A venda de imóveis em Portugal continua a ser um processo dispendioso, com um dos principais custos associados a ser as comissões de agências imobiliárias tradicionais. Normalmente fixada em torno dos 5% do valor da venda, esta taxa pode representar um montante significativo para os proprietários que pretendem maximizar o retorno do seu investimento. Nos últimos anos, alternativas digitais têm surgido, oferecendo um modelo de preços fixos que promete reduzir despesas e tornar o processo de venda mais eficiente.
O impacto das comissões na venda de imóveis
As imobiliárias tradicionais oferecem um serviço completo, desde a avaliação do imóvel até à negociação e formalização da venda. No entanto, este acompanhamento personalizado tem um custo elevado. Em média, a comissão cobrada ronda os 5%, o que, num imóvel vendido por 300.000 euros, equivale a um encargo de 15.000 euros.
O montante pago pode ser ainda mais significativo em imóveis de maior valor, levando muitos vendedores a questionar se existem alternativas mais económicas sem comprometer a qualidade do serviço.
O modelo das imobiliárias digitais
Com o avanço da tecnologia e a digitalização do mercado imobiliário, surgiram as imobiliárias digitais, que oferecem um modelo baseado em preços fixos, independentemente do valor da venda. Esta abordagem permite que os vendedores saibam, desde o início, quanto irão pagar pelo serviço de mediação, evitando surpresas na fase final da transação.
A principal vantagem das imobiliárias digitais reside na transparência e eficiência do processo. O acompanhamento é feito através de plataformas online, onde os proprietários podem aceder a simuladores, relatórios detalhados e até gerir contactos com potenciais compradores. Além disso, a burocracia é reduzida, tornando a experiência mais simples e acessível.
Exemplo de imobiliária digital em Portugal
Uma das plataformas que têm vindo a destacar-se no mercado português é a Listoo, que oferece um serviço de mediação imobiliária por um valor fixo de 5.000 euros (acrescido de IVA).
A empresa aposta na tecnologia para agilizar processos, permitindo que os vendedores acompanhem todas as fases da venda sem dependerem exclusivamente de um intermediário.
Com ferramentas intuitivas e suporte digital, este modelo torna-se uma alternativa interessante para quem quer reduzir custos e, ao mesmo tempo, garantir um acompanhamento profissional durante o processo de venda.
Como escolher a melhor opção digital?
Apesar das vantagens das imobiliárias digitais, a escolha da plataforma certa requer uma análise cuidadosa. Entre os aspetos que devem ser considerados destacam-se:
- Reputação da empresa: Consultar avaliações de utilizadores pode ajudar a compreender a fiabilidade do serviço.
- Serviços incluídos: Algumas plataformas oferecem serviços adicionais, como fotografia profissional ou acompanhamento jurídico.
- Facilidade de utilização: Interfaces intuitivas e suporte digital podem fazer a diferença na experiência do utilizador.
O futuro da mediação imobiliária
A popularidade crescente das imobiliárias digitais reflete uma mudança no comportamento dos consumidores, que procuram soluções mais económicas e tecnologicamente avançadas. Com um modelo de custos reduzidos e processos simplificados, estas plataformas, como explica o Ekonomista, apresentam-se como uma alternativa viável para quem pretende vender casa em Portugal sem pagar comissões imobiliárias elevadas.
À medida que o mercado evolui, resta saber até que ponto este modelo poderá competir com a mediação tradicional e transformar, de forma definitiva, a forma como os imóveis são vendidos no país.
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