Esta quinta-feira, 11 de dezembro, Portugal vai acordar com uma greve geral convocada pela CGTP e pela UGT, e a dúvida repete-se em milhares de famílias: “vai haver supermercados abertos ou vamos encontrar portas fechadas?”. O CEO da MC Sonae, detentora Continente, Luís Moutinho, afirmou que não prevê o fecho de lojas devido à greve geral desta quinta-feira, e garantiu manter a abertura de uma nova unidade em Alijó, que será a 402.ª loja Continente em Portugal.
A greve geral surge em reação ao anteprojeto do Governo para rever a lei laboral, tema que está a ser discutido em Concertação Social.
De acordo com o Jornal de Negócios, a declaração do responsável do CEO da MC foi feita num encontro com jornalistas, a poucas horas de uma paralisação que as centrais sindicais apontam como nacional e com potencial impacto em vários setores.
A confiança da MC para o dia 11
Questionado sobre a revisão da lei laboral, Luís Moutinho evitou comentar a proposta do Governo, mas mostrou-se otimista quanto à adesão dos trabalhadores da MC à greve. “Respeitamos os sindicatos, mas temos uma relação boa com as nossas pessoas, pelo que acredito que [a greve geral] não vai ter impactos significativos”, afirmou.
O CEO reforçou a ideia de que a operação deverá manter-se a funcionar, mesmo num dia de paralisação nacional. “Fecho de lojas? Estou muito confiante de que isso não vai acontecer. Confio nas nossas pessoas”, rematou.
Segundo os dados avançados, a MC tem em Portugal uma equipa que ultrapassa as 37 mil pessoas, com cerca de 26 mil no Continente. A rede soma atualmente 401 lojas (41 hipermercados Continente, 149 Continente Modelo e 211 Continente Bom Dia), antes da abertura anunciada para Alijó.
Porque há greve geral (e o que dizem os sindicatos)
A UGT descreve a greve de 11 de dezembro como resposta a uma reforma laboral que considera prejudicial para direitos dos trabalhadores. Do lado da CGTP, a central sindical também enquadra a paralisação como contestação ao pacote de revisão laboral em debate.
O contexto, segundo várias fontes, é um anteprojeto de alterações à legislação laboral discutido na Concertação Social, com sindicatos a alertarem para mudanças com efeitos em matérias laborais e na organização do trabalho.
Apesar de as expectativas de impacto variarem por setor, a convocatória sindical aponta para uma paralisação de âmbito nacional e para iniciativas públicas associadas ao dia 11.
A abertura em Alijó e o que pode acontecer nas lojas
No retalho alimentar, a MC mantém a agenda e confirma a abertura do Continente Bom Dia em Alijó no próprio dia da greve. A marca também divulgou a abertura para 11 de dezembro nas suas comunicações, segundo o Jornal de Negócios.
Além desta inauguração (402.ª loja), Luís Moutinho indicou ainda uma estratégia de expansão com meta de chegar às 500 lojas, prevendo uma média de 20 aberturas por ano, 150 remodelações e mais 3.000 contratações, no horizonte de cinco anos.
Ainda assim, a adesão à greve é uma decisão individual e pode traduzir-se em constrangimentos pontuais, dependendo das equipas locais e dos serviços externos (como logística e transportes). Para quem vai às compras, a indicação mais prudente é acompanhar informação da loja e prever alguma flexibilidade no dia 11.
















