Em plena Primeira Guerra Mundial, no dia 9 de abril de 1918, decorreu a Batalha de La Lys, na Flandres, onde o Corpo Expedicionário Português (CEP) foi posicionado junto ao exército britânico na linha da frente (Linha do Lys) com o objetivo de aliviar a pressão sobre os Aliados e combater as forças alemãs.
Esta batalha resultou numa das maiores derrotas que as tropas portuguesas já enfrentaram. Estima-se que o CEP tenha sofrido mais de 20.000 baixas, incluindo mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros. As forças portuguesas perderam cerca de metade dos efetivos, ficando reduzidas a pouco mais de uma divisão. Os números oficiais apontam para aproximadamente 1.300 mortos, 4.600 feridos, 2.000 desaparecidos e mais de 7.000 prisioneiros. Passados 107 anos deste confronto, realizou-se na Praça da República, junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, uma cerimónia em homenagem aos combatentes portugueses que deram a vida pela Pátria.

A cerimónia contou com a presença de diversas entidades, entre as quais a Câmara Municipal de Tavira, Junta de Freguesia de Tavira, núcleo de Tavira da Liga dos Combatentes, delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Tavira, Bombeiros Municipais de Tavira, Capitania de Vila Real de Santo António, British Legion do Algarve, destacamento de Tavira do Regimento de Infantaria N.º 1, Polícia de Segurança Pública de Tavira, Guarda Nacional Republicana de Tavira, Bispo D. Manuel António dos Santos, tal como ex-combatentes portugueses e população geral. Anualmente, a cidade de Tavira recorda neste dia o sacrifício dos soldados portugueses que lutaram heroicamente, apesar das adversidades, não só na Primeira Guerra Mundial, mas também em conflitos mais recentes, como a Guerra do Ultramar.

Embora a Batalha de La Lys tenha sido um desastre militar para Portugal, permanece como um símbolo de resiliência e coragem. Apesar da tragédia, este episódio histórico serve de lembrete do custo humano da guerra. Na Bélgica, onde ocorreu o confronto, ergue-se o Monumento ao Soldado Desconhecido de La Lys, construído em memória de todos os militares portugueses que ali perderam a vida, especialmente os que nunca foram identificados ou encontrados. MS/DF
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