O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, regressou este domingo à feira agropecuária Ovibeja com o retomar da sua tradição pré-pandemia, regressou com beijos, abraços e pedidos para tirar ‘sefies’ e sem máscaras.
Um pedido de foto aqui, outro pedido para foto ali, noutros casos mesmo sem os visitantes pedirem, logo com Marcelo Rebelo de Sousa a pegar nos telemóveis e a tirar ele próprio a fotografia, por entre abraços e beijos.
Em dia de multidão na feira agropecuária, que não decorria presencialmente há dois anos, devido à pandemia de covid-19, o ‘caminho’ do Presidente da República por entre os ‘stands’ e os pavilhões faz-se devagar.
Com muitos dos visitantes já sem máscara de proteção contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, o Chefe de Estado, também sem ela, não se furta a ‘dois dedos de conversa’ com quem o aborda.
Lembrando que visita a Ovibeja desde antes de ser Presidente da República e, a partir de 2016, nessa condição, Marcelo lembrou aos jornalistas que esta sua tradição só foi interrompida pela pandemia.
A visita de hoje é “uma experiência única”, porque “não há máscara” e isso “faz a diferença”, admitiu, em declarações na zona de exposição de tratores e outra maquinaria agrícola, ao ar livre.
“Aqui não se nota muito, como é ar livre, é campo, é relativamente mais natural. Nos pavilhões nota-se mais, porque há pessoas que legitimamente querem conservar as máscaras”, afirmou.
O uso de máscaras deixou de ser obrigatório na sexta-feira, em Portugal, e Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este “momento de viragem” está “a ser vivido pelos portugueses com muito bom senso”.
“Ainda ontem [no sábado], eu tive experiências diferentes. Ao ar livre sem máscara, dentro de casa com muita gente todos com máscara” e “dentro de casa espaçado, com pouca gente, uns com máscara, outros sem máscara”, relatou.
Para o chefe de Estado, “é esta adaptação que tem de se ir fazendo”, sem nunca esquecer “que a pandemia não passou ainda”.
“Continua, está por aí, anda por aí, mas não tem a gravidade para já, e esperemos que não volte a ter, que teve noutros tempos”, afiançou.
Outra das tradições de Marcelo Rebelo de Sousa nas suas visitas anuais à Ovibeja é comprar rifas ao vendedor Carlos. Hoje não foi exceção: “Este homem crava-me sempre”, disse o presidente, que comprou 10 rifas e até conversou sobre a guerra na Ucrânia e a covid-19.
“Em Portugal ainda há coronavírus ou não? As nossas televisões só falam em guerra”, comentou Carlos.
Marcelo não o deixou sem resposta: “Coronavírus ainda há aí por uns sítios, menos do que já houve”, mas “agora passou de moda. Isto é por modas, mas a guerra é muito complicada”.
E com as rifas pagas e já no bolso, depois de mais uns minutos de diálogo, Marcelo seguiu na sua visita, para mais beijos, abraços e ‘selfies, a maioria sem máscaras, neste périplo por todas as zonas da feira e que disse pretender acabar nos “comes e bebes”, que considera o “termómetro” da festa.