A adesão à greve dos trabalhadores das empresas de transporte rodoviário EVA Transportes e Vizur, que operam no Algarve, ronda os 82%, o que originou a paralisação de 113 autocarros, segundo o sindicato representativo.
Em declarações à Lusa, o dirigente regional do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações), que convocou a paralisação, disse que “até às 14:00 a adesão superou as expectativas”.
“Registámos uma adesão de 82%, o que fez com que 113 autocarros não saíssem da garagem, incluindo os de longo curso com ligações de e para Lisboa, Porto, Braga, Beja e Évora”, referiu Paulo Afonso.
De acordo com o representante, “o número de serviços suprimidos é muito elevado”, tendo em conta que nas carreiras intermunicipais “há autocarros que fazem cinco ou mais serviços por dia”.
“Nos serviços Expresso, que são as viagens de longo curso, foram suprimidos cinco das 11 programadas com saída de Lisboa para o Algarve, dois com origem no Porto, um de Braga e os de Évora e Beja”, especificou.
Segundo Paulo Afonso, o transporte de longo curso “não foi tão afetado como o sindicato previa, o mesmo não sucedendo com os transportes na região do Algarve”.
Os trabalhadores das empresas EVA Transportes e Vizur, do Grupo Barraqueiro, cumprem hoje um dia de greve reivindicando aumentos salariais e o pagamento do subsídio de férias de acordo com a lei.
Além da paralisação deste terça-feira, o sindicato decretou greve a todo o trabalho extraordinário até à próxima terça-feira.
A EVA Transportes opera o serviço da rede Expresso que faz as ligações entre o distrito de Faro e as restantes regiões do país.
Por seu turno, a Vizur assegura as ligações da rede intermunicipal do Algarve, abrangendo os 16 concelhos algarvios, desde Vila do Bispo até Vila Real de Santo António.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário das empresas.
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