O termo ‘assassino económico’ surgiu na gíria com a publicação do livro “Assassino económico” de John Perkins. Serão pessoas bem remuneradas, conhecedores do meio onde se movimentam, têm proteção política e económica, diálogo fácil, com grande capacidade de convencimento, sem escrúpulos e uma ‘veia psicopata’, cujo objectivo é dominar países através de operações financeiras no valor de biliões de euros.
Não se importam de destruir famílias, empresas e países, desde que isso resulte em avultados meios financeiros a favor dos seus mandantes através da extorsão de países com recurso a eleições fraudulentas, assassinatos ou guerras se for necessário.
Após a identificação do país a subjugar economicamente, entra em acção o AE que fará visitas de ‘negócios’ corrompendo políticos que já estejam no poder ou que venham a estar, depois é fácil faze-los aprovar projectos megalómanos na área da ferrovia, autoestradas, portos ou aeroportos ou outras infraestruturas. Serão concedidos empréstimos pelo Banco Mundial, FMI, por agências governamentais estrangeiras ou multinacionais poderosas, para as obras e para compra de armamento, de esquadrilhas de combate ou fragatas. O país fica super endividado, sem capacidade de pagar a dívida, suplica por um perdão dessa dívida, que só lhe é concedido se o país se comprometer a privatizar os serviços de saúde, educação, água, eletricidade e transportes, concessão de ajudas às multinacionais, acabar com subsídios às empresas nacionais, bem como acabar com todas e quaisquer barreiras alfandegárias às importações e eliminar as ajudas às exportações. Os consórcios financeiros internacionais não perdoam, vão buscar o perdão da divida com juros acrescidos. Como tudo isso é “insuficiente” os países ficam subordinados à política internacional dos Estados Unidos.
Se for necessário provocam um golpe de estado ou uma guerra, o que torna as coisas mais fáceis, vendem armamento, destroem o país e depois as multinacionais do G8 vão reconstruir o país com novos empréstimos garantidos pelo orçamento do Estado. Chamo a isto uma forma diplomática e psicopata de extorsão do ‘sangue, suor e lágrimas’ de um Povo.
Isto não é nenhuma anedota ou filme de ficção científica, é a realidade concreta do mundo cão em que vivemos. Os países ricos concedem empréstimos aos países em desenvolvimento, e que tenham alguns recursos naturais, para estes lhes comprarem armamento e para as suas empresas construírem as obras ao mesmo tempo que garantem altos rendimentos aos grupos financeiros internacionais. O Povo é que paga.
Será que neste século XXI não vi um “filme” parecido em Portugal? Houve projectos megalómanos e empréstimos que levaram o país à banca rota, o empréstimo da Troika foi só para remendar o buraco criado pelo governo de Sócrates.
Perkins explica em vídeo como se destrói um país… em nome do dinheiro.