Durante muito tempo, o consumo diário de ovos foi visto com reservas, sobretudo devido à associação entre o colesterol presente neste alimento e o risco de doenças cardiovasculares. Com o passar dos anos, porém, essa perceção foi sendo revista, à medida que se passou a considerar outros fatores da dieta e do estilo de vida. Atualmente, para grande parte da população, os ovos voltaram a ter lugar à mesa como parte de uma alimentação equilibrada, desde que preparados de forma adequada.
De acordo com a BBC, para a maioria das pessoas, incluir um ovo por dia na alimentação é seguro e pode até ser benéfico. A forma como o ovo é cozinhado, contudo, faz toda a diferença no seu valor nutricional.
A técnica que conserva mais nutrientes
Segundo a mesma fonte, escalfar é o método de confeção mais indicado para preservar os benefícios nutricionais do ovo. Trata-se de um processo simples, que não exige gordura e mantém boa parte das vitaminas sensíveis ao calor.
Para escalfar corretamente, a água deve estar quente, mas sem ferver. A cozedura ideal não ultrapassa os quatro minutos, permitindo que a clara fique firme e a gema ligeiramente líquida.
Conforme explica a publicação, se a temperatura da água for elevada ou o tempo de cozedura excessivo, o resultado pode comprometer tanto a textura como o perfil nutricional do alimento.
É necessário algum cuidado na execução, sobretudo para garantir que se mantêm as vitaminas lipossolúveis e os antioxidantes presentes na gema.
O ovo cozido como opção equilibrada
Outra forma saudável de preparar o ovo é cozê-lo. A BBC recomenda, no entanto, que se evite deixar a gema totalmente sólida, já que o calor prolongado pode degradar nutrientes importantes.
Idealmente, o tempo de cozedura deve situar-se entre os sete e os nove minutos. Desta forma, é possível manter o equilíbrio entre segurança alimentar e valor nutricional.
Ovos mexidos: sim, mas com moderação na gordura
Os ovos mexidos continuam a ser uma escolha válida, desde que preparados com atenção. A recomendação da BBC passa por utilizar gorduras mais saudáveis, como azeite ou óleo de coco, em vez de manteiga ou margarina.
Este cuidado ajuda a reduzir a ingestão de gorduras saturadas e a manter um perfil nutricional adequado ao longo do dia.
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Os ovos fritos no método convencional, com óleo em abundância, são apontados como a alternativa menos saudável. Segundo a mesma fonte, este processo pode aumentar em até 50% o teor de gordura da refeição.
Este acréscimo altera significativamente o valor calórico do prato e deve ser evitado por quem pretende manter uma alimentação equilibrada.
Moderação continua a ser essencial
Apesar das indicações favoráveis ao consumo de ovos, os especialistas citados pela mesma fonte recordam que o equilíbrio deve ser mantido. Um ovo por dia é considerado seguro para a maioria das pessoas, mas é importante ter em conta situações clínicas específicas.
Segundo a BBC, pessoas com historial de doenças cardiovasculares devem procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde.
O ovo é uma fonte completa de proteína de alto valor biológico. De acordo com a mesma fonte, fornece todos os aminoácidos essenciais e contém vitaminas do complexo B, vitamina D, ferro, luteína e zeaxantina.
Estes compostos têm impacto positivo na saúde ocular, na imunidade e na função cerebral.
Como integrar o ovo na alimentação diária
Incorporar o ovo na rotina alimentar pode trazer vantagens, desde que a sua preparação respeite as boas práticas nutricionais. Evitar frituras e preferir métodos como o escalfado ou a cozedura ligeira são passos fundamentais.
Manter o ovo como um aliado da alimentação depende da forma como é incluído na dieta. Quando preparado de forma adequada e integrado num regime alimentar variado, este alimento simples pode representar um contributo valioso para a saúde.
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