde] da respetiva área de intervenção em articulação com o hospital da respetiva área de referência”.
Estas reações surgem a propósito do surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz, que provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar, e a morte de 18 pessoas, 16 delas do lar.
O primeiro-ministro assumiu sábado, numa entrevista ao Expresso que houve falhas na situação que envolveu o lar mas reforçou que a instituição “é de uma fundação privada” e que, “quando foi alertado, o Estado reagiu imediatamente”.
Costa reiterou que mantém confiança na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que tem sido criticada, e disse depois: “Não acordámos agora por causa do relatório de uma entidade [Ordem dos Médicos] que não tem competência legal para fazer esse estudo”.
Sobre esta matéria, e ainda sobre o comunicado do SIM, Hortense Martins destacou que “o SIM sabe que a Ordem dos Médicos não tem poder para fiscalizar o Estado, mas sim sobre o exercício das profissões” e enumerou as medidas recentes adotadas pelo executivo de António Costa, lamentando “os termos” das declarações do SIM, as quais voltou a adjetivar de “totalmente falsas e incorretas”.
“São geradoras de um ambiente que não é o propicio para encontrar soluções, nas quais todos devemos estar empenhados em encontrar (…). Nem tudo correu bem, e o senhor primeiro-ministro também já o reconheceu, mas agora é altura de procurar soluções. A investigação em curso pelas autoridades competentes virá dizer o que se passou, mas o SIM sabe muito bem que todos estão empenhados na melhor prestação de serviços possível aos utentes”, disse à Lusa Hortense Martins.
Paralelamente, a deputada socialista também criticou o SIM por aludir no seu comunicado a um vídeo que, frisou Hortense Martins, “já foi repudiado, tendo sido explicado publicamente que se baseia em afirmações descontextualizadas”.
Em causa está um pequeno vídeo, de sete segundos, que circula nas redes sociais, o qual mostra António Costa numa conversa privada com os jornalistas do Expresso alegadamente chamando “cobardes” a médicos envolvidos no caso do surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz.
O Expresso repudiou, numa nota da Direção, a divulgação desse conteúdo, afirmando que “os sete segundos do vídeo ilegal descontextualizam quer a entrevista, quer a conversa que o primeiro-ministro teve com o Expresso”.
O jornal acrescenta que “desencadeará, de imediato, os procedimentos internos e externos para apurar o que aconteceu e os responsáveis pelo sucedido”.
Mas no comunicado o SIM lê-se: “lamentamos, reprovamos e repudiamos em absoluto as palavras de Vossa Excelência”, e diz que “os médicos merecem e exigem respeito, muito mais partindo do chefe do Governo”.
A propósito deste episódio, Hortense Martins, reagiu às críticas dirigidas ao primeiro-ministro, reiterando que as afirmações aparecem “descontextualizadas” e pedindo “responsabilidade” nas reações.
“Temos de ser responsáveis e atendermos à substância das coisas e não tratarmos das coisas fazendo-as parecer o que realmente não são”, disse a disse a vice-presidente do grupo parlamentar do PS para a área da Saúde.
Também hoje, o CDS-PP e o Chega criticaram as afirmações do primeiro-ministro sobre médicos, que circulam nas redes sociais, e pediram uma retratação de António Costa e uma repreensão por parte do Presidente da República.
Paralelamente o partido Iniciativa Liberal (IL) considerou inaceitável que o primeiro-ministro “afirme que as ordens profissionais não existem para fiscalizar o Estado” e pediu que assuma responsabilidades no caso de mortes por covid-19 num lar de Reguengos de Monsaraz.
Confrontada com as posições destes partidos, a deputada socialista referiu à Lusa que viu “pelo menos um deputado a retirar as expressões que utilizou” e deixou um pedido.
“Apelo para que, numa fase ainda de pandemia, continuemos a colocar em primeiro lugar a prestação de cuidados de saúde e o interesse dos utentes. Devemos estar todos empenhados em trabalhar para esse efeito. O PS está, o Governo está, e julgamos que todos devem estar”, concluiu.
Cabo Verde ultrapassa os 3.500 casos com mais 54 infetados
Cabo Verde registou mais 54 novos infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado a 3.509 casos da doença, revelou ontem o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o ministério referiu que os laboratórios de virologia processaram desde sábado 277 amostras, das quais 49 deram resultado positivo para o novo coronavírus no concelho da Praia, capital do país.
Ainda na ilha de Santiago, foi registado ainda um caso positivo de covid-19 no concelho de Santa Catarina e outro caso no concelho de Tarrafal, ilha de São Nicolau.
Foram igualmente confirmados três novos casos do novo coronavírus na ilha do Sal, o segundo principal foco de transmissão no arquipélago, depois do concelho da Praia.
Nas últimas 24 horas foram igualmente dados como recuperados da doença dois casos.
Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 3.509 casos da doença desde 19 de março, quando foi diagnosticado o primeiro doente com covid-19, distribuídos por oito das nove ilhas habitadas.
Desse total, 930 casos permanecem ativos, 37 morreram e 2.540 foram dados como recuperados, enquanto dois cidadãos estrangeiros infetados foram transferidos para os países de origem, segundo os dados do Ministério da Saúde.
Itália regista mais 1.210 casos e sete óbitos
Itália regista 1.210 novos casos de covid-19 e sete mortes nas últimas 24 horas, naquele que é o maior aumento diário de infeções desde maio, anunciaram ontem as autoridades italianas, justificando a situação com o regresso das férias.
De acordo com o Ministério da Saúde transalpino, registaram-se já 259.345 casos totais desde o início da pandemia, em fevereiro, e 35.437 mortes.
Por região, a Lombardia, que foi a região mais atingida durante os piores meses da pandemia, volta a ser a primeira no registo diário de novos contágios, com 239 casos em relação a sábado. Segue-se a região de Lazio, no centro do país e cuja capital é Roma, com 184 novos casos, contra 215 no dia anterior, quando as infeções nesta região dispararam.
O conselheiro regional de saúde, Alessio D’Amato, explicou que 60% destes casos estão em comparação com ontem, e isto é ainda mais significativo dado o número recorde de testes que foram realizados nas últimas 24 horas”, afirmou.
A região está a realizar testes à covid-19 nos aeroportos romanos de Fiumicino e Ciampino, bem como no porto de Civitavecchia, utilizando o sistema ‘drive in’, ou seja, sem sair dos veículos.
Esta região e a Sardenha estão a considerar a realização de testes recíprocos em Roma e Olbia para detetar possíveis positivos entre os viajantes.
Veneto, cuja capital é Veneza, é hoje a terceira região mais afetada, com 145 casos, seguida muito de perto pela Campânia, mais a sul, com a capital em Nápoles, onde houve um forte aumento de contágios: 138 casos.
O presidente da região da Campânia, Vincenzo De Luca, advertiu esta semana que, se os casos continuarem a subir, vai pedir ao governo que limite os movimentos entre regiões – como ocorreu no confinamento – para evitar a chegada de pessoas infetadas de outras partes do país.
Reino Unido com mais 1.041 infeções e seis mortes
O Reino Unido registou mais 1.041 novas infeções por covid-19 nas últimas 24 horas, sendo o quarto dia consecutivo que notifica mais de mil infeções diárias, e mais seis mortes.
O número acumulado de mortes por covid-19, desde que começou a pandemia, eleva-se a 41.429 e o número de infetados é de 325.642, após terem sido feitos um total de 15.177.265 testes de diagnóstico.
O Governo informou hoje que nas últimas 24 horas foram admitidas nos hospitais britânicos 97 pessoas infetadas com o novo coronavírus, e que 72 pacientes precisaram de ventilação assistida.
Com as escolas a reabrir em todo o país no início de setembro, o Governo realçou que não considera atrasar esse calendário.
A agência de saúde pública do Reino Unido publicou hoje um relatório no qual garante que os contágios nas escolas foram “pouco comuns” em junho, quando algumas turmas das escolas primárias voltaram a ter aulas presenciais.
Nesse período foram detetados 67 contágios em escolas, que afetaram 30 alunos e 37 trabalhadores.
Nenhuma criança teve de ser hospitalizada e um dos funcionários foi admitido numa unidade de cuidados intensivos.
Numa declaração conjunta, os conselhos médicos das quatro regiões britânicas defenderam que os riscos a longo prazo para as crianças de se manterem as escolas fechadas são maiores do que o regresso à escola.
E salientaram “a necessidade de manter a distância social” nas escolas, e outras medidas para limitar a transmissão, “tanto dentro como fora da sala de aula, particularmente entre os funcionários e entre os alunos mais velhos e os adultos”.
Moçambique regista 91 novos casos e eleva total para 3.395
Moçambique registou mais 91 casos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 3.395 e mantendo-se com 20 óbitos, indica o Ministério da Saúde.
Os novos casos estão distribuídos entre as províncias de Maputo (nove), Inhambane (31), Sofala (sete), Manica (dois), Zambézia (um), Nampula (dois) e cidade de Maputo (39), segundo o boletim diário sobre a covid-19 divulgado no `site´ do Ministério da Saúde.
Das 3.395 infeções que o país já registou, 3.148 casos são de transmissão local e 247 casos são importados.
O Ministério da Saúde contabiliza 1.503 indivíduos totalmente recuperados, havendo também o registo de 20 óbitos.
A cidade de Maputo regista o maior número de infeções ativas, com 893, seguida da província de Maputo, com 287, e Nampula, com 241, sendo que as restantes regiões seguem com menos de 180 casos ativos.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, o país testou um total de 86.549 pessoas suspeitas e foram rastreadas pouco mais de 1,8 milhões de pessoas.