Cristiano Ronaldo é um dos nomes mais visíveis do desporto mundial e soma a maior base de seguidores no Instagram. A gestão do dinheiro do português exige um responsável com funções bem definidas e uma estrutura dedicada.
No centro dessa organização está Miguel Marques, gestor de patrimónios que trabalha a partir de Lisboa e que é o presidente executivo e chairman da LMcapital Wealth Management, revela a Bloomberg. É apontado como a figura que apoia o jogador na aplicação e proteção de um património estimado em mil e duzentos milhões de euros, mantendo reservas públicas sobre a vida financeira do cliente.
Quem é e qual o cargo
Miguel Marques tem percurso na banca privada, incluindo a subsidiária portuguesa do antigo Anglo Irish Bank Suisse, mais tarde integrada na suíça Hyposwiss. Consta também como administrador ligado ao Pestana CR7 em Manchester, unidade criada em parceria com o grupo hoteleiro com o qual o avançado tem negócios, refere o jornal The Business Times.
Onde opera e como atua
A sua base é um escritório na Avenida da Liberdade, em Lisboa, sobre a loja Louis Vuitton, onde coordena processos de alocação e proteção de ativos. Contactado pela Bloomberg, recusou comentar a situação financeira do cliente, invocando confidencialidade e defendendo a separação entre a atividade profissional e a exposição mediática do futebolista.
O recurso a estruturas dedicadas tem ganho peso entre atletas com grandes fortunas, aproximando-se do modelo conhecido como family office. Noutros casos, Michael Jordan tem a Jump Management e Roger Federer integra a Team8 para gerir investimentos, o que mostra um movimento mais amplo no desporto profissional.
Investimentos com ligação a Portugal
As decisões de investimento de Ronaldo mantêm ligação ao país. Na Quinta da Marinha foi adquirida, através de intermediários, uma parcela com cerca de nove mil metros quadrados destinada a uso residencial, com identificação do comprador apenas no fecho do negócio, segundo o antigo proprietário Miguel Champalimaud, explica ainda o The Business Times.
Em Lisboa, o jogador explorou oportunidades no setor das raquetes, como reuniões sobre uma possível participação na City of Padel. Em operações deste tipo, Miguel Marques é indicado como interlocutor para articulação com investidores e avaliação de propostas.
Receitas, contratos e património
A Bloomberg colocou recentemente Ronaldo no grupo restrito de atletas bilionários, após um novo contrato com o Al-Nassr assinado em junho e avaliado em mais de 345 milhões de euros. Entre 2002 e 2023, as receitas salariais somaram mais de 475 milhões de euros, reforçadas por um acordo de uma década com a Nike, na ordem dos 15,55 milhões de euros por ano, e parcerias comerciais com várias marcas.
A transferência para a Arábia Saudita, em 2023, já o tinha colocado no topo das remunerações do futebol, com um salário anual muito acima da média do setor e cláusulas adicionais de performance. Em comparação, Lionel Messi acumulou quase seiscentos milhões de euros em salários antes de impostos, e a lista de atletas bilionários inclui ainda LeBron James, Magic Johnson, Tiger Woods e Roger Federer.
Ronaldo indicou que pretende continuar em competição por mais algum tempo, afirmando que ainda contribui para o clube e a seleção e que quer tirar o máximo partido dos anos que restam de carreira. Em declarações públicas, admitiu que não projeta a retirada imediata e que focará o percurso em metas desportivas enquanto mantiver rendimento em campo.
A gestão do dinheiro de Cristiano Ronaldo mantém um responsável identificado, Miguel Marques, com funções de administração e coordenação de investimentos e com interação direta com parceiros e promotores. Essa estrutura combina confidencialidade, avaliação de risco e execução, numa área em que a dimensão dos ativos justifica processos próprios e rigorosos.
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