Tudo isto é Sarah é o segundo romance de Pauline Delabroy-Allard, autora francesa, publicado por cá pela Alfaguara, com tradução de Ana Maria Pereirinha. Quem sabe, o seu segundo livro, foi publicado por cá no ano passado.
Pauline Delabroy-Allard nasceu em 1988, em Paris, cidade onde vive. É escritora e professora. Foi mãe solteira aos vinte e dois anos, viajou de França até ao Cazaquistão e trabalhou como livreira. No dia do seu trigésimo aniversário, enviou para inúmeras editoras francesas o manuscrito do seu primeiro romance, Tudo isto é Sarah. Foi acolhida na mítica Minuit, a editora de Marguerite Duras, com quem é muitas vezes comparada. O romance teve sucesso imediato entre leitores e crítica, foi finalista do Prémio Goncourt e recebeu, entre outros, o Prémio Roman des Étudiants France Culture-Télérama., está igualmente publicado na Alfaguara.
Tudo isto é Sarah, como o título indicia, é um romance escrito em jeito de confissão, na primeira pessoa, sobre a obsessão da narradora (autora?) por uma mulher. Ela, heterossexual, com namorado, uma filha, vê-se subitamente fascinada por esta mulher barulhenta e cheia de vida, caótica e impulsiva.

Doutorado em Literatura na UAlg
e Investigador do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC)
Um projeto literário em que, afinal, a autora procura responder à pergunta: É possível morrer de amor?
As duas mulheres conhecem-se numa festa de fim de ano em Paris. Uma é professora, mãe solteira, e sacode a rotina com uma relação passageira com um homem que mal entra em cena. A outra é violinista, excêntrica, caprichosa, dona de uma beleza fora do comum, uma joie de vivre contagiante. E entra na vida da narradora tal como entrou na festa: luminosa, a falar alto e a rir demasiado.
É difícil, aliás, perceber quem primeiro sente aquela atracção irresistível que parece conduzir a uma perdição total e alegre.
O romance, escrito em breves capítulos, por vezes repartido em meros fragmentos, tem uma natureza circular, por vezes repetitivo, a condizer com uma obsessão que se apodera do ser e da razão, até a narradora se deixar perder.

Um romance que faz jus à comparação feita entre Pauline Delabroy-Allard e autoras como Annie Ernaux (especialmente em Perder-se) ou Marguerite Duras.
Um projeto literário em que, afinal, a autora procura responder à pergunta: É possível morrer de amor?
Pauline Delabroy-Allard nasceu em 1988, em Paris, cidade onde vive. É escritora e professora. Foi mãe solteira aos vinte e dois anos, viajou de França até ao Cazaquistão e trabalhou como livreira. No dia do seu trigésimo aniversário, enviou para inúmeras editoras francesas o manuscrito do seu primeiro romance, Tudo isto é Sarah. Foi acolhida na mítica Minuit, a editora de Marguerite Duras, com quem é muitas vezes comparada. Conhecendo sucesso imediato entre leitores e crítica, este romance foi finalista do Prémio Goncourt e recebeu, entre outros, o Prémio Roman des Étudiants France Culture-Télérama, estando traduzido em inúmeros países. Quem sabe, o seu segundo livro, está igualmente publicado na Alfaguara.
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