Nos dez primeiros meses do ano, o número de dormidas nos concelhos de Albufeira e de Lisboa, os dois concelhos que mais turistas recebem, ronda um terço do número registado no período comparável sem efeitos da pandemia, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira.
Os alojamentos turísticos de Lisboa registaram 3,7 milhões de dormidas de janeiro a outubro, uma queda de 69% face ao mesmo período de 2019. O número de dormidas em Albufeira, de 3,5 milhões, ficou 65,3% abaixo do registado no período correspondente pré-pandemia.
Já no Funchal, o terceiro concelho com mais atividade turística do país, a redução foi de 48,8% face aos dez primeiros meses de 2019, contabilizando-se, de janeiro a outubro, 2,2 milhões de dormidas.
Porém, a recuperação face a 2020 é clara nos três concelhos com maior número de dormidas turísticas, representantes de 30,2% das dormidas nacionais entre janeiro e outubro. Face a 2020, em Lisboa as dormidas cresceram 15,7%, em Albufeira, 28%, e no Funchal, 53,9%.
PAÍS AINDA AQUÉM DO PRÉ-PANDEMIA
Nas contas nacionais, de janeiro a outubro de 2021, registaram-se em Portugal 13,4 milhões de hóspedes (mais 24,2% face ao período homólogo) e 36,1 milhões de dormidas (um crescimento de 28,7% face aos dez primeiros meses de 2020), de acordo com o INE.
As dormidas totais nos estabelecimentos de alojamento turístico – o que exclui colónias de férias, parques de campismo e pousadas da juventude – cresceram 31% face a 2020, com um aumento de 31,9% nos residentes e de 30% nos não-residentes.
Contudo, ficaram 49,9% abaixo face aos valores pré-pandemia, com uma quebra de 11% nos residentes e de 66,3% nos não-residentes. Todas as regiões viram o número de dormidas aumentar de janeiro a outubro.
No que toca a proveitos a nível nacional, estes aumentaram 45,9% para os 1,96 mil milhões de euros. Os proveitos respetivos a aposento cresceram 47,8% para os 1,49 mil milhões de euros. Um crescimento que, ainda assim, mantém os valores aquém dos correspondentes ao mesmo período de 2019, com variações foram negativas em 49,1% e 49%, respetivamente.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL