Os seguranças privados fazem esta sexta-feira greve para reivindicar aumentos salariais de 9,5% e outras melhorias das condições de trabalho, tendo a Associação Sindical da Segurança Privada (ASSP), que convocou a paralisação, agendado também três concentrações.
No pré-aviso de greve dirigido à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), à Associação de Empresas de Segurança Privada (AESIRF) e à Associação Empresarial de Segurança (AES), estes trabalhadores exigem “um aumento salarial de 9,5% para os profissionais da segurança privada, visando a valorização do trabalho destes colaboradores e a adequação dos salários à realidade económica atual”.
Salientando que a greve e as concentrações marcadas para Portimão, Lisboa e Porto visam “uma melhoria significativa nas condições laborais e salariais dos trabalhadores do setor”, a ASSP, além do aumento salarial, diz pretender “melhorar as condições de trabalho, garantindo um ambiente laboral seguro e adequado para estes profissionais.
Outra das reivindicações prende-se com o fim do “regime de adaptabilidade de seis dias”, com a ASSP a “rejeitar veementemente” este regime, considerando-o “uma prática que compromete a saúde física e mental dos trabalhadores, bem como a conciliação entre vida profissional e pessoal”.
A majoração do trabalho efetuado aos domingos em 50%, e a igualdade no subsídio noturno para todos os trabalhares para contratos anteriores a 2004 são outras das exigências ligadas ao protesto.
As concentrações, que a associação sindical diz querer que seja “um momento de união e solidariedade entre os profissionais da segurança privada”, decorrem todas a partir das 10:00, em Portimão frente ao Centro Comercial Aqua, em Lisboa frente à sede da AESIRF – Associação Nacional das Empresas de Segurança e no Porto frente à empresa de prestação de serviços de segurança Prestibel.
A ASSP é uma entidade sindical com seis anos de existência que diz estar “comprometida com a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores da segurança privada em Portugal, procurando promover condições laborais justas e dignas”.
Segundo dados do Relatório Anual de Segurança Privada de 2021, o último publicado, em Portugal, a 31 de dezembro de 2021, existiam 60.690 pessoas detentoras de 95.613 cartões profissionais de diferentes especialidades, uma diferença numérica que se explica pela possibilidade de um profissional poder deter vários cartões e poder ter vínculo laboral com mais do que uma entidade.
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