Numa tentativa de reduzir os custos da habitação, esta mulher escocesa encontrou uma solução invulgar para viver sem pagar renda. Em vez de uma casa tradicional, optou por transformar um contentor marítimo numa habitação funcional e confortável.
Robyn Swan, de 33 anos, residente em Stirling, decidiu adotar um estilo de vida “fora da rede”, minimizando despesas e apostando na autossuficiência. Atualmente, os seus gastos mensais rondam os 300 euros, um valor muito inferior ao que pagava anteriormente.
A decisão de mudar de vida
De acordo com o Daily Mail, a decisão de mudar de vida surgiu em 2023, quando vendeu grande parte dos seus bens, incluindo o carro, a mobília e a televisão. Com o dinheiro arrecadado, hipotecou novamente a casa e adquiriu um terreno com 28 mil metros quadrados, num investimento de aproximadamente 220 mil euros.
Um contentor como nova casa
Para habitação, e para não ter que pagar renda, optou por um contentor marítimo com 12 metros de comprimento por 2 metros de largura, pelo qual pagou cerca de 5000 dólares. Sem recorrer a uma caravana temporária, mudou-se diretamente para o espaço, acompanhada do seu parceiro, Luke, de 29 anos.

A adaptação ao novo espaço
“Quando comprei o terreno, nem sequer começámos com uma caravana – mudámo-nos diretamente para o contentor e construímo-lo à nossa volta”, revelou Swan ao South West News Service.
As primeiras semanas não foram fáceis. Dormiram num colchão colocado diretamente no chão e, durante oito meses, dependeram de baterias para obter eletricidade. Só depois foi possível instalar painéis solares para garantir um fornecimento mais estável de energia.
Transformação do contentor
A adaptação do contentor foi feita ao longo do tempo, transformando-o numa casa funcional, sem necessidade de renda. Swan adquiriu uma cozinha em segunda mão por 6000 euros e equipou o espaço com frigorífico, congelador e uma casa de banho com chuveiro e uma sanita sem água do tipo WooWoo.
Autossuficiência e sustentabilidade
Para garantir o abastecimento de água, instalou um sistema de recolha e filtragem de águas pluviais. O aquecimento do espaço é assegurado por um fogão a lenha, utilizando madeira doada por um cliente do seu serviço de passeio de cães, atividade que desempenha atualmente a tempo inteiro.

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Produção de alimentos
Além da habitação, o casal aposta na produção própria de alimentos. No terreno, cultivam legumes como cenouras, batatas, nabos, tomates, morangos e couves. Também criam galinhas para ovos e carne, além de coelhos e porcos, com planos de venda no futuro.
O objetivo de ser autossuficiente
“Espero que, no final do verão, estejamos a cultivar toda a nossa carne e legumes”, afirmou Swan, acrescentando que já começou a vender ovos produzidos pelas suas galinhas.
Redução de despesas
Apesar do foco na autossuficiência, o casal ainda compra alguns produtos, como laticínios, refeições prontas ou uma garrafa de vinho ocasional. Para reduzir despesas, utilizam a aplicação Olio, que permite recolher excedentes alimentares de mercados locais.
Uma vida com menos custos
Atualmente, estima que cerca de 40% das suas necessidades são satisfeitas com os recursos próprios, mas pretende atingir os 70% de autossuficiência até ao verão. A mudança para um estilo de vida mais simples e independente trouxe-lhe uma redução significativa dos custos fixos.
Benefícios e desafios
A nova rotina exige dedicação e algum sacrifício, mas Swan acredita que os benefícios compensam. “Se alguma coisa acontecesse no mundo, sei que não haveria escassez de alimentos para mim ou para a minha família”, sublinhou.
Uma escolha que traz liberdade
Embora viver num contentor possa parecer uma escolha pouco convencional, para Swan representa liberdade, segurança e um caminho para a independência financeira, visto que não há necessidade de pagar renda. O objetivo é continuar a melhorar o espaço e alcançar uma vida ainda mais sustentável.
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