Em 2021 a francesa Vinci, que através da concessionária Vinci Airports detém a ANA Aeroportos, que gere os aeroportos portugueses, lucrou 2.597 milhões de euros, mais do dobro do que em 2020, quando registou 1.242 milhões de euros, segundo os resultados divulgados esta sexta-feira.
Porém, apesar do grande aumento face a 2020, o lucro continua aquém dos números de 2019, mais precisamente 20% abaixo do que foi registado no ano antes da pandemia de covid-19.
As receitas da Vinci atingiram os 49,4 mil milhões de euros no ano passado, mais 3% que em 2019 e mais 14,3% que em 2020. Deste valor, 47% não teve origem em França.
Das concessões da Vinci vieram 7 mil milhões de euros em receitas, dos quais 5,6 mil milhões da Vinci Autoroutes e 1,2 mil milhões da Vinci Airports (que em Portugal detém a ANA e a Portway). A empresa não indicou o valor em receitas das restantes concessões (Highways, Railways e Stadium), tendo apenas referido que os valores são “muito semelhantes ao nível de 2019”.
Da Vinci Energies – que também opera em Portugal – vieram 15,1 mil milhões de euros em receitas, mais 10% que em 2019. Do valor total, França representa 44% com 6,7 mil milhões de euros, mais 9% que em 2019.
A empresa destaca ainda a concessão dos aeroportos, referindo que o primeiro semestre do ano foi negro, tendo visto uma queda de 81% do número de passageiros face a 2019, mas com uma recuperação no verão (tendo a queda diminuído para 59%). Depois, no último trimestre do ano, o número de passageiros continuou a recuperar tendo ficado 46% aquém de 2019, “mas mais que o dobro do nível observado no quarto trimestre de 2020”.
“O número de passageiros esteve próximo ou superior aos níveis pré-crise em vários aeroportos americanos, aproximou-se do normal na maioria dos aeroportos europeus – especialmente em Portugal, França e Sérvia – e manteve-se fraco no Reino Unido e na Ásia (Japão e Camboja)”, refere a empresa.
Para 2022, a Vinci espera um lucro superior ao de 2019.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL