Os portugueses estão pessimistas quanto às condições económicas do país, com cerca de 60% a indicar que estas vão piorar, de acordo com um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica Lisbon divulgado recentemente.
Segundo o “Estudo da sociedade portuguesa: felicidade, satisfação, perceção de saúde, rendimento, poupança e confiança económica”, 59,8% dos inquiridos indicam que as condições económicas vão piorar, contra 19,3% dos participantes que reportam que vão melhorar e 20,9% que consideram que nem vão piorar nem melhorar.
O estudo realizado entre 29 de novembro e 9 de dezembro e que contou com 1.001 participantes revela que o indicador geral de mudança do estado das condições económicas em Portugal (IME) – que obteve o valor de -40.6 – sugere, assim, que a maioria dos participantes perceciona que as condições económicas em Portugal vão piorar, em comparação com a uma minoria que acha que vão melhorar. “Face ao período pré-pandémico, verifica-se uma grande descida na confiança relativamente à questão sobre se as condições económicas em Portugal vão melhorar ou piorar, quando comparando os índices de novembro de 2019 e 2021”, pode ler-se no estudo.
Os portugueses também se revelam pessimistas quanto às condições económicas atuais, com 53,3% dos inquiridos a avaliá-las como fracas ou muito fracas, enquanto 28% reportam que são moderadas e 18,7% dos participantes consideram que as condições económicas são boas a excelentes. Neste sentido, o indicador geral do estado atual das condições económicas em Portugal (IEA), que obteve o valor de -34.7, “sugere que há uma maior proporção de participantes a avaliar as condições económicas atuais de Portugal como fracas ou muito fracas do que a avaliar como boas ou excelentes”.
O Índice de Confiança Económica em Portugal, que registou o valor de -37.6, indica que “os portugueses têm uma visão bastante mais negativa do que positiva das condições económicas em Portugal, tanto quanto às condições económicas atuais de Portugal como em relação à mudança do estado das condições económicas” no país, salienta a Católica Lisbon.