Uma nova variedade de banana, geneticamente modificada, promete reduzir o desperdício alimentar e combater o impacto ambiental da produção agrícola. Esta fruta inovadora permanece fresca durante mais tempo, não amadurece rapidamente e evita o escurecimento mesmo depois de descascada.
A banana tradicional, ao contrário de muitas outras frutas, reproduz-se de forma assexuada. Gilad Gershon, diretor executivo da empresa de biotecnologia Tropic, explica que “não há reprodução real nas bananas”, o que significa que são geneticamente idênticas de geração em geração. Para este, a característica representa um desafio na adaptação da cultura a novas condições ambientais.
Edição genética para uma maior resistência
A edição genética surge como uma solução para aumentar a resistência das bananas a doenças e prolongar o seu tempo de conservação. A empresa Tropic aposta na modificação do gene responsável pela produção de polifenoloxidase, uma enzima que acelera o escurecimento da fruta.
Menos desperdício, maior durabilidade
Com esta alteração, a banana mantém-se fresca durante mais tempo, mesmo depois de colhida ou transportada para diferentes mercados. Este avanço é particularmente relevante para a indústria alimentar, que frequentemente perde grandes quantidades de produto devido à degradação rápida da fruta.
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Impacto ambiental e redução das emissões
A empresa assegura que “utilizamos a edição genética para aumentar o rendimento, prolongar o prazo de validade e melhorar a resistência natural às doenças”. Estes avanços permitem reduzir significativamente o uso de terras agrícolas, produtos químicos e emissões de carbono associadas à produção convencional.
Um passo importante para a segurança alimentar
O mercado de exportação de bananas representa um setor de grande relevância económica. A introdução de variedades que minimizam perdas e aumentam a durabilidade pode trazer benefícios tanto para agricultores como para distribuidores e consumidores.
A biotecnologia na produção de alimentos
De acordo com a Zap, a Tropic não se limita à banana. A empresa está também a trabalhar na edição genética de outras culturas como o café e o arroz, com o objetivo de melhorar a produtividade e reduzir perdas.
Um futuro com menos desperdício
As bananas continuam a ser uma das frutas mais consumidas no mundo. Ao prolongar a sua vida útil e torná-las mais resistentes a doenças, a biotecnologia pode ajudar a garantir a disponibilidade deste alimento por muitas mais gerações.
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